domingo, 30 de maio de 2021

 FERNANDO FRIAS VENCEU O

«PRÉMIO DE POESIA TITO OLÍVIO»


                  Organizado pelo Rotary Clube de Faro (RCF) decorreu a 2ª edição do «Concurso Poético Tito Olívio», em homenagem ao decano dos rotários algarvios, poeta e escritor e conhecido interventor na vida pública algarvia, eng. Tito Olívio Henriques. Ora teve lugar, nos claustros do Museu Municipal de Faro, a entrega do prémio ao vencedor, o poeta e jornalista Fernando Fitas, pelo seu livro «Olhar o assombro no êxtase da luz». Foi o eng. Bruno de Azevedo Lage, presidente da União de Freguesias de Faro (Sé / São Pedro) e do RCF, que presidiu à sessão no decurso da qual se distribuiu o livro premiado editado pela editora algarvia ARANDIS, parceira nesta iniciativa. O Júri foi constituído pelas dras. Maria da Graça Lobo e Dulce Baião, em representação respectivamente das Direcções Regionais de Cultura e da Educação e Sérgio Brito (rotário a fundador daquela editora que já publicou obras de mais de 20 algarvios e que tão relevante acção tem desenvolvido em prol da cultura regional. O vencedor, Joaquim FERNANDO Rana FRIAS, nasceu em Campo Maior (Novembro de 1957) e no início da década de 70 radicou-se em Almada, havendo exercido o jornalismo («O Século», «24 Horas», «Tal e Qual», «Notícias de Almada», etc. e na Rádio), a par de uma efectiva intervenção cultural, de modo próprio com a ERA NOVA (cooperativa cultural em que teve como companheiros, entre outros Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Mário Viegas, Francisco Fanhais e Vitorino). Tem dezenas de obras publicadas, a primeira das quais «Canto Amargo» (1978) e é detentor de numerosos prémios nacionais e internacionais de poesia e prosa.  

        O Presidente dos rotários farenses saudou os poetas eng. Tito Olívio e Fernando Fitas. A apresentação da obra distinguida coube ao jornalista João Leal que acentuou o sentido filosófico do livro, sua similitude com o «viver Algarve» (o mar, o sol, a luz, as ilhas, o porto, as redes, os homens...). Nela os ideais naturais fundamentais estão sempre em acentuada presença na visão onírica da vida («sou pois o ancião que da infância trouxe uma flor ainda em cada mão...»).

           Fernando Fitas referiu-se ao sentido da existência poética e das semelhanças entre «Olhar o assombro no êxtase da luz» e o Algarve («...e deixar um poema na espuma das marés»).

           Usaram ainda palavra o Patrono que historiou os «Jogos Florais», apontou a poesia e a música «companheiros dos homens há 900 anos» e afirmou «este prémio é uma luta contra o esquecimento da cultura», Joaquim Teixeira e Glória Marreiros que disseram, com a arte que lhes é peculiar poemas do eng. Tito Olívio.

           Um magnífico final da tarde a vivida nos claustros monásticos de Faro com esta reunião presencial do Rotary Clube de Faro.


                                                                JOÃO LEAL 


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