segunda-feira, 5 de julho de 2021

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL

 


                 INOVAÇÃO E EMPREENDORISMO


                 Sempre defendemos, mesmo quando profissionalmente desempenhámos funções de promoção do destino turístico «Algarve» (1970 / 2000), a não dependência regional de uma mono cultura económica. Considerávamos então, tal como hoje o prosseguimos mentalmente, todos os perigos daí advindos e tornados «explosivos» com a pandemia que nos assolam. Vem isto a propósito do lançamento por uma empresa sediada neste concelho, a «Carob World», nas suas instalações à entrada nascente da cidade capital sulina, no Rio Seco (E.N. 125) de produtos fabricados á base da tão algarvia alfarroba. Temos assim assumido verdadeiramente em termos empresariais um projecto que abarca estes dois últimos séculos e que sempre rodou em torno das nunca desmentidas apetências do conhecido fruto seco. Recorda-nos, inclusive, aí pelos anos 80 ou 90 do século XX, de havermos assistido, no Hotel Montechoro, a um acto presidido pelo Eng. João Cravinho, então com funções ministeriais na área económica, da apresentação do «chocolate de alfarroba» e das suas vantagens em compita com idêntico produto feito á base do importado cacau. Tudo ficou, uma vez mais, por aí...

                  Até que agora nos surgiu este projecto com bases financeiras e de ciência (a Universidade do Algarve surge no «apadrinhamento» do mesmo), com as vertentes empreendedoras e inovadoras de lançar os seus produtos (tabletes, cremes de barrar e outros) à «conquista do Mundo» pela sua excelência e especificidade. Na base sempre o fruto desse ex-libris mediterrânico, que é a alfarrobeira. 

                    Como o referiu João Currito (CEO da Carob World) de um plantel de 12 colaboradores, 90% são formados pela Universidade do Algarve e a média de idade dos mesmos situa-se nos 29 anos. Tudo arrancou 2014 como uma star up numa área em que não existe concorrência e com uma capacidade de fabrico de 3 toneladas / dia.

                        Uma marca registada na União Europeia (UE) e um protocolo, o que indicia as verdades científica e técnica deste projecto com pernas para andar e a fundir dois sectores vitais para o Algarve, a agricultura e a indústria transformadora.


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