quinta-feira, 1 de setembro de 2022

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE


ESTE NÃO É O OLHANENSE DAS GENTES DE OLHÃO


Nas últimas temporadas futebolísticas o glorioso, centenário e

histórico Sporting Clube Olhanense, orgulho de toda uma Região,

tem andado afastado das posições cimeiras e da constante citação

jornalística, a que durante épocas no habituou. Outro tanto diremos

em relação á presente época futebolística de 2022/23, sem que

algo se saiba do que vai ser e das perspectivas de subida de

escalão.

Certo é que, na formação futebolística o Olhanense continua a

desenvolver uma acção digna de todo o apreço, mantendo uma

tradição que tem no sempre saudoso Mestre Cassiano o seu

expoente maior.

Notícia tem-no sido face a circunstâncias indesejáveis que se

têm vindo progressivamente a acumular e a deixar o clube maior da

Cidade Cubista em situação pouco invejável.

Os mais afectos sócios já o entenderam e manifestaram o seu

acrisolado ensejo de mudança em várias assembleias gerais, sem

que até agora surgisse, pelo menos que o seja do conhecimento

público, um travão a esta queda.

Este não é o Sporting Clube Olhanense quando em fundaram

em 1912 Armando Amâncio e outros nomes conhecidos; como não

o é o clube que em 1924, nos tempos de Cândido Ventura, foi

campeão de Portugal; como não o é o da década de 40 do século

passado, quando foi finalista da Taça de Portugal; nem tão pouco o

Olhanense das gloriosas subidas e êxitos das décadas de 50 e

seguintes. Tão pouco é aquele Clube que tinha a dirigi-lo gente

determinada da estirpe de um José dos Santos, António Leal e

tantos outros.

Hão-de pairam os «olhanenses» que envergaram com

determinação, empenho e valor, a camisola «negro / rubra» de um

Raúl Tamanqueiro, Grazina, Abrão, Poeiras, Reinas, Loulé,

Joaquim Paulo, Alexandrino e toda uma inumerável multidão de

nomes ao longo de sucessivas gerações?


Este não é o Olhanense do Eng. Diamantino Piloto (meu

saudoso professor de Matemática), do Herculano Valente, do

Deodato Pires e de homens de letras e de crença no seu amado

clube.

É, de há muito, tempo de dizer basta! Queremos um

Sporting Clube Olhanense em consonância com o seu passado, o

seu historial e a gradeza construída com empenho e querer. Aquele

mesmo querer fazia dele «o menino querido» das gentes

olhanenses!


JOÃO LEAL

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