segunda-feira, 8 de março de 2010

DO CORREIO

Prezados Costeletas

Aqui vão uns versos e um texto para quem gostar. Anexei também um cartaz e convite que vos foi enviado pelo Elos Clube de Faro. Espero que apareçam alguns.
Beijos

Maria José Fraqueza
(Cartaz já publicado)

Poemas de Maria José Fraqueza

MULHER LUTADORA

Mulher lutadora em terra algarvia
Venho louvar-te porque bem mereces
Trazes no coração a regalia,
A quem dedico meus poemas/preces

Nessa nobre missão, no seu dia-a-dia
És mulher sensível que nunca esqueces
Dotada de saber, grande mestria
O nosso coração de amor aqueces!

Mostrando com rigor e competência
Deus te dotou com inteligência
No conceito em que traço a Mulher Ideal

Que o teu futuro seja mais risonho,
Para elevar meu Algarve de Sonho
Bandeira de Paz neste Portugal!

MULHERES ALGARVIAS

Mulher do Algarve, na alma um tesouro
Que tens na poesia, o doce mar
Na tua história um nobre pelouro
De heroína que sabe o que é lutar!

Que traz em suas veias sangue mouro
A branca espuma, seu véu de noivar..
De cabelos dourados, a raios de ouro
Que o sol brilhante fez iluminar!

Sua pele morena o astro bronzeia
Corpo esbelto de musa ou de sereia
Em ondas de ternura geram saudade

Mulheres algarvias tão queridas
Louvarei neste poema vossas vidas
Na profissão, no lar … Mães de Verdade!

MULHERES DO MEU ALGARVE

Quem foi essa mulher que em tempos idos
Quem os filhos levava a trabalhar?
Quem cuidava os seus entes queridos?
Quem ganhava o seu pão fora do lar?

Quantos caminhos foram percorridos?
Quem andava horas e horas sem parar?
Quantos os momentos mal vividos?
Quantas dores e mal que suportar?

Quanto tempo gasto em cada lida?
Quanta dor nas horas da partida?
Nas ceifas e na monda, nas salinas?

Foram essas mulheres algarvias
No labor, sol a sol, todos os dias
Fizeram a Mulher, sendo Meninas!

NÃO QUERIA SER POETA

Não queria ser poeta e a poesia nasceu
Nasceu e cresceu aumentou seu caudal
Penso que foi um dom que Deus me deu
Que torna feliz o mais simples mortal

Não queria ser poeta, jamais queria ser
São gotas da alma, são pingos de dor
Extraem da nossa alma todo o sofrer
São feitos de trevas, são luzes de amor

Não queria ser poeta de maresias
De mares gelados, mares agrestes
De sentir o sabor das invernias
De orientações em rotas celestes!

Não queria ser poeta de rota incerta
Do tempo e do espaço por navegar
Porém a vida sempre me desperta
Numa rota distante de além mar!

Mas o mar quis dizer-me mansamente
Olha além o horizonte visual
Tu és filha do mar eternamente
Serás como o teu mar universal!

Não quis ser poeta, mas tive de ser
Expandindo de mim o meu sentir.
A poesia alegrou o meu viver
No tempo que a correr vejo partir!

Nas páginas de amor, de magia e sonho
Da vida presente, o tempo na corrida
Queria ser poeta num mundo risonho
Colhendo pétalas de alma florida!


Maria José Fraqueza

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá, colega Maria José
A sua poesia e o encanto que ela nos transmite estava fazendo falta.
Quero pedir-lhe um favor, tenho a certeza que vai aceder ao meu pedido!
Não esteja tanto tempo sem nos brindar com seu talento. Por favor dê-nos mais poesia.
No mundo cão em que vivemos, os seu versos são o lenitivo que nos alimenta a vontade de continuar a lutar.
Com a amizade de sempre e um abraço costeleta,
António Palmeiro