quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

SEREI?

Serei como água da fonte 
Ou maré em erosão?
Ou sol no vasto horizonte 
Ou a lava de um vulcão?

Serei forte ventania
Ou farol a cintilar?
Uma onda de poesia 
Uma voz que vem do mar!

Não sei porque sou assim
Que não páro de escrever
Que nasce dentro de  mim
E alegra o meu viver!

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

CRÓNICA DE FARO
 JOÃO LEAL

    A JOVEM FARENSE JOANA SANTOS, CAMPEÃ MUNDIAL DE JUDO

         Sofrendo de uma deficiência auditiva uma jovem nascida nesta «Terra de Santa Maria», de seu nome Joana Santos, reconquistou o título de vencedora dos Jogos Superolímpicos (menos 57 kgs) em judo. Dotada de grande espírito de luta e iniciativa, venceu em Tóquio, cidade onde decorreram estes jogos, o seu repetido triunfo represente um exemplo magnífico de integração social e do rejeitar de «histórias do Velho do Restelo» e de um verdadeiro caminho a prosseguir.
        A moça farense repetiu o êxito alcançado há três anos no Brasil, vencendo na final ocorrida na capital nipónica, atleta da Turquia Busa Tuis, num feito único na história desportiva algarvia.
        Aliás, cinco medalhas de alto gabarito mundial esmaltam o peito da «farense, campeã dos Jogos Superolímpicos para Deficientes», alcançadas em Taipé (-63 kgs. - ouro), Sofia (prata, 2023) e Saumen (Bronze - 2013), numa carreira invejável e digna dos maiores elogios. 
     Nestes Jogos Superolímmpicos para Atletas com Deficiência, decorridos em Tóquio, participaram três mil praticantes, o que confere um ainda maior valor ao feito de Joana Santos.
      Faro e o Algarve estão de parabéns. Não é todos os dias que se consegue um feito como o desta farense.
CRÒNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE

GONÇALO RAMOS, UM OLHANENSE NO MUNDIAL DE FUTEBOL

     Novo êxito a esmaltar a vitoriosa carreira do jovem olhanense Gonçalo Ramos, destacada figura do clube francês PSG (Paris Saint German). Foi no decurso do último encontro da fase de apuramento para o Mundial de Futebol 2026 a disputar em três países do continente americano: México, Canadá e Estados Unidos. Após o «desaire» em Dublin, frente à Selecção da Irlanda, que nos daria a qualificação imediata e a perda por «vermelho directo» do capitão Cristiano Ronaldo, o jogo contra a Arménia, disputado no «Estádio do Dragão», no Porto, era o «tudo ou nada». Roberto Martinez, seleccionador nada optou e bem por chamar Gonçalo Ramos para ocupar a posição de dianteiro, desde o minuto inicial. Aquele olhanense alcançou dois golos (8/1 no total - um resultado expressivamente histórico), onde figuram os 3 tentos feitos pelo «moço tavirense» João Neves e contribuiu para a qualificação de Portugal para a fase final da prova máxima do futebol mundial.
     Empenhado, interventivo e oportuno, aquele futebolista que nasceu nesta «Cidade de Olhão da Restauração» há 24 anos marca uma importante presença da «ex - Vila Cubista» no Mundial, em que Portugal tem a sempre difícil missão de ser cabeça de série.
    Ao felicitarmos Gonçalo Ramos, a quem desejamos as maiores venturas, damos os parabéns à laboriosa e honrada Cidade, por ter sido Terra - Mãe de tão valioso futebolista.

                                                  JOÃO LEAL

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Caros amigos e colegas costeletas

Sou a comunicar que o  tempo como Presidente da Direção da Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira está prestes a terminar. Isto pelo facto dos estatutos não me permitirem candidatar-me a um novo mandato. Mesmo que tivesse essa possibilidade, digo-vos que não voltava a apresentar uma nova candidatura por volta motivos de saúde e pela idade. Por outro lado, a minha mulher também não goza de saúde desde algum tempo a esta parte. No que me diz respeito, sinto que as minhas capacidades físicas e mentais estão a ficar muito tremidas.
A situação piorou no ano passado com um derrame externo no crânio e este ano com um problema de cristais .
Com os problemas de saúde já referidos, surgiu um cansaço e desmotivação em relação ao associativismo ao qual me encontro ligado, pois, para além da nossa Associação também estou na Associação Algarvia de Pintores em Porcelana, à Associação dos Trabalhadores Autárquicos de Faro e por último à Administração da Mutualidade Popular de Faro. Procurei dar o meu melhor em todas elas com o compromisso de zelar pelo património social e financeiro. Alguns dos objetivos penso que cumpri juntamente com as pessoas que estiveram ao meu lado mas, não consegui fazer com que e neste caso concreto da nossa Associação captar novos associados no sentido de fazer face aos que infelizmente já não estão connosco. Por outro lado, esta Direção tem notado que existe uma grande diversão de grupos de antigos alunos da Escola Industrial e Comercial de Faro que provovem convívios por faixas etárias onde já foram feitos contactos para fazerem parte da nossa Associação alegando motivos de desinteresse por serem mais novos do que nós.
Sou a comunicar que apesar de não ter correspondido aos anseios que depositaram na minha pessoa para presidir à nossa Associação sou a pedir-vos desculpa mas digo que foi um enorme prazer parte desta grande Família que são os costeletas.
O Presidente da A. A. A. E
 TOMÁS CABREIRA 

Florêncio P. Vargues 

Nota de pesar

A Direção da Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira lamenta o falecimento do Professor Teodomiro Cabrita Neto e apresenta os sentidos pêsames à sua Família. Que descanse na paz do Senhor.
Amém 

domingo, 9 de novembro de 2025

JjCRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

DO MODERNISMO AO «BRUTALISMO»

       Num destes recentes fins de semana a riqueza de potencialidades do turismo cultural voltou a ser e forma bem assinalada que Faro oferece. Com efeito o 4º «the modernist weeekend», evento que avançou pela iniciativa do casal «Christophe de Oliveira», de 40 anos, proprietários de um «AL» (alojamento local) num edifício modernista na Rua D. Francisco Gomes do Avelar, em plena baixa farense e na sua principal artéria, deu mais e evidentes motivos para este crescer de motivações. Falou-se da riqueza arquitectónica existente na capital sulina, mais exactamente durante três dias falou-se do «Modernismo ao Brutalismo (estética de construção com utilização do betão sem qualquer tratamento exterior)».
      E viu-se, visitou-se e concluiu-se que Faro oferece ao visitante na sua paisagem citadina um conjunto notável de obras que são exemplos destacados da arte modernista de construir. É o caso clássico da chamada «Casa Gago», ali na Praceta Pires Viegas, obra desse ícone da inteligência algarvia que foi o saudoso vilarrealense Arq. Gomes da Costa e um local sempre assinalado nos roteiros culturais citadinos. Juntamente com o Arq. Jorge Oliveira, a quem se devem dezenas de edifícios Algarve em Faro, com destaque para as sedes da CCDRA (no início Junta Distrital, à Pontinha) e da agência do Montepio Geral (Rua do Alportel) foram figuras destacadas da arquitectura modernista algarvia. 
      Esta 4ª edição do «The modernist weekend» alargou também o «brutalismo» na paisagem citadina da urbe, com evidência nalguns imóveis da Universidade do Algarve, no Campus da Penha, tal como os jardins de muitos prédios desde logo a Alameda João de Deus, na sequência dos «boulevards franceses».
     Conferências ditas por conceituados mestres universitários, concertos, exposições e visitas várias, destacaram mais uma qualificada riqueza urbano - paisagística de Faro.

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

CRÓNICA DO MEU VIVER OLHANENSE


A OLHANENSE DRA. MARIANA MACHADO SANTOS, «UMA INTELECTUAL DE ESPECIAL RELEVÂNCIA»

      Vale a pena ler e absorver o magnífico artigo da autoria da Prof. Dra.Maria del Castillo Garcia Romero (Escola de Arquitectura de Toledo, Universidade de Castilla La Mancha), inserto no volume XLVII dos «Anais de Faro (2025), intitulado «Mulheres do pensamento à acção - um olhar ao contributo de Mariana Machado Santos para as artes algarvias».
       Trata-se de um valioso contributo para a ilustre «filha de Olhão», onde nasceu em 1904, filha do historiador e investigador Honorato Artur Pires da Silva Santos e de Palmira Rita Machado Santos e que faleceu em Lisboa em 1991.
      Entre as importantes funções que desempenhou e muitas e várias o foram durante a sua vida destacamos as de Bibliotecária da Biblioteca Nacional do Palácio da Ajuda. Era, como carinhosa e afectivamente a tratava a similar algarvia do escritor Alexandre Herculano.  
        Havia uma notória amizade entre o cronista e a ilustre «filha de Olhão», com longas horas de diálogo ocorrido no Posto de Turismo de Faro, junto ao Arco da Vila, onde então trabalhávamos.  Por isso nos haja tocado, tão de perto, este magnifico escrito da académica espanhola sobre a ilustre bibliotecária.
         A Dra. Mariana Machado Santos, frequentou na capital algarvia, com elevada classificação, o Liceu João de Deus, seguindo para Coimbra a fim de frequentar a Faculdade de Letras (Ciências Histórico - Filosóficas) cuja licenciatura concluiu com brilho em Julho de 1937, ano em que concretizando uma precoce vocação pictórica realizou em Faro a sua primeira exposição de pintura. Após uma graduação universitária eis a jovem olhanense prosseguindo a sua carreira e concluindo, em 1939, a sua pós - graduação em Bibliotecas e Arquivos, seguindo-se a primeira experiência docente no Liceu D. Maria e a trabalhar na Biblioteca Nacional. Em 1954 é nomeada para o alto cargo de Directora da Biblioteca da Ajuda, realizando uma obra notável não apenas na gestão daquele importantíssimo espólio literário, mas na averiguação e publicação sobre algumas obras e temas.
        Acredite, leitor amigo, que vale a pena sobre o texto daquela ilustre erudita espanhola sobre a Dra. Mariana Machado Santos, a olhanense que é uma das referências maiores da erudição algarvia.

