E...A MARINA DE FARO?
Com as devidas, merecidas e justificadas honras foi inaugura a
Marina de Olhão, um investimento a rondar os 8,5 milhões de euros
e que torna, segundo o Presidente do Município local, «aquela zona
um destino de qualidade em relação a todo o litoral algarvio».
Não se trata de «dor de cotovelo», pois quantos nos conhecem
sabem de quanto admiro e vivo progresso do vizinho concelho, mas
tão somente de nos sentirmos, cada vez mais, em situação de
inferioridade.
Daí a mais que pertinente pergunta: «E a marina de Faro?».
Trata-se de um dossier de décadas de existência sempre prometido
e sempre adiado. Desde que nos lembramos que o assunto esteve
muitas e repetidas vezes «desta é que é». Promessas, apenas
prometimentos sem qualquer concretização nem justificação
plausível para esta falta.
Conhecemos meia dúzia de localizações desde a zona exterior
da doca, à parte nascente do cais comercial ou ao «cais do Neves
Pires», ali perto do Largo de São Francisco. Este, quando o
saudoso Fernando Barata presidia ao Sporting Farense, foi um local
de eleição que argumentos menos saudáveis anularam. Situava-se
a centenas de metros de um dos «maiores centros comerciais a céu
aberto» - a Rua de Santo António e artérias circundantes. Dispunha
de um enorme parque de estacionamento e de um estabelecimento
hoteleiro qualificado, a Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve,
com quartos, restaurante, bar, etc. Estava naturalmente delineado
com duas «fronteiras», a das salinas e a da linha férrea, onde se
ergueu o ex - apeadeiro e na confluência, o estaleiro onde o meu
primo «Babáca» calafetava saveiros e botes. Aliás, junto o
apeadeiro de São Francisco pretenderam os organismos
corporativos das pescas, projectaram um aquário dedicado à Ria
Formosa.
Faro, Cidade do Mar, continua a esperar (até quando?) pela
sua mais que justificada e necessária marina. Daí que, com as
nossas felicitações a Olhão a pergunta que titula esta «Crónica» -
«E...a Marina de Faro»?
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