terça-feira, 20 de setembro de 2022

 


                       O CICLO DAS FEIRAS OUTONAIS


         Vai iniciar-se, com a realização da «Feira de São Miguel», em Olhão, na derradeira semana de Setembro, o histórico e multi - secular «Ciclo das Feiras Outonais no Algarve. É um tempo e um período próprios, com uma mais marcante influência em tempos idos, mas ainda hoje com um ADN identitário para as terras algarvias onde ele acontece, quase que de um a outro lado da Região.

        «É tempo de feira», costumava-se dizer e sucediam-se hábitos, que hoje são memórias e presenças que hoje são lembranças (os «barracões», como então se dizia em referência aos circos).

         Mas existe sempre, não obstante todas as mudanças e evoluções acontecidas e muitas foram, uma invasão com esse mundo de «muitas e estranhas gentes».

          Após a «Feira de São Miguel» «o maior espectáculo do mundo», em alusão a uma das suas componentes, assenta as suas estruturas em Tavira para termos a «Feira de São Francisco» (4 e 5 de Outubro, dias maiores). Que lembrança, quando acontecia no urbanizado «Campo da Atalaia», das «serranhas» que á entrada da Feira vendiam os seus saborosos e caseiros «bolinhos», que eram um regalo com o acompanhamento de um «calcinho» de medronho ou licor (poejo, hortelã e outros).

             Depois aquela que é, em termos económicos, a mais importante feira das que ocorrem para cá do Caldeirão. Referimo-nos à «Feira da Praia», em Vila Real de Santo António (com período maior de 10 a 12 - feriado em Espanha, na comemoração do «Dia da Hispanidade») e uma verdadeira invasão de espanhóis e há de pesetas, antes do euro ser a moeda comunitária.

              Faro recebe a «Feira de Santa Iria», instituída por alvará régio de Filipe I em 1596, portanto com mais de 4 séculos, na 3ª semana de Outubro, com dias maiores «oficiais» a 20 e 21. É o certame com melhor sentido organizacional e cuidado que tem por cenário o urbanizado Largo de São Francisco.

                A 31 de Outubro e 1 de Novembro (feriado nacional) acontece à beira - Arade, em Silves, a «Feira de Santos). Segue-se a «Feira de São Martinho (11 de Novembro) nas magníficas instalações do Pavilhão do Arade e terrenos anexos, em Portimão.

                  Este «Ciclo das Feiras Outonais no Algarve» tem o seu final em Lagos, com o que era o «dia maior» a 20 de Novembro.

                   Um festivo ciclo que, durante cerca de dois meses, torna diferente várias terras da terra algarvia.

JOÃO LEAL


CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL


      TRÊS INSTITUIÇÕES REFERENTES


        Neste mês de Setembro três colectividades de Faro merecem um destaque próprio e a devida referência por factos havidos. Testemunham, com anos e anos de existência, o que representa pela positiva e de forma assinalável o sentido de associativismo vivido nesta Cidade de Santa Maria.

       A ARPI (Associação dos Reformados Pensionistas e Idosos) viveu como o declarou o seu dedicado presidente directivo, André Infante, «um dia histórico» com a deliberação havida em assembleia geral extraordinária, amplamente participada, ao assumir os teres e haveres da Associação Social e Cultural do Montenegro. Abrem-se assim amplas perspectivas para as respostas de «Centro de Dia» e «Apoio Domiciliário», de tão grande e notória prestabilidade. Surgida há 42 anos a ARPI afirma-se hoje como uma das grandes referências ao associativismo de apoio à III Idade em Portugal.

         A MUTUALIDADE POPULAR (Associação Mutualista) com sócios em todo o País surgiu em Faro, onde tem a sua sede, em 10 de Setembro de 1926, com a designação, conforme alvará, de Mútua dos Funcionários Públicos) e muito pelo empenho do benemérito Professor António Mendes Madeira, que desde há três anos vinha amadurecendo a ideia. A caminho do auspicioso centenário, que ocorrerá em 2026, a significativa efeméride foi assinalada com um festivo convívio dos membros dos corpos gerentes liderados pelos drs. Libertário Viegas (Assembleia Geral), Rui Noronha (Conselho Fiscal) e Carvalhinho Correia (Direcção).

           Finalmente há que fazer uma merecida referência ao MONTEPIO DOS ARTISTAS (Associação de Socorros Mútuos Protectora dos Artistas de Faro), fundada em 1856 pela dinâmica acção de José Joaquim de Moura, em função do restauro do histórico edifício da sua sede social, em cujo primeiro andar funciona a Sociedade Recreativa Artística Farense («Os Artistas), instituída em 1906 e de foi seu primeiro presidente, António José Manjua. Uma profunda intervenção, com pleno respeito pela sua valiosa traça original, que muito vai revitalizar não apenas estas duas instituições como o património citadino.


