sexta-feira, 6 de agosto de 2021

CRÓNICA DE FARO JOÃO LEAL



                      FARO HONRA-SE DISTINGUINDO MANUEL ALEGRE


                     O Júri do «Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa», referente a 2021, dado que é bienal e uma das mais importantes manifestações poéticas que decorrem no nosso País, organizado pela Câmara Municipal desde 1999, atribuiu, por unanimidade o mesmo ao livro «Quando» da autoria de um dos maiores nomes da poesia portuguesa contemporânea - Manuel Alegre.

                     MANUEL ALEGRE de Melo Duarte, poeta, escritor, político (34 anos como Deputado na Assembleia da República, ele que foi um dos pais da Constituinte), hoje com 85 anos de idade, nasceu em Águeda e é autor de mais de 40 livros (romances, infantis, poesia, ficção, etc.). Homem da Liberdade e pela Liberdade a que dedicou toda a sua vida e pela qual sempre tem lutado era exilado político quando ocorreu a revolução libertadora do 25 de Abril de 1974.

                     O «Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa», em homenagem ao saudoso farense, que é um dos nomes maiores da poesia europeia, ora outorgado a Manuel Alegre, no valor de cinco mil euros, ser-lhe-á entregue em sessão pública a realizar na tarde 4 de Setembro, próximo e a decorrer, com elevado sentido, nessa catedral farense da cultura que é a Biblioteca Municipal António Ramos Rosa.

                     O Júri para decisão deste certame literário foi constituído pelos Professores Nuno Júdice (conhecido poeta algarvio), Catarina Infante do Carmo e Isabel Lucas, que afirmou a propósito de «Quando», a obra distinguida: «consegue transmudar as circunstâncias através de uma escrita que rompe com os hábitos do poeta». Os primeiros livros de Manuel Alegre foram «Praça da Canção» (1965) e «O canto e as armas» (1967). 

                       Uma merecida distinção para este conhecido nome da vida portuguesa, com todo o simbolismo que em si comporta e uma honra para Faro o haver-lhe outorgado o seu «Prémio de Poesia».


Sem comentários: