NO I CENTENÁRIO DE ANTÓNIO RAMOS ROSA
Comemora-se hoje,17 de Outubro (5ª feira) o I Centenário do Nascimento em Faro do excelso poeta António Ramos Rosa, honra e glória da poesia nacional.
Esta é uma data festiva não só para a capital sulina, em cuja «Vila-a-Dentro» o Poeta nasceu, como para toda a Região e para o País que tem em Ramos Rosa um dos seus poetas maiores no passado século XXI.
Falecido em Lisboa, aos 88 anos, António Ramos Rosa bem jovem se embrenhou na criatividade poética e na oposição à situação política vigente, com a sua adesão ao MUD Juvenil e as várias detenções. Corajosa a vemos a sua atitude quando em 1971 recusa o Prémio Nacional de Poesia que lhe foi atribuído pela Secretaria de Estado da Informação e Turismo (SNI), quando no mesmo ano recebe, com inteira justiça, o «Prémio Literário da Casa da Imprensa».
Três distinções dignas de todo o apreço as que lhe foram dedicadas pela sua Cidade Natal: a «Medalha de Ouro» (Mérito Cultural); a Biblioteca Museu (magnífica recuperação do antigo Matadouro, na Alameda João de Deus e segundo projecto do destacado arquitecto farense António Santos) e a instituição «Prémio Nacional de Poesia - bianual António Ramos Rosa».
Mas mais do que tudo isso (citamos ainda os galardões que em vida lhe foram atribuídos, para além dos já referidos - «Grande Prémio PEN Clube Português de Poesia - 1986», «Grande Prémio Sophia de Mello Breyner Andersen - 2005», etc.
O Presidente da República concedeu-lhe, em 10 de Junho de 1992 (Dia de Portugal) o «Grau de Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada» e em 9 de Junho de 1997 a «Grã Cruz da Ordem do Infante».
«O grito claro», sua primeira obra publicada e a sua intervenção no aparecimento dos «Cadernos do Meio Dia» são momentos fortes na «Primavera Cultural» vivida no País a partir da segunda década do século passado.
O farense António Vítor RAMOS ROSA nasceu há um século. Honra e glória a um dos maiores farenses de sempre!
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