 TOPONÍMIA FARENSE


ENG. MARCIANO NOBRE EM RUA DE FARO


A quando do «Dia da Cidade» (7 de Setembro) foram

descerradas em Faro placas toponímicas que são homenagens a

vários autarcas farenses. Entre eles figura, a «Rua Eng. Marciano

Nobre», na zona da Lejana (Estrada da Sra. da Saúde), recordando

um «costeleta», que foi destacada figura da vida da capital sulina.

O Eng. José Marciano Nobre nasceu em Santo Estevão (Tavira -

5 de Junho de 1927) e bem jovem veio para Faro. Concluiu o curso

da Indústria na Escola Tomás Cabreira e licenciou-se em

Engenharia Civil no Instituto Industrial de Lisboa. Na sua vida

profissional trabalhou em várias empresas e foi funcionário da

Direcção Hidráulica do Guadiana e da Câmara Municipal de Faro.

No Município exerceu as funções de Vereador (1976/79), eleito em

lista do PSD, tal como Presidente do Executivo, desde 16 de

Dezembro de 1979. Foi-lhe atribuída a «Medalha de Faro» (Grau

Ouro) por relevantes serviços prestados. Esteve muito ligado ao

associativismo, havendo sido Presidente do Montepio dos Artistas e

do Rotary Clube de Faro e Comandante dos Bombeiros Municipais.

Faleceu em Faro aos 87 anos (4 de Novembro de 2014).

Uma honrosa homenagem a um distinto «costeleta»!


JOÃO LEAL

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



        O «7 DE OUTUBRO»


       Não tem o significado de uma efeméride histórica ou mundana notáveis, nem um sentido nacional ou universal, dignos de registo. Mas faz parte importante do nosso universo de vida e de lembrança.

       Sete de Outubro, era naqueles distantes tempos, o ingresso pela vez primeira, como que o início de uma recruta no mundo do aprender, na escola primária, então chamada «régia» (por haver sido criada no período quase final do regime monárquico.

          Uma ansiedade na espera de tal data, um estádio de interrogações e o almejar de um mundo novo, de diversos tons e referências irreverentes. Fizemo-lo em 7 de Outubro de 1944 (decorria então esse sangrento conflito, de que os homens parece terem perdido o sentido trágico, que foi a II Grande Guerra Mundial), ufano da bata branca que vestíamos como uma bandeira de paz num mundo novo.

             Fomos para o nobre edifício da Rua Serpa Pinto, no vulgo a Rua da Cadeia, onde antes funcionara a Escola Normal (depois Magistério Primário), que após a extinção da escola pelos novos estabelecimentos de São Luís (Rua João de Deus) e do Carmo (Largo da Feira), se transformou na sede da «Protecção ás Raparigas) e onde hoje é um qualificado estabelecimento hoteleiro. Tina uma porta de saída para a Rua Baptista Pinto, que era confinante com o recreio.

              Tivemos como professora uma distinta e dedicada mestra, a D. Maria Carrilho, três palmos de gente mas um gigante na difícil e nobre arte de ensinar. Foi-o até á 4ª classe, com um empenho e uma dedicação invulgares, que chegava ao ponto de levar, na parte da tarde, a turma para sua casa, situada junto ao actual Palácio da Justiça e aí prosseguir a instrução matinal. Fazia parte de uma geração de professores, a cuja memória prestamos a mais saudosa homenagem e de que, entre outros, agrupava os Professores «Sãobrazinhos - dois irmãos benquistos) e Ferradeira (então já com uma só perna), as Professoras D. Júlia Moreno, D. Felicidade, D. Francisca Guerreiro, D. Júlia Pessanha e outros «mestres» cujos nomes já não nos ocorre. A «contínua», como era designada a auxiliar educativa dos nossos dias, era a paciente Sra. Marta.

              Ali na Escola da Rua Serpa Pinto fizemos grandes amizades, algumas das quais foram esfriando ou desaparecendo ao longo da longeva vida de mais de oito décadas.

              Recordar o «7 de Outubro» é um passeio saudoso ao longo de muitos anos, quando foram os nossos passos primeiros na lembrada «escola régia».


«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»



     «ESTOI, RUÍNAS DE MILREU»

                                   DR. LUÍS BARRIGA


                   A apresentação esteve confiada ao genealogista, investigador e historiador portimonense Dr. Nuno Campos Inácio sobre a última obra do escritor estoiense Dr. Luís Barriga e intitulada «Estoi, Ruínas de Milreu».