                                                João Leal

domingo, 2 de novembro de 2025

CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

 CADEIRAS ORTOPÉDICAS PRECISAM-SE COM URGÊNCIA

       Infelizmente, por razões de debilidade física já que os anos não perdoam, tenho sido um cliente, com elevado índice de frequência, dos Serviços de Urgência do CHUA (Centro Hospitalar Universitário do Algarve). Bom atendimento em todas as áreas (consulta médica, radiologia, enfermagem, etc.) pelo que estou grato aquela unidade hospitalar.
      Só que, e o que muito sinceramente lamento é que após concedida a desejada «alta» começam os difícílimos problemas de encontrar, pasme-se, uma cadeira ortopédica que nos conduza ao exterior do imóvel e apanharmos o veículo de retorno a casa («home, sweet home»).
      Tal como acontece com a insuficiência de macas / camas, uma queixa permanente das tripulações das ambulâncias, cadeiras de rodas são «agulha no palheiro». Pese a boa vontade de enfermeiros e do pessoal auxiliar, a par dos acompanhantes dos assistidos, encontrar o desejado veículo é uma sorte.
       Connosco, nesta última ida ao CHUA, obtida a «alta» aguardámos 1h 15m para que a desejada cadeira ortopédica surgisse e com o compromisso assumido de a devolver à profissional que a estava aguardando com doente à espera.
        Ora a cadeira do tipo falado custa, no supermercado pouco mais de 200 euros. Aqui lança-se um pedido a cidadãos individuais, municípios (porque o Hospital de Faro é utilizado por gentes de todo o Algarve), AMAL (Associação de Municípios do Algarve), RTA, clubes rotários algarvios, etc.
        Vamos dotar o mais importante instituto hospitalar da nossa Região com as cadeiras ortopédicas que ora faltam? Um generoso apelo que aqui lançamos.

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Tres costeletas na Biblioteca da Escola Tomás Cabreira a recordar tempos de boas vivências.
Presentes neste encontro o Professor Hugo Virtuoso responsável pela biblioteca da Escola Tomás Cabreira, colaborador e orientador do espaço que a Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira detem na referida biblioteca, responsável pela paginação e composição do boletim O Costeleta e administrador do blog da Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira em parceria com o Presidente da Direção da Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira na companhia de dois colegas costeletas.
Um grande abraço de amizade e costeleta.

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Crónica de FARO
JOÃO LEAL

ELEIÇÃO DE NOVO REITOR DA UALG

      Nos próximos dias10 (2ªfeira) e 11 (3ªfeira) vão decorrer as eleições para o cargo de Reitor da, universalmente prestigiada Universidade do Algarve (UALG). Ao longo destes mais de 40 anos da sua existência ((a única Universidade Portuguesa criada por uma Lei emanada da Assembleia da República, concretizando um secular ensejo de para cá do Vascão) trouxe um inestimável ensejo a uma maior valorização do Algarve e do País.
   Vai se assim eleger um continuador da magnífica obra realizada pelo portimonense Prof. Dr. Paulo Águas, a quem com todo o merecimento foi outorgada em 7 de Setembro último, a «Medalha de Faro de Mérito - Grau Ouro». Projectou no Mundo e pelo Mundo o nome da Universidade Algarvia, através de um conjunto e trabalhos dos seus docentes.
   Á eleição. que é um acto público, decorre na Aula Magna do Campus Universitário das Gambelas, em Faro com a audição dos três candidatos, todos docentes daquela prestigiada Instituição - Profs. Drs. Nuno Gonçalo Viana Pereira Teixeira Dias, Maria Alexandra Anica Teodósio e Luís Pedro Vieira Ribeiro, com extensos e valiosos currículos . 
Será o continuador da brilhante «saga» iniciada como saudoso louletano, em 1982 Prof. Dr. Manuel Gomes Guerreiro e que desempenhou as importantes funções atá 1986. Seguiram-se os Professores Doutores Carlos Alberto Lloyd Braga (1986 / 1990), Jacinto Montalvão Marques (1990 / 1993), Eugénio Alte da Veiga (1993 / 1997), Adriano Gomes Pimpão (1998 / 2002), João Guerreiro (2002 / 2007), António Branco (2007 / 2018) e Paulo Águas (2018 / 2025), um conjunto de reitores que deram o melhor de si à frente da UALG.
  Um novo reitor da Universidade do Algarve vai ser eleito no início da próxima semana. Que vença o melhor a bem da nossa Região e da sua prestigiada Universidade!
CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

      SÃO MARTINHO, MAGUSTO E JEROPIGA

       Este ar novembrino que já nos aporta, não obstante a carência de umas boas e desejadas chuvadas, aí está com um reflexo muito próprio na urbe citadina. Não é necessário consultar o calendário, que as temperaturas vão altas e a serem batidos todos os recordes metereológicos.
        É, logo nos primeiros dias a saudosa evocação de quantos nos deixaram, aureleados ou não pelo reconhecimento da sua santidade. Saudades de quem nos deixou e legou, na grande maioria dos casos, um inventário longo e afectivo de gestos e acções que, em muitas situações anos volvidos, mas que continuam presentes na saudade e na recordação.
       Vem aquele ar fumegante dos assadores de castanhas (quem não se recorda do Manel Russo ou Manel dos Bigodes, empunhando o seu enorme «cachucho» ou do Coelhinho ou, mais em nossos dias os Maldonad?.
        E isto das castanhas assadas comporta logo a realização dos  «magustos», forma comunitária e fraterna das grandes assadas, com o acompanhamento da tradicional «jeropiga», a bebida da época.
        «Os meninos à beira da fogueira...» (uma lembrança).   
    É a lembrança do popular São Martinho (11 de Novembro), padroeiro da Feira de Portimão, uma das mais importantes deste ciclo de feiras outonais no Algarve.
       Vem-me à lembrança uma tradição perdida e que seria boa ideia se retomasse. Eram os «São Martinhos», réplica processional com um caixote de sabão «Offenbach - azul e branco» que nos era cedido, a nós, «malta da Ribeira», pelo sr. Zé da Avó (proprietário de uma mercearia no gaveto das Ruas da Barqueta e Gil Eanes (no vulgo Rua da Parreira) e elemento fundamental das primeiras equipas de futebol do Farense) ou pela D. Ermelinda, sua esposa. Depois eram os ramos das muitas palmeiras então existentes na Avenida da República.  Em cima., com algumas velas ia um de nós. Em regra era eu a fazer de santo, dado ser um magriço e leve. O santo figurado levava uns abundantes bigodes, obtidos a partir de uma rolha queimada, uma capa e uma garrafa ou garrafão e sempre a cantiga: «São Martinho lapa, vamos ao larapa -São Martinho vinho vamos ao copinho». Corridos eram os cafés e tabernas recolhendo os óbolos e a maior colheita era nas chamadas «casas das moças», onde as próprias «meninas» faziam os clientes dar a sua moeda.
    Novembro ou a nunca esquecida lembrança dos «São Martinho

sábado, 25 de outubro de 2025

Na quinta-feira (23/10/35) à noite, encontrei um Amigo que trabalhou na Segurança Social em Faro na feira de Santa Iria e que me informou que o nosso colega costeleta João Faustino se encontra com problemas de saúde.
Assim como colega e amigo, venho através do blogue da Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira desejar-lhe rápidas melhoras e que recupere o mais rápido possível.
Aqui deixo um grande abraço para o João Faustino e Família.

domingo, 19 de outubro de 2025

CRÓNICA DO MEU VIVER OHANENSE

«OLHAR POR SI»

  É uma iniciativa do Município que visa especialmente os mais necessitados, em termos do pedido de um socorro em situação de emergência. Basta tocar no botão inserto numa pulseira, que o paciente deve sempre utilizar e que pode ser solicitada junto da Autarquia. A sua aquisição pode adquirida junto dos serviços próprios da Câmara Municipal. Accionado o referido botão este gera o acesso aos canais próprios de ajuda.
 A operação denominada de «Olha por Si» destina-se a um vasto núcleo de necessitados que assim passam a dispor de um meio seguro e eficiente de ajuda pronta e eficaz.  E a quem se destina ou pode requerer esta pulseira salvadora de vida e haveres? O «Olhar por Si» objectiva um vasto grupo (maiores de 65 anos ou mais, aos com capacidade reduzida de mobilidade, aos que vivem sozinhos e sem uma curadoria de acompanhamento, etc.).
O serviço é concedido por um ano, renovável, mediante o respectivo requerimento por idêntico período anual.
Estamos em presença do mais elevado interesse social e humano, que estamos em crer, merecerá todo o interesse da população olhanense.

                                                                                                  João Leal

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

CRÓNICA DO MEU VIVER OLHANENSE

 

     UM «FILHO DE OLHÃO» PRESIDE AO MUNICÍPIO DE FARO

 

           Não é a vez primeira que um nascido no concelho de Olhão é eleito para presidir à Câmara Municipal de Faro. Sucedera há alguns anos com o dr. José Apolinário (actual Presidente da CCDRA) e agora, após 3 mandatos à frente da Autarquia Olhanense (limite para encerrar o ciclo), o dr. António Miguel Ventura Pina, foi eleito para presidir, em lista do Partido Socialista, ao Município da capital algarvia. Interrompe assim um período de 3 mandatos (12 anos) em que a referida presidência e maioria de vereadores foi do PSD, através do Dr. Rogério Bacalhau Coelho.

        Nascido há meio século nesta «Cidade de Olhão» foi um moço basquetebolista, que se licenciou em Economia na Universidade do Algarve e onde também fez a pós - graduação em Finanças Empresariais.

        Presidiu à Câmara Municipal de Olhão em três mandatos  consecutivos (desde 16 de Outubro de 2014) realizando uma obra digna de geral apreço e presidindo também, neste período à empresa municipal AmbiOlhão.

       Exercera anteriormente outras funções, entre as quais de Vogal da Comissão Administrativa do então Hospital Central do Algarve, o hoje CHUA (Centro Hospitalar Universitário do Algarve).

        Ao novo edil do Município de Faro, «um filho de Olhão», apresentamos as efusivas saudações pela vitória alcançada e os desejos de feliz mandato.

 

 João Leal


CRÓNICA DE FARO

 JOÃO LEAL

 

     ARPI INTERNACIONALIZA-SE

 

    Foi um verdadeiro sucesso, um êxito coroado pelo muitos milhares de aplausos e um «primeiro» constituído por esta presença do Grupo Folclórico e Etnográfico da ARPI (Associação dos Reformados, Pensionistas e Idosos) no 9º Festival do Folclore Lusófono, que decorreu na capital europeia e da Bélgica, a cidade de Bruxelas.

   Pela vez primeira o apreciado conjunto folclórico da prestigiada Associação farense, de apoio à 3ª Idade, uma referência a nível do País, ensaiado pelo sabedor e dedicado «às coisas algarvias», Sidónio Mendonça, passou as fronteiras e afirmou-se em Bruxelas na animada interpretação dos corridinhos, bailes de roda e «balhos mandados», numa presença viva e autêntica das terras do Sul Português.

   Esta é mais uma valência da ARPI, que proporciona todo um conjunto de apoios e serviços a milhares de associados- desde o apoio domiciliário à ginástica, da recreação (animados bailes) às festivas celebrações de datas assinaladas.

   Liderando a comitiva farense lá estava o dinâmico presidente da ARPI, o André Infante, cuja obra nos cumpre enaltecer e testemunhar o verdadeiro reconhecimento e agradecimento da cidade e do Algarve por esta brilhantíssima presença em Bruxelas no «9º Festival de Folclore Lusófono». 


