segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CANTINHO DOS MARAFADOS

SOCORRO – QUEM NOS ACODE?

Pobre país


Ao ler a revista Domingo, do jornal Correio da Manhã, deparei-me, na secção “Frases da Semana”, com esta “pérola”!
- “Estes colunistas de m*, tão jovens, submissos, obsoletos, em vez de pensarem: ‘que sorte ter um homem com esta capacidade de rebeldia’ , estão assustados porque José (Saramago) tocou num livro sagrado”
Pilar del Rio, mulher do escritor (Revista Pública/Jornal Público)

- Eu pergunto: Mas o que é isto? Onde estamos? Para onde vamos?
Primeiro o José (assim a senhora lhe chama) num ataque de senilidade (ou talvez não), propõe e advoga, que Portugal se transforme numa província de Espanha. Depois escreve o livreco que se conhece e tem acesso, à comunicação social, da sua proposta província espanhola, para com uma publicidade agressiva, qual vendedor da banha da cobra, vender o seu produto.
Agora surge a ex- freira (ou freira arrependida) insultando os jornalistas, apelidados de colunistas, com um despudor inaudito.
Eu gostaria de saber como a comunicação social espanhola iria reagir se alguma mulher portuguesa, os insultasse de forma tão desbragada. Ia ser o bom e o bonito!
Mas nós somos assim, coitadinhos, brandos costumes, comemos e calamos.
Como se não nos bastassem os ingleses e os danos causados em todos os aspectos: imagem, economia (comprovadamente causa objectiva de desemprego) com a história triste, da infeliz menina da Praia da Luz.
Neste triste episódio, só fornecemos o palco. Os actores, a peça, directores, contra-regra,
todos eram ingleses, só o bobo da corte era português e está a pagar bem caro a ousadia.
Um abraço
António Viegas Palmeiro

5 comentários:

Anónimo disse...

Ao PALMEIRO

Viva.

Efectivamente o povo português não possui grande capacidade de revolta. Encaixa.

Um exemplo pode ser a questão do Ultimato inglês.

Outro, poderá ser a atitude de Mouzinho, quando começou a correr pela cidade que andava metido com a Rainha.

Fomos grandes no mundo, levamos longe a cultura, mas, por questões internas, ficamos parados.

Se o Joaquim Agostinho fosse francês ganhava cinco ou seis voltas à França.

Mas o raio das vacas não deixaram.

Mas somos dos melhores, sans doute.

João Brito Sousa

MAURICIO DOMINGUES disse...

Caro Senhor António Palmeiro

Os meus cumprimentos e um abraço
de parabéns pelo seu grito de
alerta.
Em 11 de Novembro fiz o único
comentário a uma carta enviada do
Canadá, escrita pela Senhora D.
Fernanda Leitão, em que esta
Senhora lamentou o comportamento
do homenzinho da Golegã relativa-
mente aos seus escritos sobre Deus
e a Bíblia. Lamento o pouco
interesse que estes assuntos
tenham despertado aos
nossos leitores.
O caquéctico ancião deve-se ter
inspirado nos " Versos Satânicos",
que rendeu milhões ao seu autor, e,
pouco tempo depois , desatou a
escrever num parecido tom, a come-
çar pelo Memorial do Convento.
O nosso homem comunista confesso, que o seja, devia também
respeitar os pensamentos de
Álvaro Cunhal que não regeitava a
ideia de que qualquer comunista
também podia ser católico, embora
à sua maneira .
É de facto uma vergonha o que se
passa neste País, com tradições
milenárias de catolicismo, em que
" um iluminado" enxovalhe as pessoas nos seus sentimentos mais
nobres.
Poucas são as pessoas que reagem
ou critiquem o comportamento do
cavalheiro que vai engrossando o
seu pé de meia à custa do enxovalho.

Parabéns caro Palmeiro pelo seu
artigo "SOCORRO-QUEM NOS ACODE".
SERÁ QUE MAIS ALGUÉM OUVE O
APELO DO AMIGO PALMEIRO ?

Um Abraço apertado do
MAURÍCIO S. DOMINGUES

Anónimo disse...

Caro Mauricio eu noutro blog comentei o assunto nestes termos "Gostava de ver o nosso Nobel escrever o mesmo sobre o Corao. E dai, talvez nao uma vez que isso requeriria um pelotao de guarda costas para evitar que caisse sobre ele a vinganca dos guerreiros do profeta .....e isso teria que sair de certeza dos nossos impostos".
So' nao comentei aqui uma vez que estou respeitando o "tabu" de nao se tocar na politica ou religiao.
Diogo

jctavares@jcarmotavares.pt disse...

Boas Tardes Costeletas,

Com tantos pedidos de socorro, não ficaria bem com a minha consciência se não socorresse quem precisa de ajuda.
Meu caro A. Palmeiro:
O nosso País deve ter segundo estimativas, cerca de l5 milhões de nativos, uns vivendo em Portugal e muitos outros espalhados pelo Mundo. José Saramago faz parte deste ùltimo grupo. Vive em Lanzarote.
Que me pode incomodar a opinião de um português sobre matéria tão dogmática, quando somos milhões de outros, que podemos ler, ouvir ou pura e simplesmente ignorar.
Se entendermos participar opinativamente nos seus escritos ou dizeres, então devemos fazê-lo com respeito.
A nossa linguagem falada ou escrita, colocar-nos-à no patamar do contraditório correcto ou na incorrecção tão vulgar nas nossas críticas.
Não gosto dos escritos de José Saramago, e nem sempre estarei de acordo com as suas posições, mas tenho o máximo respeito pelo homem que colocou Portugal nos lugares cimeiros do ranking mundial da literatura.
Apelidar todos os portugueses de coitadinhos e(...), meu caro A. Palmeiro, não me revejo nesse "diminuitivo", e pela experiência adquirida ao longo da minha vida, reconheço com agrado, que somos um País de enormes valores individuais e colectivos, em variadíssimas areas, de que nos devemos orgulhar.
Se a minha resposta aos v/ pedidos de socorro não é a espectável, lamento mas foi o que se pode "arranjar".
Um abraço
jorge tavares
1950/56

MAURÍCIO DOMINGUES disse...

Caro Diogo.

Por concordar com os textos apresentados pelo senhor
António Palmeiro, na parte que diz
respeito à crítica feita por JOsé
Saramago à Religião e Bíblia, fiz um primeiro comentário em 11 de
Novembro e, posteriormente, um
outro no dia 22 de Novembro.
A Política e Religião merecem-me
todo o respeito, o mesmo não acontecendo com alguns políticos,
sacerdotes ou outros religiosos.
Há bons e maus políticos assim
como há bons e maus padres ou
religiosos.
A Política, como ciência de gover-nar e dirigir os povos deve ser
respeitada por todos, o mesmo não
poderá acontecer com os políticos
que estão sujeitos a serem criticados conforme praticam a
política.
A Religião , as coisas sagradas,
a fé e os preceitos religiosos
devem ser respeitados. O procedimento deve ser igual para
padres, bispos ou religiosos.
Assim, acho que políticos e reli-
giosos devem sem comentados,criti-
cados e os seus actos, bons ou maus,serem dados a conhecer publi-
camente.
Este procedimento não fere a Política nem a Religião, pelo
contrário, reforça-as.

Um abraço para todos do MAURÍCIO