                   Psicólogo clínico e homem de letras, presidente da Associação Cívica Tomás Cabreira o autor é um dos mais referenciados valores da nova geração de plumitivos algarvios e subscreveu já um vasto conjunto de livros, entre os quais: «Postais do Algarve».

                    Tem feito da sua terra natal, Estoi, o local principal das suas obras (o centro da sua vivência social). «Estoi, Ruínas de Milreu» é uma obra actualizada e ilustrada sobre aquele importante património romano.


        «FLÔR É O TEU NOME, NATUREZA A TUA ESSÊNCIA, AUTISMO O TEU MUNDO»

                                                           DRA. NATACHA INOCÊNCIO


       A dra. Natacha Inocêncio, conhecida fisioterapeuta em Portimão é a autora                                 

do livro «Flôr é o teu nome, natureza a tua essência, autismo o teu mundo», no qual retrata o percurso de uma família a cuja filha foi diagnosticado autismo em 2021.

          «O SUL DAS PALAVRAS»

                                                              FRANCISCA GRAÇA

        Na Biblioteca Municipal de São Brás de Alportel teve lugar a apresentação do livro da autoria de Francisca Graça, uma alentejana natural de Selmes (Viidigueira). A apresentação esteve a cargo do conhecido artista farense Joaquim Teixeira, que declamou alguns poemas desta obra. O evento teve a participação do Grupo de Cavaquinhos da Universidade do Algarve para a III Idade.

                                                                                           JOÃO LEAL 


segunda-feira, 12 de setembro de 2022

 ISABEL E ROGÉRIO, A NOSSA HOMENAGEM


       De entre os vários casais de costeletas, que á nossa associação têm dado o melhor de si mesmos, queremos hoje destacar essa «dupla»  que simbolizam todo o espírito do que é «ser costeleta». Referimo-nos, recordando o que eram na juventude, à isabel coelho (então a carinha mais linda de são luís) e a seu marido, o rogério coelho (brioso cadete da fap), dois símbolos para todos nós, na sua constante dedicação, empenho e trabalho em prol da unidade dos antigos alunos da tomás cabreira.

       o «pdi» é imperdoável a todos nos tocando e na hora em que aqueles nossos dedicados colegas não esquecemos nem esqueceremos, enquanto vivos formos   do que fizeram por todos nós.

        para já o boletim, que era mais um forte elo a unir os costeletas, está suspenso, urgindo aparecer quem dê continuidade a este belo projecto lançado pelo sempre saudoso franklim.

        face é gratidão que é devida á isabel e ao rogério sugerimos que o «prémio para o melhor aluno - 2021/22» tenha o nome deste casal tão querido à malta costeleta.


                                                                                    joão leal


 «PÔR DE SOL ROTÁRIO» NA RIA FORMOSA

    Após dois anos de interrupção, por via da pandemia de corona vírus, o Rotary Clube de Faro, decano dos clubes rotários algarvios, volta a organizar o aliciante «Rotary Sunset Boat Party 2022» (Pôr de Sol na Ria).

   Será no dia 17 de Setembro (Sábado), com partida dos Cais das Portas do Mar, em Faro, pela 16 horas e consta de um passeio de barco ao longo de vasta extensão da Ria Formosa, atingindo o êxtase com o deslumbrante «Pôr de Sol» reflectida nas tranquilas águas do que é o maior acidente hidrográfico no seu género, na Europa.

         A inscrição está aberta a todos os rotários e amigos e a verba obtida destina-se ao Fundo Social do Rotary Clube de Faro, destinada aos projectos de apoio à comunidade.


                                                                                  JOÃO LEAL 


TOPONÍMIA FARENSE


        ENG. MARCIANO NOBRE EM RUA DE FARO


     A quando do «Dia da Cidade» (7 de Setembro) foram descerradas em Faro placas toponímicas que são homenagens a vários autarcas farenses. Entre eles figura, a «Rua Eng. Marciano Nobre», na zona da Lejana (Estrada da Sra. da Saúde), recordando um «costeleta», que foi destacada figura da vida da capital sulina.

    O Eng. José Marciano Nobre nasceu em Santo Estevão (Tavira - 5 de Junho de 1927) e bem jovem veio para Faro. Concluiu o curso da Indústria na Escola Tomás Cabreira e licenciou-se em Engenharia Civil no Instituto Industrial de Lisboa. Na sua vida profissional trabalhou em várias empresas e foi funcionário da Direcção Hidráulica do Guadiana e da Câmara Municipal de Faro. No Município exerceu as funções de Vereador (1976/79), eleito em lista do PSD, tal como Presidente do Executivo, desde 16 de Dezembro de 1979. Foi-lhe atribuída a «Medalha de Faro» (Grau Ouro) por relevantes serviços prestados. Esteve muito ligado ao associativismo, havendo sido Presidente do Montepio dos Artistas e do Rotary Clube de Faro e Comandante dos Bombeiros Municipais.

      Faleceu em Faro aos 87 anos (4 de Novembro de 2014).

       Uma honrosa homenagem a um distinto «costeleta»!


                                                                                 JOÃO LEAL 


 TURISMO ALGARVIO EM NOTÍCIA


     O «ANANTARA», unidade hoteleira de cinco estrelas em Vilamoura foi eleita entre os leitores do diário norte-americano ««USA Today», como «melhor marca de hotel de luxo.

       A ocupação hoteleira no Algarve, durante o mês de Agosto, superou os resultados registado em igual período de 2019 (antes da pandemia) cifrando-se em 93,1% (quarto). O volume de vendas cresceu 12,1% e os melhores mercados foram o português (+5,5%) e o irlandês (+1,1%), enquanto as descidas provieram da Espanha (-1,4%) e da Alemanha (1%).

      A revista «National  Geographic» colocou Sagres no «top 10» das melhores vistas de mar a nível mundial, salientando «os pontos altos onde o mar e a terra se encontram proporcionando vistas dramáticas, de costas escarpadas e oceanos revoltos.

     Principiou a construção do aldeamento «Drila Village» no complexo turístico «Ombria Resort», em Querença (Loulé), constituído por 83 unidades, com 21 apartamentos, 50 moradias, devendo estar concluído no Verão de 2025.

     Trinta e seis câmara de vídeo - vigilância começaram a ser instaladas em Portimão e na Praia da Rocha, obra da Câmara Municipal e que vai contribuir para uma maior segurança. Tem um custo de 500 mil euros.

       Acontece nos dias 17 e 18 de Setembro o «Never Ending Summer», na Marina de Albufeira, durante o qual vai ser confeccionada a maior cataplana do mundo, conforme proposta de avaliação ao «Guiness World Records».

        Três «chefs» algarvios - Luís Brito (Tavira), José Lopes (Bon Bon - Carvoeiro) e Louis Anjos (Al Sub - Lagos) vão estar presentes no «Belmond Reids Palace», no Funchal, a quando do «The Art of Flavours».

        A «chef» Noélia Martins (Restaurante Noélia - Cabanas de Tavira) faz parte dos três jurados do concurso culinário da RTP1 «Master Chef Portugal»).

        O navio de cruzeiros «Seven Seas Navigator», vindo de Cádis e seguindo para Lisboa, esteve atracado em Portimão, com turistas americanos.


                                                                             JOÃO LEAL 


CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



     JOSÉ RAFAEL («ZÉ DAS COTAS»), UM SERVIDOR DE FARO E DO FARENSE


              Era uma enciclopédia viva sobre quanto se referia ao historial, que viveu com uma dedicada paixão, do Sporting Clube Farense. Conhecia, um a um, os sócios desta agremiação, como a Cidade o conhecia e lhe votava fraterna estima.

         O Zé Rafael e a sua scooter, ali frente á ex-Nortenha, junto á primitiva sede (Rua Ferreira Neto) ou na Rua de Santo António ou em qualquer artéria citadina, no cumprimento das funções de cobrador que, durante 57 anos desempenhou com exemplar dignidade. 

             Natural de Santa Bárbara de Nexe, onde nasceu há 88 anos, cedo veio para a cidade, que tanto amava e de que foi um modelar cidadão.

              Durante muitos anos foi abnegado elemento dos Bombeiros Municipais de Faro e detentor de várias condecorações. Não deixava ir a sepultar nenhum sócio do Farense, que não levasse sobre a urna a bandeira do Clube e, na sede, não estivesse a meia haste a bandeira associativa.

               Viveu os momentos de excelência, como os de tristeza dos Leões de Faro, sendo o grande impulsionador das viagens de acompanhamento quando a equipa actuava fora do São Luís.

           Neste mítico estádio tivemos, como ele o teve, o recordado ensejo de ver as portentosas exibições de seu filho, o José António Rafael, um dos maiores e melhores futebolistas, nascido na capital sulina e produto das escolas do Clube. Foi Internacional A, havendo envergado a camisola das quinas em jogos contra a Alemanha, a Bélgica, a Escócia, Israel, Itália e Malta. Avançado de raiz começou em 1976 no Sporting Clube Farense, jogando depois no Amora, Portimonense, Boavista, Vitória de Setúbal e «Os Belenenses», numa brilhante carreira.