CRÓNICA DE FARO

JOÃO LEAL

FALTAM ÁRBITROS NAS LIGAS MAIORES

 

   Longe vão os tempos em que a arbitragem algarvia marcava presença no futebol nacional. Uma pleíade de nomes da nossa Região esmaltavam o panorama dos juízes de nomes que atingiram a internacionalização, em anos em que era reduzido, ao invés do que ora acontece. Um brilhante historial em torno de um desporto, o futebol, de que somos fervorosos adepto.

 É uma herança que não enjeitamos dos tempos passados onde servimos que na gestão clubista e associativa, quer como delegado da então A. F. Faro (actual Associação de Futebol do Algarve) aos congressos da Federação Portuguesa de Futebol, bem como na imprensa desportiva, em que militámos décadas seguidas.

   Vítor Pinto Coelho («Vítor Garrochinho», cuja barbearia era uma verdadeira escola de arbitragem ali na Rua do Alportel), José Rosa Nunes (talvez o «mais ecletíco desportista algarvio), César Correia (o que mais alto patamar atingiu), Manuel João Poeira (uma carreira demasiado cedo interrompida), Francisco Silva («Chico Preto», implicado em casos históricos), Andrelino Pena e tantos, tantos mais que marcaram tempos vários e épocas várias.

   Agora olhamos para a lista de quantos são chamados a dirigir jogos de futebol da I e II ligas, os «tops» e não encontramos qualquer árbitro filiado no Conselho de Arbitragem da A. Futebol do Algarve, cuja acção na dignificação e valorização do futebol algarvio é de plena justiça enaltecer.

    A acção desenvolvida na arbitragem por um conjunto de dedicados e sabedores dirigentes, entre os quais destacamos o papel assumido por António Matos Coelho, merece uma melhor qualificação dos árbitros do Algarve.

 Esperamos que, numa época próxima. tal aconteça.

 

 


CRÓNICA DO MEU VIVER OLHANENSE

 

        «OLHÃO SAUDAVELMENTE»

    Decorreu durante o mês de Outubro uma acção do mais elevado interesse para a terra olhanense. A vida, nos tempos actuais, é caracterizada por um conjunto de factores altamente negativos, como são os casos de stresse, de fadiga mental e de suplício psíquico, com expressão dramática, entre os quais referimos o suicídio de jovens, ocorrido em estabelecimento escolar no Interior Norte do País.

     Referimo-nos à realização do «Olhão SaudaVelmente», por iniciativa da «RIO» (Associação dos Psicólogos de Olhão) que visou uma sensibilização dos residentes para a gravidade do que é a saúde mental e da necessidade de uma actuação em tempo útil para as ajudas tidas por mais convenientes e mais necessárias.

      O «Dia Mundial da Saúde Mental» (10 de Outubro) foi devidamente assinalado no Agrupamento Escolar Doutor Francisco Fernandes Lopes, seguindo-se todo um conjunto de acções desenvolvidas pela Associação dos Psicólogos de Olhão, visando o alcançar de rácios desejáveis do que durante séculos foi o «mensana sana in corpore sano» (uma mentalidade sã num corpo são), nesse estado necessário a um viver de qualidade e de equilíbrio dominante.

                                                                        João Leal

 


quinta-feira, 16 de outubro de 2025


CRÓNICA DE FARO

JOÃO LEAL

AMANHÃ COMEÇA A FEIRA

      É já amanhã, 6ª feira, dia 17, que principia em Faro a centenária «Feira de Santa Iria». É uma das mais importantes que decorre no ciclo das «Feiras de Outono» que percorre toda a Região até meados de Novembro. Instituída no reinado de D. João III, «O Piedoso», o monarca da Casa de Avis, que continua esquecido das gentes de Faro, não obstante ter promovido a então «Vila» ao seu actual estatuto, sem uma referência sequer na toponímia farense. 
      De amanhã e até ao dia 26 de Outubro o certame, organizado pelo Município e pela Ambifaro, é um dos mais qualificados e organizados deste «tempo de feira», que invade o Algarve com todo o estranho e diversificado cortejo que em si comporta. Foi nos finais dos anos 50 e princípio da década de 60 do século XX que a «Feira de Santa Iria» criou um ar novo, quando veio presidir à autarquia o dr. Luís Godinho Moreira, que se fez acompanhar pelo igualmente saudoso eng. Osvaldo Baptista Bagarrão, na chefia dos Serviços Municipalizados da Água e da Luz. O seu aspecto, a começar pelo pórtico de entrada, ganhou uma nova monumentalidade. A «Feira de Santa Iria», que se realiza no renovado Largo de São Francisco, ocupou durante os mais de 500 anos da sua existência, vários espaços, desde o Pé da Cruz / Alcaçarias até ao derredor da Doca (enquanto decorriam as obras de alcatroamento daquele amplo recinto). 
      São bem diferentes o que era e é hoje a Feira, sem nunca perder a sua atratabilidade e a influência na vida citadina. Longe vão os tempos em que a enorme tasca «O Rolim» (do lado oposto ao Palacete Belmarço) era um mundo de gentes, aos circos ou «barracões», como então se chamavam ou às marionetes («Ai, Carolina da ponta da unha» ou o «Xarabaneco» numa curiosa forma publicitária às atracções), então em destaque. 
    Mas a «Feira de Santa Iria» assenta arraiais até ao dia 26 de Outubro com o seu inquestionável mundo de chamamentos. 
     O Largo de São Francisco espera-o, residente ou visitante, nestes dias de feira,

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE

UMA LONGA MARATONA, QUE SE ESPERA COM FINAL FELIZ


    Não são os mais de 42 quilómetros que comporta a clássica prova com que encerram os Jogos Olímpicos mas uma longa tirada para a equipa sénior do Sporting Clube Olhanense, que após dois anos afastado da provas oficiais, em que actuou sob o nome de Olhanense 1912. Uma triste história, que nunca se apagará da memória, corolário e consequência da tristemente lembrança do «Olhanense, SAD».
     Maratona iniciada a 27 de Setembro, no Estádio José Arcanjo, onde o adversário foi o Esperança de Lagos, um dos históricos do futebol algarvio e que já militou em provas federativas. Depois foi a deslocação ao Estádio da Campina, frente ao Louletano B, seguindo-se um grupo de adversários, alguns com cotada presença na 2ª e 3ª Divisões (Silves, Imortal de Albufeira, Ferreiras, Quarteirense, etc.) a par do entusiasmo que os dérbis regionais provocam (casos do Culatrense ou dos também «farenses» 11 Esperanças).
    Uma longa maratona esta da I Divisão da A. F. do Algarve, que se prolongará até Abril / Maio de 2026, finda a qual se espera o Sporting Clube Olhanense ocupe o 1º lugar e o consequente retorno ao futebol federativo e a contínua ascensão a lugares compatíveis com o seu brilhante historial, pois como se escreveu em anterior edição de «O Olhanense»: «a nossa força é a nossa história».

                                                 João Leal
CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

«ANAIS DO MUNICÍPIO DE FARO» - VOLUME 47


    Em cerimónia realizada no auditório da Biblioteca António Ramos Rosa e presidida pelo dr. Rogério Bacalhau Coelho (presidente cessante da Autarquia) decorreu a apresentação do 47º volume dos «Anais do Município de Faro», icónica obra já com um brilhante historial entre as edições municipais. A primeira edição surgiu em 1969 por iniciativa do então Director dos Museus e Bibliotecas, o académico Prof. Pinheiro e Rosa e sendo Presidente do Município, o Major Vieira Branco. Seguiram-se na direcção dos «Anais» as prestigiadas figuras do dr. Libertário Viegas e do Prof Dr. Romero de Magalhães, a que sucedeu o actual responsável e destacada figura de Portugal Intelectual, Prof. Dr. Guilherme de Oliveira Martins. Conduziu a brilhante sessão a Dra. Sandra Martins (Directora da Biblioteca), que referiu o alto interesse da publicação. Seguiu-se a dra. Susana Costa (funcionária superior) a quem foi confiada a tarefa de ultimar o livro, após a tarefa da Dra. Elsa Vaz, que se aposentou e fora a «grande obreira» dos últimos volumes e a quem foi prestada significativa homenagem. 
  Falou depois o Director dos «Anais do Município de Faro», o prestigiado intelectual Prof. Doutor Guilherme de Oliveira Martins, que destacou o valioso papel dos cerca de 20 colaboradores, lembrando as saudosas figuras dos poetas farenses -- António Ramos Rosa e Teresa Rita, esta uma das grandes «pessoanas» a nível mundial.
 Encerrou a sessão o presidente cessante do Município, Dr. Rogério Bacalhau Coelho, que se referiu ao significado do acto e destacou o valor dos «Anais» na literacia do concelho e da região. Uma obra que, pelos seus conteúdos, que consideramos da maior valia, de modo próprio na investigação histórica algarvia, vale a pena ler.
                                              

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

«ANAIS DO MUNICÍPIO DE FARO» - VOLUME 47


    Em cerimónia realizada no auditório da Biblioteca António Ramos Rosa e presidida pelo dr. Rogério Bacalhau Coelho (presidente cessante da Autarquia) decorreu a apresentação do 47º volume dos «Anais do Município de Faro», icónica obra já com um brilhante historial entre as edições municipais. A primeira edição surgiu em 1969 por iniciativa do então Director dos Museus e Bibliotecas, o académico Prof. Pinheiro e Rosa e sendo Presidente do Município, o Major Vieira Branco. Seguiram-se na direcção dos «Anais» as prestigiadas figuras do dr. Libertário Viegas e do Prof Dr. Romero de Magalhães, a que sucedeu o actual responsável e destacada figura de Portugal Intelectual, Prof. Dr. Guilherme de Oliveira Martins. Conduziu a brilhante sessão a Dra. Sandra Martins (Directora da Biblioteca), que referiu o alto interesse da publicação. Seguiu-se a dra. Susana Costa (funcionária superior) a quem foi confiada a tarefa de ultimar o livro, após a tarefa da Dra. Elsa Vaz, que se aposentou e fora a «grande obreira» dos últimos volumes e a quem foi prestada significativa homenagem. 
  Falou depois o Director dos «Anais do Município de Faro», o prestigiado intelectual Prof. Doutor Guilherme de Oliveira Martins, que destacou o valioso papel dos cerca de 20 colaboradores, lembrando as saudosas figuras dos poetas farenses -- António Ramos Rosa e Teresa Rita, esta uma das grandes «pessoanas» a nível mundial.
 Encerrou a sessão o presidente cessante do Município, Dr. Rogério Bacalhau Coelho, que se referiu ao significado do acto e destacou o valor dos «Anais» na literacia do concelho e da região. Uma obra que, pelos seus conteúdos, que consideramos da maior valia, de modo próprio na investigação histórica algarvia, vale a pena ler.
                                              

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE

UMA LONGA MARATONA, QUE SE ESPERA COM FINAL FELIZ
    Não são os mais de 42 quilómetros que comporta a clássica prova com que encerram os Jogos Olímpicos mas uma longa tirada para a equipa sénior do Sporting Clube Olhanense, que após dois anos afastado da provas oficiais, em que actuou sob o nome de Olhanense 1912. Uma triste história, que nunca se apagará da memória, corolário e consequência da tristemente lembrança do «Olhanense, SAD».
     Maratona iniciada a 27 de Setembro, no Estádio José Arcanjo, onde o adversário foi o Esperança de Lagos, um dos históricos do futebol algarvio e que já militou em provas federativas. Depois foi a deslocação ao Estádio da Campina, frente ao Louletano B, seguindo-se um grupo de adversários, alguns com cotada presença na 2ª e 3ª Divisões (Silves, Imortal de Albufeira, Ferreiras, Quarteirense, etc.) a par do entusiasmo que os dérbis regionais provocam (casos do Culatrense ou dos também «farenses» 11 Esperanças).
    Uma longa maratona esta da I Divisão da A. F. do Algarve, que se prolongará até Abril / Maio de 2026, finda a qual se espera o Sporting Clube Olhanense ocupe o 1º lugar e o consequente retorno ao futebol federativo e a contínua ascensão a lugares compatíveis com o seu brilhante historial, pois como se escreveu em anterior edição de «O Olhanense»: «a nossa força é a nossa história».

