domingo, 8 de maio de 2022

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



     O «SR. RAMIRES, FILHO DE MONTE GORDO»

     Era um apaixonado pela cidade que adoptou como sua e pelo seu clube de eleição, o Sporting Farense, de que era um dos mais entusiastas adeptos.

      Chamava-se José Manuel Piera Gomes Ramires, mas toda a gente o tratava por «Sr. Ramires» ou «O Ramires do Restaurante». Veio para Faro para trabalhar no sector da restauração e, mais tarde, abriu «a sua própria casa», o Restaurante Ramires. Situava-se na confluência das Ruas Filipe Alistão e Capitão Mor e, em breve tempo, ganhou fama e clientela, pela excelência da sua cozinha e pela simpatia do restaurador. Era mesmo ao lado donde funcionou a «Casa de Vila Real de Santo António, da associação ANAVREAL, que marcou um tempo e um modo dos nascidos ou ligados à emblemática Capital do Guadiana.

        O «Sr. Ramires» era um verdadeiro espectáculo naquelas tardes de Domingo (então os jogos só se disputavam nas tardes de Domingo), enchendo o Estádio de São Luís, com a sua voz e o seu entusiasmo, incentivando o seu e nosso Farense («à vitória, rumo à vitória...). Não foram felizes nem saudáveis os últimos da vida deste sotaventino que nos deixou aos 71 anos de idade. 

         Fica a lembrança de quem amou Faro e por aqui soube criar montes de amigos. Foi sepultado no Cemitério da Esperança, após o velório acontecido na Paroquial de São Luís, em pertinho do complexo do Farense, do seu querido Farense.


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