             O falecido «Zé das Cotas» foi homenageado pelo Clube que tão dedicadamente serviu durante uma sessão de elevado ardor clubista, realizada no salão da Casa dos Rapazes.

              O funeral efectuou-se da Igreja Paroquial de São Luís, onde o corpo esteve em câmara ardente para o Cemitério da Esperança, em Faro, sendo muitos os que marcaram presença no último adeus a quem foi durante décadas um símbolo da Instituição.

                Na expressão do profundo pesar a sua esposa, D. Ise Rafael (nossa antiga colega na Escola Tomás Cabreira) e ao filho, o ex - futebolista José António Rafael, a saudade por um amigo, que serviu no seu mister o Clube e a Cidade.   


 TURISMO ALGARVIO EM NOTÍCIA


       «Algarve mais Sustentável» foi o tema de um conjunto de iniciativas desenvolvidas pela Região de Turismo do Algarve, Câmara Municipal de Aljezur e Associação «A Vicentina» que decorreram naquela Vila, visando capacitar os agentes turísticos para o sector, em especial no que toca ao «Turismo de Natureza».

         Todas as praias do concelho de Vila Real de Santo António foram galardoadas com a «Bandeira Praia Acessível - Praia para Todos», pela capacidade do seu uso universal.

           «Pet Solution» se denomina o primeiro hotel canino aberto em Faro, na Rua Dom João de Castro. Tem capacidade para 10 animais e é uma iniciativa da brasileira Raquel Gomes.

             Importou em 1,54 milhões de euros, com financiamento do programa «Portugal 2020» as obras de estabilização das arribas e da requalificação da escadaria da Praia do Peneco, realizadas pela Câmara Municipal de Albufeira.

              «Welcome to Lagoa» é o título da acção promocional que a Câmara Municipal daquele Concelho está desenvolvendo até fins de Outubro, visando em especial os mercados de Portugal, Espanha, França, Alemanha e Grã Bretanha.

                Os alunos da Escola Secundária Prof. Pinheiro e Rosa (Faro), Maria Pristen, André Cardeira e Patrícia Silva, do curso de «Cozinha e Pastelaria» concorrem ao «Campeonato da Profissões» (Work Skills Portugal», para jovens entre os 17 e os 25 anos.

               O «Nau Salgados Palace», em Albufeira, foi nomeado para «melhor hotel 2022», na extensão MICE (Incentivos e Congressos).


CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL


NA RECORDAÇÃO DE ISAURINDO,

«EL NIÑO DE GOMA»


        Era um homem simples, afável, fraterno e alheio a vedetismos. Foi um dos melhores guarda- redes algarvios de sempre, defendendo as cores do Lusitano (o clube da sua Terra Mãe e um dos grandes esteios na Divisão Maior), no Sporting da Covilhã (quando um bando de futebolistas da Terra Sulina rumou para as abas da Serra da Estrela) e Farense (onde acabou a sua notável carreira desportiva).

       Isaurindo Branquinho Parra, nasceu em Vila Real de Santo António (16 de Dezembro de 1921), onde desde moço se distinguiu nos famosos torneios populares que à beira - Guadiana se desenvolviam. Dali a ingressar no Lusitano Futebol Clube foi um instante, que outro não era o mais que desejado ingresso nos lusitanistas era o voto maior. Corria a época de 1939-40 e, com toda a naturalidade surge na equipa principal, quando nas épocas de 1947/48 e na seguinte os briosos jogadores de «Vila Real Aquela» se mantiveram entre os maiores do futebol português e onde Isaurindo foi um dos esteios maiores. Foram épocas e épocas com as cores lusitanista até que de 1951 a 1954 com um grupo de jogadores algarvios (Cabrita, Irmão Cavém - o Domiciano e o Amílcar, o Hélder Toledo e Outros rumaram à Cidade da Estrela. Já em1954/55 ei-lo a vestir a camisola do Sporting Farense , no retorno à Região Mãe, onde até 1960/61 (quando se despediu do futebol) se manteve, com a alegria que era vê-lo nas tardes do São Luís e por esse País em fora. Baixo de estrutura, ágil, valente e seguro Isaurindo manteve-se igual a si mesmo, sempre o mesmo Isaurindo, 

       «El niño de goma» , assim chamado pela portentosa exibição, em que tudo defendeu quando, surpreendentemente  ente o Sevilha então campeão da Espanha.

         Foi, para além do futebol, funcionário do Sindicato da Hotelaria do Algarve, sempre com o sorriso e a prestabilidade que lhe eram peculiares.