                                                 João Leal
CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

UM «OBRIGADO», QUE É DEVIDO

    Faltam escassos dias para acontecerem as eleições autárquicas, marcadas para 25 de Outubro (Domingo). O primeiro voto que se formula é que haja uma ampla e decidida participação de todos os cidadãos conscientes de que este é o primeiro direito em democracia. Depois porque se tratando de eleições para as autarquias esta é a forma de assumirmos o que queremos para as nossas terras visando o seu futuro e o progresso (condições de vida) dos seus habitantes.  
   É certo que muitas mudanças se vão verificar, inscritas na própria Lei, como é o caso do cumprimento de três mandatos consecutivos. É certo que é grande a variedade de opções, dado o número de listas concorrentes, casos havendo em que sequer os candidatos conhecemos, nós que por aqui nascemos e vivemos há quase 90 anos.
  Em Faro, cidade natal, a presidência autárquica e outros cargos terá novo eleito já que o actual presidente, o Dr. Rogério Bacalhau está excluído, posto que este é o seu terceiro mandato. Acreditamos, temos este hábito e já não é altura de vida para o deixar, que todos os eleitos hajam dado o melhor de si mesmos para cumprirem as missões que em sufrágio universal lhes foram confiadas.
  Cremos que a grande maioria desses que durante este quadriénio foram chamados ao exercício do poder local, salvo raras excepções, o fizeram com toda a honestidade e o são propósito de saírem com as «mãos limpas» e os honrados ensejos de, com honesta dignidade, servirem e não se servirem.
   É cada vez mais difícil convencer alguém a desempenhar cargos políticos, sujeitos que o estão, pelos julgamentos acontecidos na rua ou às mesas dos cafés ou nas pinturas que enxameiam paredes e muros a serem candidatos às funções provindas do voto. Por isso e porque continuamos acreditando na limpeza de intenções («que santa ingenuidade», lançar-nos-ão muitos) julgamos que na hora da partida é, de toda a justiça, expressarmos o nosso «muito obrigado» a quantos estiveram ligados à gestão do Município, da Assembleia Municipal, na União de Freguesias (Sé / São Pedro)e nas freguesias rurais de Estoi, Santa Bárbara de Nexe, Conceição de Faro e Montenegro. 

io 

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Nota de pesar:

Informo que faleceu a costeleta e sócia da Associação dos Antigos Alunos da Escola Tomás Cabreira.
Maria Isabel Correia Gonçalves de 91 anos que frequentou a Escola Industrial e Comercial de Faro.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

VIDA DO PESCADOR

No berço das ondas suaves divinas 
Gaivotas voavam tão perto do cais
Embalavam em coro,  mais ladinas
Anunciando os ventos e os vendavais 

As ondas soltavam seus vastos caudais
Nas redes os peixes brilhavam demais
Perguntando ao vento: para onde vais
Parar com a tempestade nos areais?

Nas voltas  do vento sem mais desleixes...
Vou para a praça vender os meus peixes
Que minha isca me deu no meu anzol

Ditos proferidos pelo pescador...
Vencendo na pescaria o mar traidor 
Tecendo nas redes os raios de Sol!

Maria José Fraqueza 

terça-feira, 23 de setembro de 2025

NESTA MINHA SAUDADE 

Conquenta anos de Florais
Quantos poetas premiei 
Quantos diplomas executei 
Tempos que não voltam mais! 

Quantos poetas conheci
De Portugal, do Brasil...
Todo esse tempo vivi
Homanagens mais de mil

Muitos ainda estão vivos
Vejo em redes sociais...
Sempre na poesia activos 
Mas esqueceram os Florais

Sem que pecados cometa 
Na palavra verdadeira 
Os Florais da Fuzeta
Foram Jogos sem fronteira

Um verdadeiro tesouro 
Com a maior duração 
Atingiram Bodas de Ouro
Não houve igual na Nação! 

Que digam muitos que vejo
Nessas redes sociais...
Em alguns deles revejo 
Os poetas dos florais!

Meus amigos saibam disto 
Que tenho no coração 
De os louvar não desisto
Pela arte e distinção! 

Gostaria que cada um
Confimasse esta verdade
Que viesse ainda algum
No caminho da saudade!

Que contente ficaria...
Na saudade que se renova 
Dava-me grande alegria 
De amizade a maior prova!

Maria José Fraqueza
FUZETA MEU AMOR 

Para alem do infinito, há beleza
Há um céu de beleza sem igual 
Fico admirando a bela Natureza
O sol nascente da minha terra natal

Eu creio não ver um outro igual 
Vejo nele em ondas de pureza
O mar imenso que banha o areal
Véus de brancura da noiva princesa!
 .
Renasce em aurora boreal o luar
Fuzeta a Branca Noiva do Mar
A Rainha do mais nobre pescador 

Minha Fuzeta és farol, és um luzeiro
No mar o mais heróico marinheiro
Que canto para ti canções de amor!

Maria José Fraqueza

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL


O FARENSE ISAAC NADER CAMPEÃO MUNDIAL DOS 1 500 METROS

  «Esta conquista enche de pleno orgulho todos os farenses» foi escrito pelo Município de Faro a propósito da conquista por Isaac Nader, nos Campeonatos Mundiais, disputado em Tóquio, da prova dos 1 500 metros. Nós acrescentaremos que esta memorável vitória enche de legítimo e justificado orgulho todos os portugueses. Foi uma vitória do querer, do esforço e do valor do medalhado atleta, que nasceu nesta cidade há 26 anos e que iniciou a prática desportiva no futebol juvenil do Sporting Farense. Foi quando se deu a passagem para o escalão júnior, que se perdeu um futebolista mas ganhou-se um praticante de atletismo à escala mundial.
    Na capital japonesa Isaac Nader seguia na recta a 100 metros da meta na 7ª posição, passando os demais concorrentes com um sprint que lhe daria o título mundial e o pleno júbilo de todos nós. Trata-se de um nome sempre ligado ao desporto. Foi seu tio, o fabuloso Hassan Nader, internacional por Marrocos e o «bota de ouro» - melhor marcador da I liga pelo Farense, na época de 1975/76, donde se transferiu para o Sport Lisboa e Benfica, regressando depois aos leões de Faro. Ainda hoje o nome de Hassan é bem querido às gentes da capital sulina, organizando todos os anos, na pré-época e em sua homenagem a disputa do «Troféu Hassan», com a participação de cotadas equipas ibéricas. O pai do Campeão do Mundo dos 1 500 metros Youssef  Nader também vestiu e serviu o Farense, havendo-se casado com uma jovem farense. 
    Não é todos os dias que este concelho conhece um seu filho como Campeão Mundo e reafirma o seu propósito de ser Campeão Olímpico, para o que acrescentamos ao seu ensejo os nossos melhores votos para que tal venha a acontecer.
     Registamos as felicitações que o farense Isaac Nader recebeu do Presidente da República Portuguesa, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, onde afirma o mais alto Magistrado da Nação: «uma emocionante corrida onde mostrou toda a sua qualidade e determinação».
  

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE

A «CASA DAS VERGAS»

      Sentia-se que era uma era um centro de amor e de arte aquela «Casa das Vergas», que outro nome lhe não conhecíamos, que o notável artesão sr. Proença, veio das Beiras natais para a abrir frente à Câmara Municipal.  Era um fraterno acolhimento que se dedicava a todos os clientes e pressentia-se que era grande o fraterno amor que unia aquela exemplar família. Para nós está sempre ligada ao nosso enlace matrimonial ocorrido na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em finais de Outubro de 1962, com a sempre saudosa esposa, Maria Armanda de Sousa, natural da «Noiva Branca do Mar».
   É que na preparação da decoração do lar conjugal a quando dos móveis a adquirir minha noiva preparou um conjunto de móveis em verga destinados a sala de estar. Fomos cordialmente recebidos por uma das gentis filhas do sr. Proença (o Director deste quinzenário, o nosso amigo Mário, que «recebeu uma pesada herança, à qual tem dado a melhor continuidade, mantendo o «Sporting Olhanense» como dos melhores jornais clubistas portugueses») era ainda bastante «moço» e entregue às aventuras que nestas páginas tão saudosamente tem recordado
 .) Tocadas as várias sugestões («os móveis sugeridos devem levar uma fitas pretas e brancas (as cores do seu clube, o Farense) e verdes («lembrando o seu outro clube, o Sporting») tudo foi acordado e a obra confirmada. Esta surgiu perfeita, linda excedendo o que suponhamos e ainda hoje, por sucessivas doações familiares, decoram uma qualquer casa na Fuseta. Daqui a recordação da «Casa das Vergas» e a sua ligação ao nosso casamento.
     Isto para referir uma saudosa presença daquilo que foi um dos mais prestigiados estabelecimentos artesanais de Olhão.

