quinta-feira, 18 de março de 2021

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE



       «CAVALOS DE GUERRA»,

ÊXITOS AQUÉM E ALÉM


        Estão a ser plenamente alcançados os objectivos que levaram o Município de Olhão á produção do filme «Cavalos de Guerra», que faz o retrato da vida marinha no Parque Natural da Ria Formosa, o maior acidente hidrográfico no seu género em todo o espaço europeu. Obra do realizador leiriense João Rodrigues tem conhecido várias distinções em nomeados festivais, alguns dos quais promovidos no Continente Americano. Foram os casos da Argentina(Patagónia) e dos Estados Unidos (Califórnia). Mas há que considerar toda a acção pedagógica e política que o mesmo tem desenvolvido. No primeiro caso através de uma ampla missão sensibilizadora que o documentário tem motivado para os valores ambientais e de preservação dos seus valores, de modo próprio no que concerne aos cavalos marinhos. Segundo o censo de 2001 eram estimados em cerca de 2 milhões os exemplares existentes no espaço interior que vai do Ancão a Cacela e que, passadas duas décadas a sua prevalência situa-se muito abaixo dos cem mil. Perante esta «situação gravíssima» e por acção de «Cavalos de Guerra» já foram criadas duas reservas marinhas, as quais têm o estatuto de protecção total para o cavalo marinho.

      O realizador João Rodrigues é, de há muito, um apaixonado pelo meio marinho. Natural de Ortigosa, no concelho de Leiria, foi na Praia da Vieira (Marinha Grande) que lhe veio esta paixão pelo Mar. A prática do surf deu-lhe um diálogo íntimo com essa dedicação, que prosseguiu com outras actividades, inclusive para além do Atlântico, bem testemunhada nesta película a que a Câmara Municipal de Olhão, concelho que é «capital da Ria Formosa» deu o seu aval.


                                         JOÃO LEAL


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