terça-feira, 15 de setembro de 2009

TEMA LIVRE - Remédio Insólito

O “PENTELHINHO”



De Alfredo Mingau



O “Moce”, costeleta dos bons, de seu nome... chamemos-lhe “Gualdino”, tinha a residência ali pr’ós lados da Galvana. Era agricultor de profissão, no amanho das suas terras, casado, com cinco filhos, produto de cinco anos de casamento. Acabara de nascer o quinto. Os filhos davam-lhe muita despesa, preocupação e perda de tempo para conseguir dirigir a bom termo os seus trabalhos agrícolas. Tinha que cuidar dos filhos, para ajudar a mulher. Cinco!

Levou bastante tempo a pensar e, por fim, tomou uma decisão. Vestiu o fatinho de ver a Deus e saiu de casa sem dar cavaco à mulher. Dirigiu-se para a cidade.

Naquele tempo havia o consultório de um médico, na rua de Santo António, de seu nome, salvo erro, passe a publicidade, porque, com certeza já não existe, “Formozinho”, especializado em vias “urinárias”.

O médico, no seu gabinete do consultório, disse à empregada que introduzisse o próximo cliente. Com a ficha de inscrição na mão, observou o cliente e disse:

- Faça favor de se sentar senhor Gualdino. Qual é o seu problema?

- Doutor, em cinco anos de casado, tenho cinco filhos e o trabalho não me chega para tanta despesa. Queria que me receitasse qualquer coisa para não engravidar a mulher.

O médico ouviu com atenção e disse:

- Use o preservativo senhor Gualdino, é uma decisão eficaz.

- Qual quê senhor Doutor. Não! Eu se pudesse até tirava a pele.

O médico sorriu e avançou com a solução de, no acto da ejaculação, retirar.

- Retirar?! Eu, se pudesse, introduzia mais...

O médico coçou a cabeça, pensando ter na presença um paciente de difícil solução mas, gostaria de o ajudar e teve a seguinte ideia:

- Senhor Gualdino, experimente fazer o seguinte. Quando estiver no acto da ejaculação, puxe por um “pentelhinho” da sua mulher, com a dor ela torce-se e... fóra!

- Gualdino ouviu, pensou e disse que iria pôr em prática essa solução.

- Depois diga-me alguma coisa.

E despediu-se do cliente.

O tempo foi correndo o seu ritmo normal. Passaram-se dois meses. O médico já não se lembrava daquele cliente e do seu problema. Ao pegar na ficha para mandar entrar o próximo, recordou aquela situação insólita.

- Olá senhor Gualdino, sente-se. Então a solução deu resultado?

- Foi a melhor solução que o doutor me podia receitar. Tenho-me sentido mais descansado e sem os problemas que me afectavam.

- Óptimo senhor Gualdino, então continue com o “tratamento”

- Não posso doutor e, é por isso que estou aqui.

- E qual é o problema?

- O problema, senhor Doutor, é que esta noite arranquei o último “pentelhinho “ da mulher...!

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A história acaba aqui, não iremos continuar a devassar o problema conjugal e a privacidade do senhor Gualdino. Mas uma ilação se poderá tirar desta insólita e anedótica história; os Costeletas que queiram fazer um planeamento familiar, poderão pôr em prática esta solução.

Inté

10 comentários:

Anónimo disse...

ALFREDO,

Gostava de ter a tua aprovação, para dedicar o teu texto ao Dr. Emílio Campos Coroa, médico costeleta de Higiene, porque foi o primeiro professor a falar-nos destas coisas e um homem que nos falou sempre com grande clareza nesses asuntos.

O teu texto é uma aula autêntica. Muito bem.

ab.
JBS

Anónimo disse...

Meu caro João de Sousa
Se a minha escrita, que considero insignificante, possa ser considerada como aproveitável, não pago nem recebo direitos de autor, não me oponho à sua transcrição, se alguém achar que é uma mais valia. Será uma honra e grande satisfação.
Um abraço
Alfredo

Anónimo disse...

Meu caro,

Muito obrigado pela tua não oposição, a que pela via do teu texto, este espaço costeleta recorde com saudade um dos seus grandes professores, o DR. EMÍLIO CAMPOS COROA, Médico de Higiene Escolar.

Ab.
JBS

jorge tavares 1950/56 disse...

Meditei um pouco sobre este texto, antes de tomar a resolução de fazer um comentário.
Apesar de algum mau gosto pela escolha do tema ficcionado( sem puritanismo), pergunto ao Mingau:
- Se a receita do médico sugerisse ao Gualdino que fosse a mulher a puchar-lhe os ditos, será que ele aplicaria o tratamento ? E ao Mingau ocorreria esta ficção, sofrendo a dor do "remédio"?