                                                 João Leal

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

  RADAR SOCIAL - EM PROL DOS MAIS EXCLUÍDOS

   Quase a terminar o seu mandato, por via das eleições autárquicas marcadas para 12 de Outubro o Executivo da Câmara Municipal de Faro lançou um projecto de vasto alcance e que se espera atinja os objectivos visados. Estes são-no fundamentalmente de natureza social já que visam atingir os casos de maior exclusão em diversas áreas. Como é sabido, á dimensão nacional, é cada vez maior o índice de exclusão ou de pobreza extrema, colocando um futuro sombrio.
   Trata-se do «Projecto Radar Social» que é apoiado financeiramente pelo PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e que «visa reforçar e aproximar a rede local de apoio a todos os cidadãos farenses, contendo medidas de maior justiça social e de solidariedade».
  Destina-se assim a quantos vivem em situação de vulnerabilidade, risco de pobreza ou exclusão e o Município vive neste momento uma fase de avaliação de risco, através da identificação de pessoas, famílias ou grupos na referida situação de vulnerabilidade (situação económica, isolamento, insuficiência de rendimentos, falta de suporte familiar, tráfico humano, maus tratos, etc.).
  Os casos podem ser apontados quer pelos abrangidos ou familiares ou por qualquer cidadão, nos Serviços Sociais do Município na Praça José Afonso, nº 1 - 8 000 -172, em Faro (telefone 289 870 869). «Projecto Radar Social» uma ideia que se espera não se fique pela intenção, mas que avance em prol de Faro, um concelho mais fraterno e solidário.
  

terça-feira, 2 de setembro de 2025

CONSIDERANDO...

Parei no tempo cansada
De tanto tempo viver...
O tempo não disse nada
Há que viver e aprender!
Agora quase noventa
Continuo sem saber...
Quem tanto tempo aguenta
Sabe o seu tempo vencer! 

Minha aparência não  diz 
Nem a falta de saúde 
O meu rosto não condiz 
Acho que é uma virtude!

Não perdi a formosura
Dos amigos é opinião 
Talvez seja por lisura 
De amigos do coração 

Quem o feio  muito ama 
Bonito  sempre parece 
Mas quem sempre nos aclama
O coração nos aquece! 

Aquece-nos o coração 
O maus sincero amiguinho 
Com sua dedicação 
Sua amizade e carinho!

Seja ou não seja a realidade
Da sua observação...
Creio na sinceridade
De amigos do coração!

Maria José Fraqueza

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

ATENÇÃO - MUITO URGENTE

   No meu artigo sobre «Um operário de Cristo que serviu o Algarve» houve uma troca de nomes. Onde figura o nome do padre Afonso da Cunha Duarte deve figurar o do PADRE JOSÉ DA CUNHA DUARTE e, claro, o vice - versa. PEÇO A CORRECÇÃO desta troca.
    Grato vos fica o 

                                                 João Leal
CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

UM «OPERÁRIO DE CRISTO» QUE LUTOU PELO ALGARVE

     O citar as mais altas distinções que lhe foram outorgadas pelos Municípios de Faro, São Brás de Alportel, Olhão e Tavira, dizem por si quanto o Padre José da Cunha Duarte (sacerdote espiritano) fez pelo Algarve, a que dedicou 36 dos 57 anos da sua comprovada vocação. Aliás toda a extensa e maravilhosa obra realizada aí está para demonstrar o que foi a acção entre nós deste homem nascido, tal como seu irmão gémeo e também sacerdote do Espírito Santo, o padre Afonso da Cunha Duarte.
    Morreu no Hospital de Penafiel, onde se encontrava internado vítima de doença prolongada e incurável o Padre José da Cunha Duarte, de 85 anos, nascido em Bustelos, naquele concelho nortenho. Na Diocese do Algarve exerceu funções paroquiais em São Brás de Alportel, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Cachopo e Olhão, erguendo as mãos aos céus, como era dever do seu compromisso sacerdotal e os pés bem assentes na terra procurando uma maior elevação moral, cultural, histórica e científica para as respectivas populações.
  Foi uma figura destacada na vida intelectual do Algarve deste nosso tempo. A sua dedicação à juventude (criação do agrupamento do Corpo Nacional de Escutas na vila da beira - serra, da escola de música juvenil, do conjunto dos jovens acordeonistas, etc.), do Museu do Traje (ainda hoje uma das grandes referências do Algarve), da Casa da Cultura António Bentes, da criação do boletim «VilaADentro» e da Rádio local, bem como a muita colaboração no «Sambrazense», da frequência da prestigiada universidade parisiense da Sorbonne, da edição dos livros que o são básicos para a nossa Região - «Natal no Algarve - raízes medievais» e «A Páscoa no Algarve - a procissão das Tochas Floridas», o rejuvenescimento da Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel, as capelas erguidas no interior concelho, o reaparecimento das festas da Páscoa e dos Jogos Florais das mesmas, constituem uma pequena resenha do que foi a acção deste sacerdote sagrado na missão pelo arcebispo - emérito de Luanda D. Moisés Pinho, tal como o seu irmão gémeo o padre Afonso da Cunha Duarte,
  Foi muito sentida em todo o Algarve a morte do Padre José. O Município de São Brás de Alportel emitiu o seu voto de pesar e disponibilizou a deslocação até Bustelos a quantos quiseram estar presentes no último adeus a este religioso que, como poucos, serviu o Algarve, A nossa saudade!
CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE

O CANAL E A BARRA DA FUSETA

      Estes foram, desde sempre, dois problemas da «Noiva Branca do Mar». Com efeito ao longo de muitas décadas a mobilidade da barra e o assoreamento do canal de acesso à lota da Fuseta constituíram problemas vitais para aquela freguesia piscatória, sobretudo no que respeite a vidas e embarcações.
        Jamais esqueceremos um naufrágio com uma pequena lancha ocorrido na referida barra, com uma vítima mortal e assistido em directo.
        A mobilidade das barras algarvias é bem conhecida e observada, com rigoroso estudo, tanto quanto o permite a «dança» das mesmas e da autoria do engenheiro Bivar em obra publicada no século passado.
        Fomos da opinião que, no caso da barra fusetense, a melhor solução seria o canal navegável entre a barra do porto comum Faro / Olhão e a lota daquela vila marinheira. Mas quem o somos para opinar sobre difíceis questões de hidráulica marítima sem qualquer formação técnica para o efeito?
        O Secretário de Estado das Pescas, Salvador Mauro, em visita a este Concelho anunciou a realização de obras de dragagem e de aprofundamento do canal de acesso à lota da Fuseta, com deposição das areias extraídas nas Ilhas / Praias. De um total de 6 milhões de euros a aplicar em diversas obras no litoral algarvio uma parte destina-se á tarefa a executar na Fuseta, numa perspectiva económica (pesca e turismo) e de protecção das vidas e embarcações dos que ganham, com estoicismo, o «pão nosso de cada dia» nas aguas do Atlântico.
        Ainda hoje a lota fusetense, volvidos os ricos anos das pescas em Marrocos, movimenta por ano entre 1,5 a 2 milhões de pescado, capturado pelas mais de 200 embarcações registadas naquela Delegação Marítima.
        Obras pois da maior importância para aquela Vila, terra dos heróicos pescadores bacalhoeiros.

                                                   JOÃO LEAL

CRÓNICA DE FARO. . JOÃO LEAL O «SENHOR OLIVEIRA».... Foi há algumas décadas. Moço de calções e botas cardadas com brochas para se gastarem menos fascinava-me aquela figura que era um conceituado relojoeiro (nos tempos dos anos 40 e 50 em que os relógios não iam fora porque «peças sempre caras») e de conceituado metereologista amador. Tinha a sua oficina / ourivesaria no mesmo rés-do-chão em que residia num conjunto de imóveis de há muito derrubados para dar lugar à hoje Praça da Liberdade», mas que para nós o será sempre de Pontinha. Tinha duas esbeltas filhas, alunas que o foram da Escola do Magistério Primário e que seguiram a carreira docente, da qual estarão por certo e de há muito aposentadas. Diariamente colocava na montra da ourivesaria / relojoaria o seu boletim metereológico, nos tempos em que não havia o IPAM (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) ou estas facilidades de, a qualquer instante, dispormos de informações científicas e, quase sempre, exactas sobre o tempo. Recorria-se também á experiência acumulada durante anos pelos marítimos. É que os «homens do mar» olhavam para o céu, para a Lua e para as estrelas e ditavam o seu palpite: «a chuva é para amanhã». A «coroa de glória» do saudoso sr. Oliveira foi a quando das históricas e memoráveis inundações nos Países Baixos, quando as águas galgaram os diques e tornaram em mar os ferteis «polders» holandeses. Dias antes o meterologista «por amor à arte» sr. Oliveira previu a tragédia e muitas vidas e haveres foram salvos. Recorda-nos bem da carta provinda da Real Casa da Holanda a agradecer a previsão da figura que hoje, com notória saudade, lembramos.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL
NO 1º CENTENÁRIO DO «MANO» HENRIQUE

      Afável, fraterno, de um humanismo contagiante, teria completado o 1º centenário do seu nascimento a 14 de Agosto, passado essa figura que a todos nos marcou de forma assinalada - Monsenhor Cónego Dr. Henrique Ferreira da Silva, que durante mais 40 anos paroquiou, com inusitado desvelo a Paróquia de Nossa Senhora da Assunção (Sé de Faro).
     Foi na marinheira vila de Ferragudo, debruçada sobre a ponta final do Rio Arade, filho de humildes famílias piscatórias (o que prendeu para sempre ao mar e era ver o prazer com que participava numa pescaria na Ria, quando um «buraco» nas múltiplas tarefas o permitia). Um casal de veteranos cidadãos britânicos o apadrinhou e lhe deu o carinhoso apoio material e afectivo, que muito o ajudaram na vida. Após a frequência do Seminário de São José, em Faro, licenciou-se em Direito Canónico e em Teologia em Salamanca (Espanha) e, mais tarde (já Prior da Sé) concluiu o Curso de Direito na Faculdade de Lisboa. Era uma das pessoas mais cultas que conhecemos na nossa Região, falando sete idiomas, entre os quais o aramaico, para «melhor entender a mensagem de Jesus Cristo», na língua do Mestre.
    Após ter sido ordenado foi para Monchique, onde então funcionava o Colégio Diocesano, vindo para Faro em idênticas missões quando o reputado estabelecimento se instalou na Quinta do Alto. Aqui, na capital algarvia, desempenhou um sem número de funções eclesiais, mantendo sempre a porta e o coração abertos a quantos precisavam do «Irmão Henrique». 
   Após a sua morte, que deixou toda a Diocese contristada pois era geral a estima que lhe era dedicada, o Município de Faro, que já lhe atribuíra a «Medalha de Ouro» deu o seu nome à artéria que une a Estrada da Penha à Avenida Cidade de Hayward. Posteriormente a União das Freguesias de Faro (Sé / São Pedro), da presidência dedicada do Eng. Bruno Lage, fez erguer um monumento em memória do sempre lembrado «irmão Henrique» junto à votiva capela de Santo António do Alto. Junto ao mesmo e na efeméride do centenário houve uma significativa homenagem que reuniu não só os autarcas da União, mas muitos amigos, entre os quais o indefectível Michael Ferrada, para quem esta lembrança saudosa do querido «irmão Henrique» continua sempre presente.