          Viveu, com sua esposa, a também sempre saudosa D. Lourdes, vilarrelense como o lembrado Isaurindo, um homem bom e generoso, no nosso Largo de São Pedro (chamado depois de Catarina Eufémia), com a confluência da Rua do Alportel.


«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM» JOÃO LEAL



        «MEU IRMÃO ÓSCAR»

                                  PATRÍCIA PINTO


      No salão nobre da Junta de Freguesia de Olhão, o Elos Clube da Cidade da Restauração, fez a apresentação pública dos livros «Meu irmão Óscar» e «Patrícia Pinto, artista».   

     A vice - presidente daquele clube da Comunidade Lusíada, Prof. Armanda Dourado fez a apresentação das duas obras da luso - argentina Dra. Patrícia Beatriz Pinto, filha de emigrantes portugueses radicados em Comodoro Rivadávia (Argentina), licenciada em Ciências Sociais e que foi uma das principais dinamizadoras do Museu do Emigrante Português, naquela cidade da América do Sul.


            «ALJEZUR, 1970»

                        Com coordenação do fotógrafo João Mariano foi apresentado naquela vila da Costa Vicentina, o livro álbum «Aljezur,1970».

                          Trata-se do 2º volume do projecto de investigação sobre as gentes, a terra, os usos e os costumes de Aljezur compreendendo o voluma ora apresentado o período da trintena 1970 / 2000.


                                                                  JOÃO LEAL


 De: Elos Clube de Faro - Associação Cultural

    "Em defesa da Língua e Cultura Portuguesas"

Estimados Amigos e Companheiros,

No próximo dia 14 de Setembro, quarta-feira, pelas 17,30.
"Quando a poesia acontece", na Biblioteca Municipal de Faro,
sob o tema:

Eu gosto de olhos que sorriem e silêncios que se declaram

- Machado de Assis

* Poesia embalada pela voz de Rosinda
com música de Luciano Vargues

Espero por vòs.

Cordiais saudações elistas.


Dina Lapa de Campos
Presidente da Direcção do Elos Clube de Faro

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE



DR. FERNANDO CABRITA PROPOSTO PARA IMPORTANTE PRÉMIO LUSO

PRÉMIO LUSO - ESPANHOL


O dr. Fernando Cabrita, conhecido advogado olhanense

e um dos nomes maiores da poesia luso - espanhola

contemporânea, foi para o «Prémio Luso - Espanhol de Artes e

Cultura», instituído pela Subdirecção Geral de Relações

Internacionais e União Europeia, do Governo de Espanha.

A candidatura foi proposta pelo Dr. Ignacio Vasquéz

Molini, erudito poeta e respeitado diplomata, que aponta: «Nem há

que dizer que Fernando Cabrita reúne méritos de sobra para

receber esse prémio, depois de tantos anos unindo ambos os lados

da fronteira, acercando poetas espanhóis e portugueses, traduzindo

e publicando antologias e editando poetas consagrados e

emergentes de ambos os lados da raia....»

Uma alta distinção quer para o ilustre olhanense,

responsável primeiro por essa magnífica jornada que decorre em

Olhão, «Poesia ao Sul», como para esta terra marinheira.


JOÃO LEAL

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL


          UMA DEVOLUÇÃO DESEJADA


          Encontra-se vazio e sem qualquer espécie de aproveitamento o edifício, situado na Praça D. Francisco Gomes, na paredes meias com o icónico «Arco da Vila», o imóvel onde, desde funcionou durante mais de um século, o Governo Civil do Distrito de Faro.

           Desde a extinção destes Órgãos Administrativos, que representavam o Governo Central na Região, em 2011, numa lei cujo entendimento ainda hoje não é universalmente, que o valioso imóvel, em função da sua situação, cómodos e recheio, se encontra sem qualquer préstimo. Sempre ouvimos dizer que «o Estado é mau gestor» e a situação que aqui descrevemos ilustra bem tal crítico pensamento.

           E que falta existe destes imóveis devolutos na capital sulina, encontrando-se o Estado, todos nós afinal, a pagar rendas e outros encargos. Um desperdício, um esbanjar de quem á pobre!

           O actual detentor é a Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna (MAI) e supunha-se, como na altura  (2011) foi referido que o mesmo seria partilhado com entidades locais e o Governo Central, sempre que algum membro do Governo se deslocasse ao Algarve ou se verificasse algum evento digno de o receber. 

               Para nós a melhor e mais imediata solução era passar o seu usufruto para a Câmara Municipal de Faro, que para ali podia transferir os serviços da Presidência, Vereação e Assembleia Municipal, oferecendo um belo e rico Salão Nobre para eventos de certa grandeza, como aconteceu recentemente com a recepção aos grupos participantes no FolkFaro 2022.

