domingo, 27 de junho de 2010

DO CORREIO ELECTRÓNICO

O SISTEMA FINANCEIRO NA CE

Os mercados financeiros, nesta fase crítica da economia mundial, não poderão ficar fora do controle das autoridades competentes para o efeito, necessitando de regras rígidas que possuam força suficiente para controlar o resultado dos valores avultados que se transaccionam diariamente.
A regulação dos mercados financeiros tem que ser mais fiável e é por isso que a Comissão Europeia está a ultimar um pacote de medidas, criando novas estruturas de supervisão e controle, no sentido de transmitir mais transparência ao sector, porque entende que a aplicação destas medidas, pode contribuir mais aceleradamente para se sair da crise financeira, que está aí instalada.
No pacote das medidas a tomar, contam-se o reforço das regras decapitalização das instituições financeiras e a forma de actuação dos mecanismos de supervisão, adicionados de um conjunto de medidas que procurem domesticar as remunerações dos quadros de gestão, com o objectivo, de, nesta fase, pelo menos, tentar diminuir um dos aspectos mais aliciantes do negócio, que é o risco.
Este comportamento de regulação é dirigido a todas as entidades financeiras, quer na Europa quer no resto do Mundo, já que a crise é global. Todavia o problema das off-shores foram canalizados para o G20, para ser tratado numa reunião em Abril do próximo ano.
Estão previstas sanções drásticas para as instituições que não cumpram as normas emanadas das instituições de supervisão ou se recusem a colaborar com estas instituições.
Estranha-se o facto de internacionalmente a actuação das instituições de supervisão não serem unanimemente aceites.
Cada vez estou mais convencido que as crises interessam ao poderio do capital, porquanto assim, será ele a ditar as regras do jogo, melhor dizendo, as leis do mercado. Há organizações empresarias com um bom fundo moral, que são solidárias e pretendem contribuir para o bem estar social, que, em última análise é ou deveria ser o destino de uma boa parte das mais valias geradas pela máquina produtiva,
O que se passa no tecido empresarial português é, quase diariamente, a declaração do estado de falência das ditas empresas.
Erasmo de Roterdão já explicou todos estes fenómenos há 500 anos, ingloriamente. O desassossego continua.


Ab.
JB

2 comentários:

jctavares@jcarmotavares.pt disse...

Meu caro João,

Tema muito complicado, e que confunde qualquer cidadão, mesmo os melhores preparados.
O mundo está cheio de excelentes economistas, embora com opiniões muito diversas, e por vezes diametralmente opostas.
Costumo fazer as minhas análises duma forma muito primária...a economia da minha casa, sem esquecer a do meu merceeiro ( sr. Augusto) que tinha uma lata com uma ranhura em cima de cada tolda (arroz, açucar,etc). Vendia e colocava o dinheiro na lata. Quando a tolda estava vazia, voltava a encomendar a mercadoria que precisava,pagando com o dinheiro que retirava da lata. Posteriormente e sorrindo, ao excedente chamava LUCRO.
Tambem me recordo a estória do carvoeiro de Moscavide. Vendeu muito carvão, ganhou dinheiro e mandou o filho licenciar-se em economia e finanças. Quando este acabou o curso, colocou-o à frente dos seus estabelecimentos. Este montou contabilidade financeira/analítica, e passado pouco tempo estava a solicitar empréstimos ao pai.
Este com algum sentido de humor disse-lhe: Então tu que instalaste
uma organização de DEVE/HAVER...e agora que devia haver...não há?

Coisas da vida!
jorge tavares
costeleta 1950/56

Anónimo disse...

Meu caro Jorge.

Viva.
Gostei da tua resposta. Mas sei que tu sabes mais do que dizes aí.

Ab.
JBS