terça-feira, 29 de setembro de 2009

RAFAEL CORREIA - O EREMITA DA RÁDIO

José Carmo Elias Moreno
A propósito do trabalho com o título acima, da autoria da jornalista Fernanda Câncio, publicado no DN gente de Sábado passado e cuja leitura aconselho a todos os Costeletas; dei por mim a fazer uma revisão à minha galeria pessoal dos Meus Tipos Inesquecíveis, desde os meus tempos de caloiro; para tentar encontrar outros Eremitas, meus conhecidos e que sempre admirei, pela sua natural simplicidade e timidez nunca ostentando ou fazendo alarde da sua também natural e superior inteligência.
Só posso dar testemunho da minha experiência pessoal, e essa é a que relembro das interessantes e desinteressadas conversas dos verdes anos, entre mim, recém chegado montanheiro à cidade e fascinado com a amável recepção e simpatia daqueles colegas da cidade. Entre os que me acolheram dessa forma,estavam o Rafael das Neves Correia, o Fernando Marcelino Cartuxo, e o Helder Martins da Cruz, para citar só três. O Cartuxo não estudava. Lia. Dava uma vista de olhos sobre uma qualquer revista técnica da especialidade, e dissertava duas horas seguidas sobre Aviação, Marinha Cinema ou Astronáutica. God Bless You.O Helder Cruz (onde andarás meu amigo?) era do campo como eu, de Marim, mas estava hospedado em Faro, e era um poeta em estado de inquietude permanente. Do Rafael Correia só posso dizer que, poderá ser Eremita da Rádio, mas não lhe chamem bicho do mato, individualista ou tímido, porque isso ele não é. O Rafael era livre. Há lá maior liberdade do que falar abertamente e deixar falar o povo? Isso ele fazia como ninguém. Isso o Povo não vai nunca esquecer, nem perdoar a quem lhe retirou essa liberdade. Gde Abraço para todos.

JEM

Recebido e colocado por Rogério Coelho

1 comentário:

jorge tavares 1950/56 disse...

Meu estimado Elias Moreno,
Excelente iniciativa falar do Rafael Correia. Obviamente que ele estará para sempre ligado ao seu excelente programa LUGAR AO SUL, com que me deliciava aos sábados de manhã.
Nos ùltimos tempos algo se passou com o Rafael, que deixou de reconhecer, falar e abordar os amigos. Todos eles lamentam esta sua inexplicável atitute. Se nos vê num passeio "foge" para o outro. Se o abordamos, continua a andar e não atende.
Amigos comuns, especialmente aqueles com quem ele convivia quasi diáriamente lamentam este comportamento. Algo de passa ou passou. Todavia, em nada altera o sentimento que todos nós sentimos pelo costeleta de enorme qualidade intelectual, que é o Rafael Correia.

Um abraço para ele e para ti E. Moreno
Jorge Tavares
1950/56