terça-feira, 21 de junho de 2022

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



                UM «ADEUS» AO NITA


      Não sei quando se iniciou a minha amizade com o Nita, nem com ele, nem com o Zé Maria ou o Zé Manel, nem com tantos outros que foram e alguns, felizmente, ainda o são, marcos primeiros e assinalados do nosso universo afectivo. «Amigos desde sempre» e «amigos hemos de continuar para além desta passagem terrena.

       O Joaquim Pedro dos Santos, por todos conhecido por Nita, era meu companheiro de parede habitacional (Rua da Carreira / Rua Infante D. Henrique), frente ao «Grande Hotel», de bando escutista (o «Castanho» do 157 do CNE) e da minha vida de menino e moço, como todos afinal o tivemos. Grandes amizades, das que não enferrujam com o rondar dos longos anos contados em décadas e que são uma matriz para a vida toda.

         Nascera em Faro, na freguesia de São Pedro (29 de Agosto de 1940, em plena vivência dos «Centenários», filho desse destemido «lobo do mar» que foi o icónico Mestre Joaquim Rainha, de quem herdou o nome honrado e da «vizinha Luzia», uma messinense que, não sei como, veio parar a esta cidade - mãe. Muito cedo começou a trabalhar no Restaurante Rainha, com os seus familiares, de era co-proprietário e gerente, ali na Rua de São Luís. Faleceu na terra natal, que tanto amava, como queria ao Sporting Farense, de que ambos nos fizeram sócios no mesmo dia e hora, quando a sede era na Rua do Compromisso e o sr. Lavadinho, o cobrador / contínuo.

         O pouco convívio havido, pela diferença de caminhos que cada um tomou na vida não foi barreira para que a amizade se mantivesse e a saudade aconteça na hora da partida. 

          Sabes, Nita, tenho saudades dos nossos «bons velhos tempos», como tenho um universo de saudades tuas!  


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