POR
UMA POLÍTICA DE HABITAÇÃO
Nos últimos
anos a capital algarvia não tem conhecido, quer na cidade como nas zonas, que
outrora foram rurais e hoje pudemos entende-las como suburbanas (Conceição de
Faro, Montenegro, Santa Bárbara de Nexe, Patacão, Mar e Guerra, Bordeira,
Galvana, Rio Seco, etc.) de um plano habitacional que possa concretizar a
continuada procura de casa para morar. Certo é que esta demanda tem conhecido
crescente e angustiante, por vezes dramática procura, face a entre outros
factores: a transformação de residências em alojamentos locais e o aumento do
número de interessados ligados ao meio universitário e ou escolar (professores
e alunos vindos de mais de meia centena de países. administrativos e outros),
profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico) e outros
cidadãos que para aqui, voluntária ou forçadamente, vieram.
Nos anos 40
e 50 do século passado assistimos à construção
do bairro residencial do Bom João, com apreciável número de moradias, tal como
o pequeno Bairro dos Centenários. Após o 25 de Abril de 1974 o movimento
cooperativo realizou obra de assinalada valia, através da Coohabital, da
Habijovém e outras associações. O próprio Município, verdade se diga, respondeu
à longa lista
de pretensões com a construção de unidades residenciais, como sucedeu nas
Avenidas Cidade de Hayward ou Calouste Gulbenkian.
Mas não
chega face ao enorme e avassalador volume de uma procura crescente, de modo
próprio, quem não reúne condições para acesso ao mercado imobiliário que a
iniciativa empresarial tem feito surgir.
Terrenos
municipais livres existem. A Autarquia goze hoje, felizmente, de boa situação
financeira, tal como não sucedia até há poucos anos. Importa que se avance e
quanto antes com uma política de residências, porque centenas e centenas de
cidadãos delas carecem como de «pão para a boca».
JOÃO LEAL
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