segunda-feira, 18 de agosto de 2025

CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE

PARABÉNS, DONA CONCEIÇÃO

      É da maior justiça e com a mais grata amizade o fazemos dar os nossos sinceros parabéns pelo seu 92º aniversário natalício a uma das grandes estimas da nossa vida, a «farense» D. Maria da Conceição Pinto Pires (nascida na Alface - Estoi) e que de há muito conquistou, com todo o direito, obra e justiça o título de «filha de Olhão». É hoje, uma das mais veneradas e venerandas cidadãs desta Urbe, à qual tem prestado, como seu saudoso marido, o poeta Deodato Pires, os mais relevantes serviços cívicos, de humanização e de prestabilidade.
     Foi a 22 de Agosto, que esta significativa e significante efeméride ocorreu levando-nos á reparadora atitude de uma merecida homenagem a quem tanto fez e continua fazendo por «Olhão da Restauração». A «madrinha da Barreta», onde conta com largas dezenas de «afilhados», a escritora autora de numerosos artigos e vários livros sobre a historiografia e  toponímia regionais, a autarca que com tão elevado civismo e espírito democrático foi presidente da Junta de Freguesia de Olhão e deputada à Assembleia Municipal, a dirigente associativa de cariz internacional, com destaque para o Elismo, é mais do que merecedora do nosso apreço, estima e das vivas felicitações por haver atingido estes 92 anos de uma vida exemplar e digna.
                                                  JOÃO LEAL
CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE

GONÇALO RAMOS FUNDAMENTAL PARA A CONQUISTA DA «SUPER TAÇA EUROPEIA»

        O olhanense Gonçalo Ramos, hoje um dos nomes maiores do futebol europeu juntou mais um importante título à sua recheada carreira contribuindo, de maneira decisiva para a conquista, pela vez primeira, pelo PSG, da «Super Taça da Europa».
        A equipa da capital francesa, que não contou com o outro algarvio, o tavirense João Neves, por castigo de um jogo, estava a perder contra os campeões europeus, os ingleses do Tottenham, por 2-1, quando quase ao terminar da partida, surgiu o golo de Gonçalo Ramos, ditando o empate, levando o jogo para prolongamento e a decisão favorável ao PSG aconteceu na marcação das grandes penalidades.
          Um título alcançado pela vez primeira pelos parisienses e a que fica ligado o golo marcado pelo Gonçalo Ramos. As nossas efusivas felicitações ao valoroso jogador «filho de Olhão».
            Outro futebolista, também ele «filho de Olhão» marca destaque neste princípio de época. Referimo-nos a Ricardo Mangas, que vindo do Spartak de Moscovo, valorizou e de que maneira a equipa bi-campeã nacional, o Sporting Clube de Portugal. Mangas iniciou a sua formação futebolística no Marítimo Olhanense, a popular agremiação de Olhão, onde desde há anos pontifica a presidência directiva da D. Fernanda, um positivo exemplo de dedicação ao desporto.

                                                  JOÃO LEAL
CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL
«7 DE SETEMBRO - DIA DA CIDADE»
       Comemora-se no Domingo, 7 de Setembro, o 472º aniversário da elevação de Faro a cidade. Foi D. João III, «O Piedoso» (nascido em Lisboa em 1502 e ali falecido no ano de 1557), soberano que herdou o «maior Portugal de sempre», mercê das descobertas e conquistas efectuadas durante o reinado de seu pai - D. Manuel I, «O Venturoso». O desenvolvimento atingido pela então «Vila de Faro», sobretudo mercê do seu porto de mar facilmente atingível pela navegabilidade dos canais da Ria Formosa, fez com que naquela data de 1553 a hoje capital algarvia ganhasse um estatuto de cidadania idêntico às cidades algarvias de Silves, Lagos e Tavira.
     A data do «Dia da Cidade de Faro» (feriado municipal) foi sempre comemorada a 24 de Junho (Dia de São João), pela popularidade que durante anos e anos atingiu no concelho, graças às festividades que então se celebravam (mastros, fogueiras, marchas, combates de carretilhas, etc.). Foi durante a presidência camarária do Professor João Negrão Belo (1983 / 1989) que a alteração se verificou, considerando as razões históricas em que se baseava e que na altura foram invocadas.
   Tem um profundo sentido cívico este «Dia da Cidade», evocando-se os deveres de cidadania e outros que a data comporta, numa unidade «mixing» de orgulho para os aqui nascidos como para aqueles que, sem esquecer as origens fizeram desta «Hárum», «cidade das três religiões monoteístas - o arabismo, o judaísmo e o cristianismo», como a definiu o notável historiador messinense dr. Teodomiro Neto, o burgo capital do Sul («Cidade em quarto crescente», como lhe chamou o conhecido jornalista e escritor Mário Zambujal).
    Para além das comemorações oficiais que, usualmente, ocorrem (içar solene das bandeiras, sessão oficial, inauguração  de obras e placas toponímicas, etc.) este ano ocorre o encerramento do já famoso «Festival F» que iniciado hoje (4 de Setembro - 5ªfeira) trouxe à zona da «Vila - a - Dentro» uma pleíade de artistas, ao longo das noites (o farense Diogo Piçarra, Dino D, Santiago com a Orquestra do Algarve, Pedro Abrunhosa, Ana Bacalhau e muitos outros).
Não sabemos quem são os honrados e notáveis cidadãos que este ano serão distinguidos pelo Município, aos quais juntamos a nossa admiração e apreço. Apenas conhecemos o do Jornalista e Grande Farense Ilhéu, que é o Manuel Luís (o «reportér da Cidade»), a quem felicitamos pelo merecido reconhecimento oficial. 
Esta comemoração de mais um «Dia da Cidade de Faro» faz-nos um ano mais reavivar duas lacunas existentes e que persistem, infelizmente: a inexistência de uma rua com o nome de D. João III e um monumento em sua memória.

                                                          JOÃO LEAL

sábado, 9 de agosto de 2025

CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

   EXIGÊNCIA A FAZER AOS AUTARCAS A ELEGER
      
     A 12 de Outubro o País vai, uma vez mais, desde que o regime democrático foi reposto entre nós, a eleições. Desta vez é a eleição para os órgãos autárquicos (juntas de freguesia e câmaras municipais), o que confere um especial sentido local a este dever cívico. Desconhecemos quem são, na totalidade, os candidatos, a despeito de alguns nomes já o terem vindo a público. A uns a nossa concordância quanto à capacidade para o desempenho das funções a que se candidatam. Para outros a nossa natural repulsa quanto às sugestões propostas ao eleitorado. 
Mas, numa altura em que os incêndios florestais alastram, em especial pelo Norte, ocorre-nos fazer uma exigência aos presumíveis candidatos a lugares autárquicos: a inclusão nos programas da construção do tão ambicionado e sempre adiado (desde a sua fundação em 1923) quartel sede dos Bombeiros Voluntários de Faro. Os Sapadores Bombeiros (ex-Municipais) têm, não obstante as greves ultimamente ocorridas, condições para o desempenho das suas humanitárias e profissionais missões.
 Quanto à prestimosa e histórica Cruz Lusa é uma obra sempre e sempre adiada, apesar das promessas a cada aniversário, proferidas. Vamos exigir a construção do quartel sede para os nossos Voluntários, vamos exigir que esse seja um compromisso a assumir pelos futuros autarcas. Apenas de nós e só a nós é devida a esperada construção.

                                                            João Leal


TURISMO ALGARVIO EM NOTÍCIA

       O Grupo hoteleiro 3HB abriu uma noa unidade hoteleira de luxo na Praia da Falésia- Albufeira) com uma excelente zona natural envolvente.
        O Rotary Clube de Faro promove no dia 8 de Setembro o já tradicional «pôr do Sol na Ria Formosa», destinando-se o fundo apurada para a Cáritas Diocesana.
         Em Junho, segundo o INE, foi o primeiro destino turístico português com 471 mil visitantes e um provento de 278 milhões de euros.
           A Condor Airlines lançou a promoção Faro / Munique (voos às 4ªs e 6s feiras) por 99,99 euros.
           Deputados socialistas pelo Algarve (Luís Graça e Jorge Botelho) criticaram o Governo por ausência de investimentos portuários nesta Região.
         Com uma verba de 900 mil euros foi aberto o concurso para o fornecimento de 49 câmaras de vigilância em Vilamoura (Loulé).
           Albufeira foi, a nível nacional, o 2º destino eleito pelos portugueses como «destino de férias», com 11,4% do voto dos inquiridos.
           A Câmara Municipal de Albufeira proibiu u vende de bebidas alcoólicas para consumo público, a partir das 23 h e «a fim de evitar desordens».

                                                                 João Leal

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

ESTE 17 DE AGOSTO

      Trás - nos sempre à lembrança significativas recordações esta data do 17 de Agosto: Antes de tudo o mais é a significativa lembrança do «Patrão»:
      1 - EVOCANDO JOSÉ BARÃO
       Se vivo fosse e bom seria para todos que tal sucedesse completaria nesta data mais um aniversário natalício o saudoso fundador de «Jornal do Algarve». o íntegro e honesto jornalista e exemplar cidadão, que foi o sempre lembrado José Barão. Une-nos uma saudade que permanece sempre em nós e se repete a cada instante. Evocamo-lo a cada momento e sempre que a vida nos coloca novos e constantes desafios. Desde muito moço que o «patrão», como carinhosamente o tratávamos, sentiu a sua vocação para o jornalismo, de que seria como repórter um dos maiores do nosso País, lançando na sua terra natal (Vila Real de Santo António), que amava até á exaustão «Os novos». Depois foi a ida para Lisboa, a profissionalização e a fundação, com um grupo de dedicados amigos do semanário verdadeiramente regional o «Jornal do Algarve». Enquanto vivos formos cumpriremos, até ao último instante o pedido à sua derradeira vontade expressa na Casa de Saúde das Amoreiras, em Lisboa, onde faleceu; «Não deixem morrer o Jornal do Algarve». Não ele continua vivo como há sessenta e alguns anos, na plena defesa dos interesses da Região. Com ele a nossa permanente lembrança do sempre lembrado José Barão e de sua saudosa esposa D. Ana Baptista Barão, dois grandes amigos que nesta já longa vida houvemos!
     II - «FOLKFARO 2025»
     Já se sente e pressente no ar citadino o ambiente único, festivo, multiétnico e fraterno que em cada ano o «FolkFaro» proporciona. Será de 17 a 23 de Agosto que a capital algarvia e toda a Região, se assumem como a grande sede do folclore mundial. Arrepia-nos sempre o ouvir aquilo cântico que é hino oficial deste evento «Amigos, para sempre» entoado por centenas de folcloristas vindos dos quatro cantos do Mundo e organizado pelo prestigiado Grupo Folclórico de Faro, veterano dos ranchos algarvios, a que Serafim Carmona e Henrique Bernardo Ramos deram (1930) o «pontapé de saída». De então para cá, ao longo de quase um século, tem sido um constante somar de êxitos. como aconteceu recentemente na Lituânia com o 1º prémio alcançado. Quer no espectáculo inaugural no Teatro das Figuras, como todas as noites no Passeio Ribeirinho (junto á Doca) o «Folkfaro - 2025», reconhecido pela FEOOC (Organismo da UNICEF para as artes populares) e com o apoio da Câmara Municipal de Faro e outras entidades, será a expressão da plena dedicação da Helena Franco e do Amabélio Pereira e de tantos outros que abnegadamente servem Faro e o Algarve servindo o Rancho Folclórico de Faro, lídimo embaixador no Mundo desta região sulina.

sábado, 2 de agosto de 2025

A MINHA INFÂNCIA

 Vivendo no meu mundo de ilusão
Com bonecas brinquei a vida inteira,
A boneca de trapos feita à mão,
A mais fiel amiga e companheira!