Jorge Tavares
1950/56

Anónimo disse...

Meu caro Jorge
Cada um é livre de criticar a seu belo prazer, mas sem ofender, o que não é o caso.
A história foi descrita assim, e não vou alterar, nem devo, aquilo que escrevi. Com toda a certeza que concordas.
Nas últimas linhas escrevi que não iria devassar a intimidade do casal. Não iria descrever a forma como o Gualdino teria contado à mulher, a aceitação por esta do facto e, subsequentemente,como decorria na cama o respectivo coito.
E aí sim, deixaríamos o erotismo para entrar em pornografia pura.
Antes de enviar este texto, contactei por maile com o Administrador João Brito de Sousa, perguntando,e explicando o conteúdo, se poderia enviar para publicação. Aresposta foi afirmativa. O comentário do Brito de Sousa está implicito no 1º comentário.
Jorge, não é minha intenção provocar mal estar entre os Bloguistas.Apenas fiz um arranjo duma anedota muito antiga.
Quanto à consulta ser por ela, não ficaria bem a nenhum médico indicar aquela solução a uma senhora. A história seria mal contada, sem nexo.
Não concordas?
Alfredo Mingau.

Anónimo disse...

MEUS CAROS

Façamos deste espaço um local de opinião pessoal responsável.

O ideal seria sabermos discutir os assuntos, que me parece ... não estarmos preparados para isso.

Um costeleta ofender outro costeleta... jamais.

Assummamos cada um de nós a nossa postura.

È verdade que o Alfredo me falou no assunto do título e algo mais. Mas tenho o Alfredo por pessoa responsável.

No meu cmentário não me escandalizei.

Admito perfeitamente que haja votos contra.

Mas um administrador foi ouvido...

UNIDADE.

JBS

Anónimo disse...

Meu caro João
Obrigado pela tua escrita em minha defesa.
Não é, nem nunca foi, meu intuito em provocar discordia. Tenho escrito algo engraçado e procurei, com este texto, dar mais uma achega de graça. Parece que não atingi esse objectivo o que me leva a pensar que, o que já tenho escrito, não mereça publicação.
Um grande abraço
Alfredo Mingau

Anónimo disse...

MEU CARO ALFREDO,

AQUI NESTE ESPAÇO NÃO VÃO EXISTIR COSTELETAS MAIORES NEM COSTELETAS MENORES.

E TEMOS DE PARTIR DO PRNCÍPIO QUE TOODS SOMOS RESONSÁVEIS.

SOBRETUDO, O QUE SERIA INTERESSANTE ERA QUE SE DISCUTISSEM CÍVICA E EDUCADAMENTE OS ASSUNTOS.

E NÃO ESQUECER QUE O Dr. LUCAS PIRES DISSE QUE O NÃO TAMBÉM É DEMOCRÁTICO.

O JORGE TAVARES DIZ QUE PENSOU BEM ANTES DE COMENTAR. FOI PRUDENTE MAS FEZ O COMENTÁRIO.

QUE TERÁ TODA A PROPRIEDADE. Resultou que uns concordaram outros nem tanto. Mas ISTO É A LEI DA VIDA.

SABEMOS QUE SOMOS COSTELETAS E TEMOS DE FICAR A SABER QUE NÃO ESTAMOS AQUI PARA NOS OFENDERMOS MAS SIM PARA TROCAR IDEIAS.

SUDAÇÕES COSTELETAS.

João BRITO SOUSA

jorge tavares 1950/56 disse...

Bom dia estimados costeletas,

Jamais pensei que o meu comentário pudesse ser ofensivo. Se o (a) Minguau teve esse sentimento, desde já o meu pedido de desculpa.
Da mesma forma que manifesto o meu agrado pelas leituras que me satisfazem, me abstenho naquelas que considero menos interessantes, entendi manifestar o meu desagrado pelo tema escolhido.
Obviamente que o (a) Mingau não deverá extremar esta questão, envolvendo todos os seus textos, alguns do quais considerei bastante interessantes.
ERRATA: no meu comentário aonde se lê " puchar-lhe ..." deverá ler-se "puxar-lhe..."

Jorge Tavares
1950/56

Anónimo disse...

Meus caros Bloguistas Costeletas
Aqui está a minha presença para me pnitenciar do sucedido.
Fui eu que coloquei o texto de Mingau, não sabendo que havia um acpordo estabelecido com o João. Como li o texto e não achei que o mesmo continha aspectos para não publicar e, porque achei-o de certa forma engraçado, coloquei.
As minhas desculpas João, mas devias ter-me avisado com antecedência. Desculpa Jorge, não acho o texto inserido nos "maus costumes" nem obsceno.
Rogério Coelho