segunda-feira, 12 de setembro de 2022

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL


NA RECORDAÇÃO DE ISAURINDO,

«EL NIÑO DE GOMA»


        Era um homem simples, afável, fraterno e alheio a vedetismos. Foi um dos melhores guarda- redes algarvios de sempre, defendendo as cores do Lusitano (o clube da sua Terra Mãe e um dos grandes esteios na Divisão Maior), no Sporting da Covilhã (quando um bando de futebolistas da Terra Sulina rumou para as abas da Serra da Estrela) e Farense (onde acabou a sua notável carreira desportiva).

       Isaurindo Branquinho Parra, nasceu em Vila Real de Santo António (16 de Dezembro de 1921), onde desde moço se distinguiu nos famosos torneios populares que à beira - Guadiana se desenvolviam. Dali a ingressar no Lusitano Futebol Clube foi um instante, que outro não era o mais que desejado ingresso nos lusitanistas era o voto maior. Corria a época de 1939-40 e, com toda a naturalidade surge na equipa principal, quando nas épocas de 1947/48 e na seguinte os briosos jogadores de «Vila Real Aquela» se mantiveram entre os maiores do futebol português e onde Isaurindo foi um dos esteios maiores. Foram épocas e épocas com as cores lusitanista até que de 1951 a 1954 com um grupo de jogadores algarvios (Cabrita, Irmão Cavém - o Domiciano e o Amílcar, o Hélder Toledo e Outros rumaram à Cidade da Estrela. Já em1954/55 ei-lo a vestir a camisola do Sporting Farense , no retorno à Região Mãe, onde até 1960/61 (quando se despediu do futebol) se manteve, com a alegria que era vê-lo nas tardes do São Luís e por esse País em fora. Baixo de estrutura, ágil, valente e seguro Isaurindo manteve-se igual a si mesmo, sempre o mesmo Isaurindo, 

       «El niño de goma» , assim chamado pela portentosa exibição, em que tudo defendeu quando, surpreendentemente  ente o Sevilha então campeão da Espanha.

         Foi, para além do futebol, funcionário do Sindicato da Hotelaria do Algarve, sempre com o sorriso e a prestabilidade que lhe eram peculiares.

          Viveu, com sua esposa, a também sempre saudosa D. Lourdes, vilarrelense como o lembrado Isaurindo, um homem bom e generoso, no nosso Largo de São Pedro (chamado depois de Catarina Eufémia), com a confluência da Rua do Alportel.


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