Recordo esses tempos que lá vão...
O meu mundo infantil, a brincadeira
Até joguei ao eixo e ao pião...
De trapos, eu também fui costureira!

Ganhei no tempo atrás aprendizagem,
Nos brinquedos - a boa camaradagem
Nos jogos em que aprendi a crescer...

De perder e ganhar - a importância
Porque já vai mais longe essa distância,
Criança toda a vida...EU QUERO SER!

Maria José Fraqueza

quinta-feira, 31 de julho de 2025

CRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

    Os grandes acontecimentos desapareceram!

      Comemoram-se este ano 55 anos sobre a criação da RTA (Região de Turismo do Algarve), inicialmente (Dec. Lei 114/70) 
instituída sob o nome de CRTA (Comissão Regional de Turismo do Algarve). Volvido mais de meio século vêm-nos á memória realizações de tempos idos que deram fama e proveito à faixa sul do País. Deixaram os mesmos de acontecer sem que se encontrem fortes razões para o facto, não obstante surgirem, cada vez mais, iniciativas de recreio e cultura (?) por esse Portugal em fora.
    Assim recordamos o que era o famoso e reconhecido como «dos grandes festivais entre os seus congéneres da Europa» e que era o saudoso «Festival Internacional de Música do Algarve» e que até nós e a todos os concelhos algarvios trouxe alguns dos nomes e conjuntos de música clássica, a nível mundial. Era seu director o olhanense dr. Pereira Leal (Director do Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian), o que diz bem da exigência qualitativa desta realização. Lembramo-nos do «Festival Nacional de Folclore», com essa final jamais esquecida, que era o espectáculo final, com transmissão televisiva directa da Praia da Rocha e a participação dos mais cotados grupos etnográficos portugueses. Á memória ocorre-nos o «Concerto do Ano Novo», ali no desaparecido palco do Cinema Santo António, como sucede com o «Grande Prémio das Amendoeiras em Flôr», uma das mais importantes provas atléticas da Europa, que acontecia na Aldeia das Açoteias (Falésia, Albufeira) ou em Vilamoura.
  Citamos apenas quatro iniciativas que, na estação turística baixa, preenchiam o calendário algarvio, criando fama e proveito ao Algarve.
Que aconteceu para, progressivamente, os mesmos deixarem de se fazer não é do nosso conhecimento, mas lamenta-se que tal haja sucedido sem que nada surgisse em sua substituição.
  

                                                                         
 
   Q
CRÓNICA DO MEU VIVER OLHANENSE

A MAIS SIGNIFICATIVA HOMENAGEM

     No âmbito das comemorações de mais um aniversário da fundação pelo Bispo do Algarve, D. Sebastião da Gama, da paróquia de Olhão foi dado o honrado e estimado nome da sempre querida D. Maria da Conceição Pinto Pires ao auditório da Praça de Agadir, em pleno centro da «Cidade de Olhão da Restauração».
     Significado pleno em redor desta justa e merecidíssima homenagem a uma cidadã exemplar e por todos estimada, com os mais relevantes serviços prestados à Comunidade Olhanense e ao Algarve,
     Natural de Faro (Alface, freguesia de Estoi), radicou-se muito cedo no Rio Seco, frequentando a Escola Industrial e Comercial de Tomás Cabreira, de que é uma das mais veteranas «costeletas», sendo uma presença constante nas iniciativas promovidas pela Associação dos Antigos Alunos. A sua fixação em Olhão acontece com o casamento havido com o saudoso amigo e laureado poeta Deodato Pires. Ali exploraram um estabelecimento de mercearias, sito na Barreta e ganharam a simpatia e o carinho da população daquela povoada zona citadina olhanense, contando-se por centenas os «afilhados» que possuem.
      Maria da Conceição Pinto Pires é uma figura exemplar. quer como autarca (Presidente em vários mandatos da Junta de Freguesia e membro da Assembleia Municipal), como dinamizadora do movimento associativo (caso do prestigiado Elos Clube de Olhão, de que foi dirigente a nível mundial), jornalista com presença constante em vários órgãos de comunicação e autora de vários livros, que são uma positiva referência e conferencista de reconhecidos e aplaudidos méritos-
    Neste caso Auditório da Praça de Agadir acontece até a bem significativa circunstância de a homenageada ter sido uma das grandes fomentadoras da geminação de Olhão com aquela cidade marinheira do litoral marroquino.
    As nossas mais sinceras felicitações a D. Maria da Conceição Pires e à Junta de Freguesia de Olhão pela iniciativa assumida.

                                                                  JOÃO LEAL

terça-feira, 29 de julho de 2025

TEMPORAL DA MINHA VIDA 

Quisera ser alegre e não consigo...
Com a vida sem saúde não posso ser
Meu Deus como é possível viver?
Se a tristeza faz no meu peito abrigo!
 
Eu tento afaatar de mim o perigo,
De tudo aquilo que me faz sofrer....
Com a força superior do meu querer
No caminho que levo e que persigo!

Tento mandar a  tristeza embora...
Mas ela me persegue a toda a hora
Sem ter conta, peso ou ter medida 

Manda em mim como se fosse criança 
Vencendo a tempestade e a bonança 
Dos temporais que assolam a minha vida!

Maria José Fraqueza

segunda-feira, 28 de julho de 2025

CRÓNICA DE FARO
João Leal

O DESEJADO REGRESSO

          Ainda em pleno defeso, quando a equipa prepara a época futebolística de 2025 / 26, que inclui alguns encontros particulares, cresce o movimento e o anseio pelo retorno do Sporting Clube Farense à I Liga, de que foi despromovido na temporada finda.
       Agora sob a direcção técnica de Mister Silas, que foi «in illo tempore» um jogador de referência, os algarvios preparam-se para um difícil II Liga, com uma cobertura territorial (Continente e Regiões Autónomas. Um dos factores que desde logo ressalta é o das longas deslocações, como se o fora na Divisão Maior, mas as receitas e os patrocínios com natural menor expressão o Farense acredita que é possível o São Luís voltar a conhecer a presença das equipas maiores do futebol português.
     Aqui começa o desafio primeiro ou seja que aquele recinto desportivo conheça, quando os «leões de Faro» estejam em campo, seja autenticamente o «Inferno de São Luís», tão temido pelos adversários, pelo apoio constante e incondicional dos seus adeptos. Foi esta uma das grandes pechas da temporada finda em que se consomou a descida de escalão. Veja-se o que sucedeu com os pontos perdidos no seu reduto.
      Em consonância com a dedicada Direcção e o empenho desejado, fundamental e exigível de todo o plantel e equipa técnica, o Sporting Clube Farense pode conhecer em Maio de 2026 o reencontro com a I Liga. Assim o desejamos e assim acreditamos. Fazemos, como farenses que sempre o fomos e somos, os melhores votos para que tal aconteça.

CRÓNICA DO MEU VIVER OLHANENSE

Á SUBIDA, OLHANENSE, À SUBIDA

       Vivendo tempos mais calmos e tranquilos, volvidas essas páginas aflitivas em que se chegou a temer pela sua continuidade existencial, o glorioso Sporting Clube Olhanense, respira um clima próprio legal e administrativo, propício a aspirar novos feitos e uma situação mais condigna com o seu historial. 
      Passado que foi este dramático período de sobrevivência, em que a solução «Olhanense 1912» foi a medida encontrada para contrariar todas vicissitudes vividas, que bom é não esquecer, mas ter sempre presente para que os erros havidos não voltem a repetir-se, aspira-se agora e em consonância com a peleíade de adeptos que possui à escala universal, que o SCO volte a ser o que foi sempre antes desta dramática novela.
     Agora acredita-se que o «antigo Campeão de Portugal» conquiste, por mérito próprio, o inuludivel direito a participar, nas provas federativas do futebol sénior masculino. Que o «José Arcanjo» volte a ser, como o havia sido, décadas antes, o lembrado «Padinha», de saudosas recordações longas décadas antes volte a ser o anfitrião de prestigiadas formações clubistas. Que os «Loirinhos, Tamanqueiro, Grazina, Cabrita, Reinas, Parras e Poeiras e tantos outros voltem a emoldurar o onze «negro / rubro». 
       Sob a presidência do olhanense Manuel Cajuda, que o é de nascimento e de coração, que foi um dos obreiros de vencer esta «fase negra» o Olhanense volte a ser o clube que sempre o foi.
                                                                         JOÃO LEAL
NOTÍCIAS DO TURISMO ALGARVIO

     Na Quinta da Boavista, em Lagos, num investimento do Emerson Group vai ser construído um hotel de 4 estrelas com 500 camas e um campo de golfe de 18 buracos.
       Trata-se de um novo projecto da Haldas Homes a erguer na Praia da Rocha (Portimão) com 218 apartamentos, denominando-se «Ribamar».
        Em Castro Marim vai decorrer entre 27 e 31 de Agosto a 26ª edição dos «Dias Medievais» (uma viagem única ao passado»).
         Faro e várias localidades algarvias vão receber durante o mês de Agosto o «Folkfaro», organizado pelo Rancho Folclórico  de Faro sob o lema «Culturas em festa, Povos em paz».
         O Aeroporto Gago Coutinho / Faro, considerado o melhor aeroporto do País já recebeu este ano mais de 4,6 milhões de passageiros.
         A Ministra da Cultura presidiu, em Faro, à inauguração das obras de restauro do «Arca da Vila», monumento ex - libris da capital algarvia.
          Num investimento de 60 milhões de euros a Reity vai construir na Meia Praia (Lagos) um novo hotel de cinco estrelas.
        A tradicional «Festa do Banho» decorreu, mais uma vez e com grande sucesso em Lagos.
         Encontra-se aberto o concurso público internacional para concessão da exploração durante 15 anos da Zona de Jogo do Algarve (Casinos da Praia da Rocha, Vilamoura e Monte Gordo). A actual concessionária é a Solverde e o valor mínimo da proposta a apresentar é de 1,5 milhão de euros.

                                                          João Leal 

sexta-feira, 25 de julho de 2025

QUADRAS SOLTAS 

Muita gente ê testemunha
Pode passar atestado...
Sem que precise de cunha
Das memórias do passado! 