                O imóvel em apreço era o Palacete do Conde de Alte quando o foi adquirido para sede do Governo Civil de Faro em 10 de Julho de 1869, sendo ainda na segunda metade o século XIX construído o novo edifício.

                  Dói-nos ver aquele assinalado espaço votado a uma férrea vontade centralista, pois sabemos dos prosseguidos esforços do Município Farense para obter a sua utilização


CRÓNICA DE FARO POR JOÃO LEAL



                            O «DIA DA CIDADE»


      Ocorre a 7 de Setembro (4ªfeira) mais uma vez a comemoração do «Dia de Faro», na vivência do 482º aniversário sobre a data, em que no ano de 1540, El-Rei de Portugal e dos Algarve, D. João III «O Piedoso» elevou a então Vila de Faro a Cidade.

       Foi um passo decisivo aquela carta régia, na subida de Faro, a capital algarvia e a sede da Diocese e de todo o incremento que, também por aí, o burgo conheceu, recuperando o esplendor havido ao cabo das ocupações romana, árabe e outras.

       Durante muitas décadas o «Feriado Municipal de Faro» foi a 24 de Junho dia dedicado a um dos três Santos Populares, São João Baptista, já que véspera decorriam as festividades joaninas com os mastros, as fogueiras, as marchas populares, a cana verde e a alcachofra, numa noite de alegria e de animação, em que a cidade se enchia de festa e alegria.

      Foi durante a presidência autárquica do Professor João Negrão Belo (1983/1989), que se instituiu a 7 de Setembro esta celebração municipal recordando a elevação de Faro a Cidade.

        Ao recordar-se a «Carta Régia» datada de 1540, uma efeméride plena de sentido, justo é recordar a figura do Monarca, nascido e falecido em Lisboa (1502/1553) e a que a capital sulina não tem prestado a devida e merecida consideração. Lembra-se que Faro não tem uma única artéria com o nome do «Piedoso» (dada a sua profunda vocação religiosa e o haver sido no seu reinado que foi instituído em Portugal o «Tribunal da Inquisição ou Santo Ofício», de tão trágica recordação. Nem existe qualquer monumento dedicado a este Rei. Falava-se em erguê-la junto ao Arco do Repouso, em local de pouca visibilidade, quando o deveria ser em zona cêntrica, por exemplo na Pontinha (Praça da Liberdade).

       Desconhecemos, na data em que escrevemos esta «Crónica de Faro», quem serão os distinguidos pelo Município, assim como os funcionários municipais, mas a ambos endereçamos as nossas afectivas felicitações e o agradecimento que lhes é devido pelos relevantes serviços prestados em prol da Terra Mãe!  

   


 O FOLKFARO N ARPI


    Mais uma vez o Folkfaro, a maior manifestação folclórica que decorre no Sul de Portugal, reconhecida pelo CEOFF, organismo mundial da UNESCO, esteve na nossa sede, em espectáculo dedicado à 3ª Idade Farense. Este gratificante gesto do Grupo Folclórico de Faro, com os seus 92 anos o decano dos ranchos folclóricos algarvios, trouxe até ao nosso salão de festas um dos agrupamentos convidados. Foi o prestigiado CONJUNTO FOLCLÓRICO ARTE NATIVA, fiel intérprete das danças, cantares e trajes do País Irmão, que é o Brasil. Este grupo, que a todos motivou fortes aplausos, foi constituído em 2014 na cidade de Viamão, no Estado do Rio Grande do Sul. Foram interpretadas as danças tradicionais gaúchas e outras como o samba e o forró.

         


                                                                                  JOÃO LEAL


««LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»


               «ARADE»  

                         C. M. LAGOA


              Em edição da Câmara Municipal de Lagoa começou a publicar-se a nova revista cultural denominada «Arade», em homenagem ao rio que banha aquele concelho.

              A publicação assinala o 20º aniversário do Arquivo Municipal de Lagoa e foi apresentada no átrio fronteiro à Igreja Matriz pelo dr. António Maranhão Peixoto (ex- Director do Arquivo Municipal de Viana do Castelo. A revista dedica-se aos trabalhos de investigação histórica, em especial de temática lagoense, bem como da ciência informática.


                   «OS MEMORÁVEIS»

                                                    LÍDIA JORGE


               O livro «Os Memoráveis», da autoria da escritora algarvia Lídia Jorge, um dos nomes maiores da literatura europeia contemporânea, foi traduzido para a língua chinesa, numa edição da «Haithian Publishing House». A obra desta autora algarvia, nascida em Boliqueime, teve a sua primeira edição em 2014 e venceu o Prémio de Novela e Romance Urbano Tavares Rodrigues, que lhe foi atribuído pela FENPROF (Federação Nacional dos Professores).


