EFEMÉRIDES
Toda a nossa já longuíssima vida está recheada, felizmente, de um vastíssimo espólio de lembranças, verdadeiras efemérides, que o são pontos assinalados na nossa memória. São-no também colectivamente, pois que sempre hemos procurado uma integração plena na comunidade que, desde o nascimento, em maioria nos acolhe, a cidade - mãe de Faro.
Daqui que neste espaço semanal queiramos hoje recordar e assinalar três celebrações que o são marcos da vida farense.
HÁ 30 ANOS A «VERSUS TUNA»...
Foi á mesa de «O Seu café», uma mediática expressão da capacidade gregária da gente farense, que na vontade sonhada dos estudantes Rogério Leal, José António Melo e João Catarino, surgia a feliz ideia da constituição no seio da jovem Universidade do Algarve de uma tuna. Chamou-se «Versus Tuna», em relação á lírica dos versos e fez ora 30 anos de existência. Um complemento, dos muitos, que tê m feito história na História da Universidade Algarvia. Que o diga o que tem sido, por exemplo, o Farotuna, esse grito cantado de gente moça que todos os anos anima a capital sulina. Cumprir a tradição, viver o presente, unir as gerações - assim o testemunha a memória destes 30 anos da «Versus Tuna» concebida pelo artista Tó Quintas e patente no local do parto, «O Seu Café».
HÁ 50 ANOS O ATLETISMO ...
Na manhã de Sábado a malta, de várias idades e com um propósito única voltou ao Liceu para partilhar este meio século do atletismo, quer escolar quer federado, com a apresentação do livro «Mocês do Liceu de Faro», escrito por um protagonista da aventura, o médico especialista em medicina desportiva, campeão na modalidade (Farauto, Sporting, Benfica...) e escolar (Liceu João de Deus, o farense dr. Luís Horta, que exerceu altas funções no controle anti-doping a nível nacional. O Artur Lara Ramos («o Professor Moniz Pereira algarvio», o Ezequiel Canário, os irmãos Campos (o João e o António) e o agora Presidente da CCDRA, o dr. José Apolinário...
Uma história linda ora contada no livro que retrata o que foi o cinquentenário destes «Mocês do Liceu de Faro».
OS 75 ANOS DA CRUZ VERMELHA...
Em 1947 surgia, oficialmente, a Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa, com toda a carga humanitária que esta benemérita Instituição a nível mundial em si comporta. Foi instalada no magnificente Teatro Lethes, durante décadas sede do Sport Lisboa Faro, o actual Sport Faro e Benfica. Desse tempo nos recorda o gesto generoso dos saudosos Coronel Manuel Aboim Ascensão Sande Lemos (o mesmo do Refúgio, a «Casa Cor de Rosa e de tantas outras obras em prol da sua e nossa cidade) e do nosso professor na Escola Serpa Pinto, o Cónego José Augusto Vieira Falé, que a morreu quando paroquiava a freguesia de Olhão e fora fundador em Faro do CNE (Corpo Nacional de Escutas). De então para cá quantas dedicações e empenhos, quantos gestos fraternos que se repetem no quotidiano.
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