sábado, 16 de janeiro de 2010

DO CORREIO

Alberto Marques da Silva



HOMENAGEM AO SENHOR “ MARMELADA “


Minha irmã me falou que tinha um Livro homenageando o Dr. Silva Nobre, escrito e autografado por Alberto Marques da Silva , um poeta que morou numa das Ruas perto da Estrada de Olhão , ( antigo posto da policia de Viação e Transito ) R. Teixeira Guedes antes de chegar á Rua Ataíde de Oliveira , era casado com uma Senhora que tinha sido professora .
Sabia que nessa esquina numa casa Amarela morava o Sr. Ferreira e família que veio de Paderne, assíduo freqüentador do S. Luis Parque e pai de colegas como o Gilberto , o Lelo a Eva Maria Pontes Ferreira também Costeleta , enquanto o Poeta morava numa casa em que tinha de subir 2 degraus ?

O nome de Silva Marques era meu conhecido talvez ligado a uma agência de transportes de carga existente na Av. do Hotel Eva , no entanto fiz uma pesquisa na net , na Defesa de Faro encontrei a Resposta : e acreditem encontrei precisamente uma das Figuras da cidade da nossa época o Sr. Marmelada !
Alcunha Proveniente da sua expressão jocosa sobre alguns filmes e mesmo de namoros na Bancada denominada de geral no cinema !

O marmelada foi uma figura inesquecível e que prestigiou nossa cidade , mesmo não tendo nascido em Faro, era, no entanto, considerado cidadão farense por afinidade e adopção,

Nasceu a 9 de Julho de 1898, em Chaves e faleceu em Lisboa a 9 de Outubro de 1977, embora tenha sido sepultado em Faro e ter deixado viúva, D. Adelina Fonseca, professora primária. Aliás, D. Adelina Fonseca, foi professora da esposa do signatário deste texto, na escola então existente no Beco do Xixo.
Alberto Marques da Silva, que os farenses tratavam carinhosamente por “Marmelada”, veio ainda em criança para Faro, pois o seu pai tinha sido nomeado director de finanças da nossa cidade.
Estudou no liceu de Faro e fez vida militar. Mais tarde, desempenhou funções como empresário na Companhia do Cine-Teatro Farense, de onde se reformou ainda em funções.
Como poeta publicou alguns títulos:

«Flores Sem Aroma»;
«Varanda dos Meus Sonhos»;
«Meu Coração Vai Falar»;
«Rosas do Meu Jardim»;
«Janela Azul»;
e «Versos de Amor e Saudade».


Também na Net pesquisando o Cine teatro farense encontrei de sua autoria esta quadra de inspiração premonitória:

O cravo flor tão singela
É minha flor preferida
Ponham-me um na lapela
Quando eu for p´rá outra vida




Saudações Costeletas
António Encarnação

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro António.

Viva.

Gosto de ler as tuas crónicas porque nas tuas veias corre, nota-se bem, sangue costeleta.

Na minha leitura, a tua maneira de ser encaixa perfeitamente naquele naipe de pessoas a quem não podemos apelidar de outra coisa que não seja de AMIGOS.

Meu Caro António, olho para ti e vejo sinceridade no teu rosto e alegria no teu coração.

Quero agradecer-te publicamente o facto de me teres telefonado do Brasil, para me entregares o teu voto de BOM ANO de 2010.

E em homenagem à tua terra, neste moomento, vem-me à memória os ciclistas CARREGA e o VERGÍLIO NUNES, o Ervilha que tu conheces-te bem. Não sei porquê, mas ocorreu-me tal agora.

António, vieste com o MARMELADA.

Lembro-me bem dele, com uma flor na lapela, vestido a rigor, foi descomplexadamente uma figura da cidade.

Uma boa evocação e um belo texto.Parabens.

Deixo-te um abraço com consideração.

João Brito Sousa

MAURÍCIO S. DOMINGUES disse...

OLÁ AMIGO.
QUEM É QUE DESSA ÉPOCA
NÃO SE RECORDA DO "MARMELADA "
ESSA FIGURA JANOTA QUE DESCIA
À CIDADE PELA RUA DE SANTO ANTÓ-
NIO EM DIRECÇAO AO CAFÉ ALIANÇA,
CRAVO NA LAPELA E SEMPRE DE
BENGALA OU GUARDA-CHUVA, TODO
APRUMADO, ALTIVO, E QUÁSI QUE
A LEMBRAR UM "GENTLE-MAN" DA
VÉLHA ALBION.
FOI MILITAR,2º SARGENTO,SE
MEMÓRIA NÃO ME ATRAIÇOA.
CONTAVA-SE NA ALTURA QUE O POE-
TA CÂNDIDO GUERREIRO NÃO GOSTOU
DA MANEIRA COMO UMA VEZ O "MAR-
MELADA" SE DIRIGIU A ELE,TRA-
TANDO-O POR "COLEGA".
CÂNDIDO GUERREIRO, NÃO GOSTAN-
DO DA "GRAÇA" TERÁ DITO:
-"COLEGA", NÃO !!NEM EU FUI
SARGENTO, NEM A MINHA MULHER É
PROFESSORA "!
COISAS QUE SE OUVIAM E FICARAM
RETIDAS NA MEMÓRIA.

UM ABRAÇO DO MAURÍCIO