                                                                                 JOÃO LEAL 


 NOTÍCIAS DO TURISMO ALGARVIO


     Segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística) o AEROPORTO GAGO COUTINHO / FARO registou no 1º semestre deste ano um crescimento superior aos 503% em relação a igual período de 2021 e muito perto dos valores de antes da pandemia. Foi de 3,4 milhões o número de passageiros movimentado e o que mais cresceu entre os 3 grandes aeroportos portugueses (Humberto Delgado / Lisboa - 389% e Sá Carneiro / Porto - 385%).

      REINALDO TEIXEIRA, CEO da Garveturs foi distinguido durante a realização da ENBRACI, que teve lugar no Brasil, reunindo centenas de correctores de imóveis.

        O «Chef» JOSÉ AVILLEZ (distinguido com estrela Michelin) abriu um novo restaurante, TASCA, na Quinta do Lago, inspirado no existente no Dubai.

        O «GUADIANA WEEKEND», organizado pela ODIANA, vai decorrer a 10 e 11 de Setembro, nos 4 concelhos do Baixo Guadiana, em simultâneo com as Festas de Alcoutim e procurando mostrar toda a beleza da zona raiana.

          A 34ª edição da «FEIRA DE DOCES REGIONAIS E CONVENTUAIS», promovida pela União de Freguesias da Sé / São Pedro, tem lugar em Faro (Jardim Manuel Bivar) entre 24 e 28 de Agosto.

           O «SOLAR ALVURA HEALTH HOTEL», situado em Pás do Cerro (Moncarapacho), uma aposta da médica finlandesa Eva Aromanos, começou a funcionar com 21 quartos. É proibido o consumo de bebidas alcoólicas. Aquela médica e empresária possui unidades idênticas (turismo de saúde) na Irlanda.

             «Á MESA NO BAIXO GUADIANA: A SERRA, O RIO E MAR», é uma acção do «Chef» Rui Silvestre (estrela Michelin), que tem como produtos «estrela» o figo, o mel e os citrinos.


                                                                                     JOÃO LEAL


CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE


ESTE NÃO É O OLHANENSE DAS GENTES DE OLHÃO


Nas últimas temporadas futebolísticas o glorioso, centenário e

histórico Sporting Clube Olhanense, orgulho de toda uma Região,

tem andado afastado das posições cimeiras e da constante citação

jornalística, a que durante épocas no habituou. Outro tanto diremos

em relação á presente época futebolística de 2022/23, sem que

algo se saiba do que vai ser e das perspectivas de subida de

escalão.

Certo é que, na formação futebolística o Olhanense continua a

desenvolver uma acção digna de todo o apreço, mantendo uma

tradição que tem no sempre saudoso Mestre Cassiano o seu

expoente maior.

Notícia tem-no sido face a circunstâncias indesejáveis que se

têm vindo progressivamente a acumular e a deixar o clube maior da

Cidade Cubista em situação pouco invejável.

Os mais afectos sócios já o entenderam e manifestaram o seu

acrisolado ensejo de mudança em várias assembleias gerais, sem

que até agora surgisse, pelo menos que o seja do conhecimento

público, um travão a esta queda.

Este não é o Sporting Clube Olhanense quando em fundaram

em 1912 Armando Amâncio e outros nomes conhecidos; como não

o é o clube que em 1924, nos tempos de Cândido Ventura, foi

campeão de Portugal; como não o é o da década de 40 do século

passado, quando foi finalista da Taça de Portugal; nem tão pouco o

Olhanense das gloriosas subidas e êxitos das décadas de 50 e

seguintes. Tão pouco é aquele Clube que tinha a dirigi-lo gente

determinada da estirpe de um José dos Santos, António Leal e

tantos outros.

Hão-de pairam os «olhanenses» que envergaram com

determinação, empenho e valor, a camisola «negro / rubra» de um

Raúl Tamanqueiro, Grazina, Abrão, Poeiras, Reinas, Loulé,

Joaquim Paulo, Alexandrino e toda uma inumerável multidão de

nomes ao longo de sucessivas gerações?


Este não é o Olhanense do Eng. Diamantino Piloto (meu

saudoso professor de Matemática), do Herculano Valente, do

Deodato Pires e de homens de letras e de crença no seu amado

clube.

É, de há muito, tempo de dizer basta! Queremos um

Sporting Clube Olhanense em consonância com o seu passado, o

seu historial e a gradeza construída com empenho e querer. Aquele

mesmo querer fazia dele «o menino querido» das gentes

olhanenses!


JOÃO LEAL