sábado, 19 de julho de 2008

OS 120 ANOS DA NOSSA ESCOLA (continuação)




PARA A HISTÓRIA DA NOSSA ESCOLA – (VI)
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A Pedro Nunes

Escola (efectivamnente) Industrial? Desde quando?

Estamos nos finais de 1908. Em 13 de Junho deste ano, a Escola Pedro Nunes celebrou o seu 20° aniversário. E nós lá fomos percorrendo as páginas dos Diários do Governo de todos esses 20 anos, em busca de tudo o que pudesse revestir-se de interesse "Para a História da Escola". Pouco poderemos, hoje, acrescentar ao que referimos em notas anteriores.
Com efeito, não encontrámos, até agora, qualquer elemento que nos pudesse garantir que a Escola, embora oficialmente designada "industrial" desde 1891, tivesse ministrado qualquer outro curso que não o de desenho industrial.
Detenhamo-nos no quadro de pessoal docente fixado em 1897, que já aqui reproduzimos.
Para além de um mestre de Carpintaria e de uma mestra de Lavores Femininos, integravam-no três professores, todos eles da área do Desenho:
- Alfredo Carlos Franco de Castro - Desenho Elementar;
- Adolpho Haussmann - Desenho Ornamental e Modelação;
- José Francisco Marques - Desenho Mecânico.
E este quadro docente permaneceria (tanto quanto nos é possível afirmar) até ao ano de 1908 em que, como dissemos, nos situamos, neste momento de buscas. Houve, obviamente, algu­mas alterações de nomes (falecimentos, transferências), mas não detectámos qualquer nomea­ção de professores para as restantes disciplinas do elenco curricular do curso industrial ­profissional aqui criado em 1897: Língua Portuguesa, Aritmética e Geometria e Princípios de Física e Química.
Escola (efectivamente) industrial? Desde quando? Uma dúvida que subsiste. Daí, a razão do subtítulo deste apontamento.

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A título de curiosidade, deixamos aqui alguns casos de mobilidade de docentes, que conse­guimos respigar:
- Em 1904, António Ezequiel Pereira, que exercia em Ponta Delgada, é nomeado para a vaga deixada pelo falecimento de A{fredo Carlos Franco de Castro (O

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primeiro Director da Esco­la);
- Em 1906, a propósito de uma licença concedida a José Francisco Marques, encontramos uma referência à sua condição de Director (Teria sido o segundo?);
- Em 1907, o mesmo professor é transferido para Setúbal, enquanto Carlos Augusto Lyster Franco (que muitos de nós ainda conheceram em plena actividade docente), aprovado em concurso de provas públicas desde 1905, é nomeado para a vaga por ele deixada.
(Teria Lyster Franco sido o terceiro Director da Escola? Cremos que sim. Procuraremos confirmá-lo.)




Franklin Marques

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