quinta-feira, 19 de novembro de 2009

FALAR E ESCREVER EM BOM PORTUGUÊS


Falar e Escrever em bom Português!


A língua portuguesa é rica, muito embora essa riqueza lhe confira um enorme grau de complexidade.
Todos os que a utilizam para comunicar, por via oral ou escrita, têm o dever de fazer essa sua transmissão duma forma correcta. Esta obrigação obviamente estará sempre na razão directa do grau académico e conhecimentos adquiridos ao longo da sua vida e associados também à actividade profissional que desempenhar.
Não ficarão isentos deste dever, aqueles que, embora não se enquadrando nos citados anteriormente, tenham alguma preocupação em falar ou escrever bem, bastando que utilizem o seu vocabulário, e não recorram a termos ou expressões que desconheçam ou não dominem.
Vem esta introdução a propósito dum comentário que entendi fazer, em resposta a um outro, no qual se escrevia em determinada parte do texto " ... afinal esqueceu-me dizer-lhe que ....", sugerindo ao autor que escrevesse: " ...afinal esqueci-me dizer-lhe que....". Contrapôs o primeiro comentarista da seguinte forma ( e cito ):
" A palavra esquecer admite três regências:
Esqueci
Esqueci-me
Esqueceu-me
Nas duas primeiras o objecto é directo ou indirecto. Passa a sujeito na terceira.
"afinal esqueceu-me", significa que apagou-se da memória".

Em face desta resposta e porque também gosto de aprender e de me esclarecer, entendi pesquisar o assunto. Para esse fim, utilizei o site "CIBER DÚVIDAS DA LÍNGUA PORTUGUESA", e através duma consulta efectuada por um terceiro, sobre o mesmo tema, li a seguinte resposta, personalizada e dada por um profissional na matéria:

"De acordo com a gramática tradicional, o verbo esquecer-se não é impessoal. No entanto, é muito frequente ouvi-lo conjugado como se tal fosse. É nesse sentido que surgem as expressões do tipo "esqueceu-me" ou " esqueceu-te" ou até mesmo "esqueceu-nos". Do mesmo modo, o verbo "lembrar" apresenta muitas vezes essa característica: "lembra-me que...", etc. Trata-se de uma simplicação gramatical perfeitamente compreensível dentro da língua. No entanto, como referi, não é sancionada pela gramática tradicional.
Maria Celeste Ramilo ::25/06/2003

Reputo este tema de interesse para todos os costeletas ávidos de conhecimento, pelo que gostaria de receber comentários e, quiçá outras questões que envolvam a nossa língua.
Talvez seja o início da Universidade dos Costeletas (2ª. e 3ª. idade )...façamos a experiência!

Jorge Tavares
costeleta 1950/56

2 comentários:

Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira disse...

Meu caro Jorge Tavares
Porque o meu amigo diz que foi à Internet para saber se a palavra "esqueceu-me" estava correcta com a minha resposta, também senti curiosidade de o fazer.
Assim:
Escrevi a seguinte pergunta:
a frase "afinal esqueceu-me dizer-lhe" está correcta?
A resposta que recebi foi a seguinte:

Com todas as palavras = a frase está correcta
com a frase exacta = afinal esqueceu-me dizer-lhe.
A minha pergunta foi feita no Google, clikando depois em "pesquisa avançada". Poderá verificar meu caro Jorge.
Moderador

Anónimo disse...

BOM TEXTO Ó JORGE.

Um bom dia costeleta.

O teu texto, meu caro Jorge, é, em minha opinião, uma homenagem aos nossos professores primários, porque foram eles que nos ensinaram a escrever com regras.

Eu, que fui um deles, muito do que ensinei foi o que aprendi coma D. HELENA.

Dividir orações, provérbios, nomes, substantivos e por aí fora, aprendi muito pouco, depois de sair da primária.

No LICEU sm, ensinava-se isso.

Quanto ao teu desafio a favorecer a investigação é um bom incentivo, porque a língua portuguesa é exigente e convém tratá-la bem.

Repito, bom texto.

Ab.
João Brito Sousa