NA MORTE DE UM AMIGO
Éramos há 75 anos, vividos no início no CNE (Corpo Nacional de Escutas), onde essa amizade se cimentou e perdurou para toda a vida. O António, o António Miguel Fantasia, assim se chamava este saudoso e dilecto amigo, contava 82 anos e não resistiu agrave enfermidade. O internamento no CHUA, em Faro e as contingências em vigor não nos permitiram sequer um derradeiro e vivo olhar. no sentido adeus de um «até sempre».
Nascido em Boliqueime, viveu alguns anos em Quarteira, por via da profissão do pai (agente da Guarda Fiscal) e veio «menino e moço», como milhares de tantos outros morar para o então periférico bairro do Alto Rodes. Já moço feito, escadas ao ombro, que Magyrus não havia, ei-lo, como aprendiz na Aliança Eléctrica do Sul durante o dia e à noite a estudar na Tomás Cabreira.
Passou os anos mais activos da sua activa vida, nas minas de África, de modo próprio no Botswana e em Angola, donde regressou após a descolonização.
Apaixonado pelos pombos conquistou inúmeros troféus em competições nacionais e internacionais, alcançando os seus voadores elevados valores nos mercados de além - fronteiras.
Residia no Monte Negro e era frequentador, enquanto a saúde o permitiu, da Tertúlia do Tutti Café, na Praça de Alandra.
Morreu o António Fantasia, moço da minha geração e da minha vivência, um dilecto amigo, daqueles que não havido nascido em Faro, sempre se assumiu como um verdadeiro farense.
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