Muito tens e muito vales
Quando podes repartir
Agora tu não te rales ..
Que cuidem do seu porvir!

O porvir é o futuro...
Dos teus amigos reais
Mas eu vejo o mundo obscuro
Nessas redes sociais! 

Eu vejo no dia a dia...
Um mundo cheio de enganos
Sementes de hipocrisia 
Dos seres mais desumanos!

Maria José Fraqueza

quinta-feira, 24 de julho de 2025

AS MINHAS QUADRAS 

Mais vale cair em graça
Do que ser gracioso...
Durante a vida que passa
É um dito valioso...

E para constar o que fica 
Somos bons enquanto somos 
Por isso jamais se explica
Aqueles que desprezamos!

Há gente da minha terra
Desconhecem o que fiz
Uma verdade que encerra 
Tenho Deus por meu juiz! 

Deus que me deu a arte
O meu dom, o meu valor
E eu levei a toda a parte 
A extensão do seu amor!

O amor é um  dom de Deus 
Ao que estou reconhecida 
Neste mundo onde hâ ateus
Amar é um dom de vida!   

Vida breve ou vida extensa 
A minha já é comprida
Deus dá-me a recompensa
A Ele estou agradecida! 

Não cabe dentro de mim
O maior agradecimento 
Meu coração é um jardim 
Renasce o amor ssntimento!

A flor do meu amor
Renasce no coração 
A Deus Soberano Senhor
A presto a Gratidão!!!

Maria José Fraqueza

quarta-feira, 23 de julho de 2025

MÃOS DE VELUDO!

Mãos de veludo
Pés de cetim
Eu não me iludo
Com este amor sem fim

Amo e ajudo
Mimo e protejo
Mãos de veludo
Aumentam o desejo

Um amor sem fim
Este que te dedico
Pés de cetim
Quando te "apaperico"

Ajudo e acudo
Aos teus ais e maleitas
Eu não me iludo
Quando comigo te deitas

Éassim que sou
Com este amor sem fim
Só:
Estou bem onde não estou 
Dando tudo de mim!...

Helena Bispo 
22/07/2025
SORRiSO

Se apenas com um sorriso 
Te viesse a agradar
Eu faria mil sorrisos 
Para te poder conquistar 

Mas sei que não vale a pena
Nem nisso devo pensar 
Já estás comprometida
É esse o meu azar 

Só um sorriso milagroso 
Resolveria a situação 
Seria maravilhoso 
Mas não está na minha mão 

O teu sorriso sim 
Olho-o com emoção 
Ao velo sinto alegria 
Dentro do meu coração 

Tens um sorriso lindo 
Que transmite lealdade 
É muito grato ver
Que nele não há maldade 

Com teu sorriso meigo 
De menina de fino trato 
És muito bonita 
Ficarias bem num retrato

José Ramos 

terça-feira, 15 de julho de 2025

OOCRÓNICA DE FARO
JOÃO LEAL

O ALGARVIO JOÃO BRAZ «PRÍNCIPE DOS POETAS PORTUGUESES» EM 1951

       É pouco conhecida e ainda em menor índice divulgada a obra poética, para não referir já, os textos teatrais do genial poeta sambrazense João Braz, eleito em 1951, a quando dos «Jogos Florais Nacionais» «O Príncipe dos Poetas Portugueses».
        Só por si este invejável título valia a exigência de um maior conhecimento por parte e, especial dos algarvios, deste excelso continuador da vasta e qualificada obra dos vates algarvios, desde há 3 milénios, a quando da ocupação árabe. Vem Al-Mutamid, a par de outros nomes famosos e prosseguida por poetas como Cândido Guerreiro (por considerados críticos «o maior sonetista português»), João de Deus (o poeta e pedagogo messinense), o olhanense João Lúcio, os modernos António Ramos Rosa, Nuno Júdice, Casimiro de Brito, Gastão Cruz e tantos mais.
        João Braz Machado nasceu em São Brás de Alportel (17 /03 /  1912), quando aquela vila da Beira Serra do Caldeirão, era a mais importante freguesia rural do concelho de Faro e de cuja dependência administrativa se libertaria (é bom não esquecer os nomes de João Rosa Beatriz, Silva Nobre e outros a 1 de Junho de 1914). Foi portanto, ainda como farense, que nasceu o autor de «Esta riqueza que o SENHOR me deu», mas sempre e com justificado motivo como havendo nascido sambrazense.
       Desde bem jovem revelou a sua inclinação para a arte poética. Assim sendo tinha apenas 13 anos de idade quando recebeu o1º galardão em certames literários. Muito cedo este «ganhar» repetir-se-ia, vezes múltiplas ao longo da sua vida. Foi a indústria corticeira, a unir as duas localidades, que levou a família de João Braz Machado, a mudar-se de São Brás de Alportel para Silves, então um destacado centro da cortiça, a nível do País.
 Naquela histórica cidade do barlavento algarvio, onde viveu alguns anos, mudar-se-ia definitivamente para a vizinha urbe de Portimão. Aqui produziu a maior parte da sua obra literária e seria um valor da grei portimonense. Era uma figura carismática no «tomar da bica», ali no clássico café - pastelaria «Casa Inglesa», sob o olhar desse quadro magnífico «O monchiqueiro» que o génico desse nórdico Max Thames, que viveu alguns tempos em Faro e Portimão concebeu, com invejável realismo e um rigor regional inexcedíveis.  Autorizada era a opinião de João Braz, sempre concisa, assaz e, por vezes, mordaz. Eram os tempos, em que entre outros tomavam assento na mesa o culto Milton, o jornalista Candeias Nunes (Correspondente de «Jornal do Algarve»), etc. Jornalista o foi também o «sambrazeiro» João Braz, pois além da colaboração dispersa por vários órgãos regionais (Correio do Sul, Jornal do Algarve, etc.), foi correspondente de Diário de Lisboa, Artes e Letras, Diário Ilustrado e fundador e director de «A rajada».
   Mas é no teatro que se encontra muito do estro deste genial escritor e poeta algarvio, tal como as revistas «Sendo assim está certo», «Fitas faladas», «Feira do Algarve», «Isto só visto, que imagem» (com que foi inaugurado o demolido Cinema - Teatro de Portimão. Foi nesta cidade, á beira - Arade que faleceu a 22 de Junho de 1993, em cujo Cemitério Municipal se encontra sepultado.  O seu nome figura na toponímia de São Brás de Alportel, Portimão e Lagos.
    Válido, urgentemente válido é que a obra do algarvio «Príncipe dos Poetas Portugueses - 1951» seja mais divulgada e conhecida.

                                                             
CRÓNICAS DO MEU VIVER OLHANENSE

MAIS HABITAÇÃO, UM PLANO A AVANÇAR

      Um dos grandes problemas, dos maiores o pudemos adjectivar, que o País vive é o da habitação, o cumprimento do dever constitucional e vital, que é o de ter uma casa para morar. A delicada questão é justamente realçada pelos meios internacionais seja-o na política (o mais caro membro entre os 28 Estados da União Europeia é o mais elevado) seja-o a nível pessoal onde ter um tecto se torna cada vez mais difícil, quando não, na maioria das vezes impossível. Vem este comentário desta nossa Crónica, a propósito do arranque das obras de construção e posterior venda a custos moderados de mais de 1 200 apartamentos, a par de 30 espaços comerciais e de 500 estacionamentos (outra grande dificuldade sentida na Cidade da Restauração).
     Com efeito, decorrem, desde há dias, as demolições da antiga Litográfica do Sul, amplo espeço adquirido pela Câmara Municipal de Olhão, onde virá a surgir este novo núcleo habitacional, que vai corresponder a inúmeros ensejos do desejado espaço para viver. Ao acto dos primeiros lances de demolição do que foram as grandes instalações de uma das maiores unidades fabris olhanenses e primordial para o fornecimento do «vazio» indispensável vital à importante indústria conserveira, assistiram os drs. António Pina (actual Presidente da Autarquia) e Ricardo Calé (presidente da Fesnima e candidato socialista à futura presidência municipal). Foi em 2021 que o Município adquiriu o local, situado na Avenida Sporting Clube Olhanense, frente à estação ferroviária e paredes meias com o saudoso Parque Desportivo Cristóvão Viegas, onde o Clube Desportivo «Os Olhanenses» exercia a sua dinâmica actividade de basquetebol. Foi então investida pela Autarquia a verba de 3,18 milhões de euros. Após a edificação pelo Município deste «Novo Olhão» serão adjudicados aos interessados os novos espaços em sistema de venda a preços controlados que o são, no que se refere a apartamentos de 135 mil euros (T2) e de 185 mil euros (T3).
    Esta importante obra social para as gentes olhanenses integra-se entre as previstas no PRR (Plano de Renovação e Resiliência) outorgado entre Portugal e a União Europeia.

                                                                  JOÃO LEAL
«LIVROS QUE AO ALGARVE IMPORTAM»

      «AINDA UMA BOA NOTÍCIA HÁ-DE ACONTECER -- BIOGRAFIA DE JOSÉ PEREIRA»
                                                                   JOSÉ CARLOS GOMES
        Mais uma valiosa obra veio enriquecer a escassa bibliografia desportiva, dedicada a um «senhor do ciclismo nacional. Trata-se do livro «Ainda uma boa notícia há-de acontecer», da autoria do jornalista José Carlos Gomes e que teve a sua apresentação na Casa da Cultura de Loulé. Trata-se da biografia do seleccionador nacional de ciclismo, José Poeira, natural de Odemira e que foi destacado ciclista nos anos 80 e 90 do século passado.
      Só aos 23 anos se inscreveu oficialmente na velocipedia, sendo antes «operário nas obras». A apresentação foi confiada a Rogério Teixeira,  que durante muitos anos  presidiu à Associação de Ciclismo do Algarve.

       «TRÊS MILÉNIOS DE POESIA ALGARVIA»
                                                               ARSÉNIO MONTEIRO
       No Pólo Casimiro de Brito da Biblioteca Municipal de Loulé, em Almancil, foi apresentado o sarau cultura, «Três milénios de poesia algarvia», uma antologia dos poetas nascidos em terras do Gharbe, desde a dominação árabe até aos nossos dias. Trata-se de uma colectânea  da autoria e encenada pelo  compositor e músico Arsénio Monteiro, que já havia sido apresentada naquela cidade algarvia Loulé.

          «MULHERES A BORDO»
                                                                 JOÃO MARIANO CALDEIRA GOMES 
       Focando um tema pouco tratado nas letras nacionais foi apresentado em Lagos (Biblioteca Dr. Júlio Dantas) a obra escrita pelo douto investigador Dr. João Mariano Caldeira Gomes intitulado «Mulheres a Bordo». Em edição da «Parsifal» analisa a presença das mulheres na gesta dos Descobrimentos Portugueses.

                                                                                     JOÃO LEAL