Morreu José Saramago.
Figura maior da nossa literatura, e um dos portugueses que para sempre ficará na História, para honrar o nome de Portugal.
Nunca partilhei os seus ideais políticos, mas sou um admirador da sua escrita, e senti uma grande emoção e imenso orgulho, quando o vi flectir a sua coluna vertebral, ao receber o Prémio Nobel da Literatura, num gesto, que talvez,nem antes nem em toda a sua vida tenha repetido.
Saramago foi o "produto do meio em que foi criado", como diria o nosso poeta popular António Aleixo. A sua vida e a sua Obra refletem isso mesmo.
Tenho muita pena que Saramago não tenha podido ser feliz, na plenitude e no final da sua vida.
Quem, em pleno uso das suas faculdades mentais escolhe, ou é obrigado a exilar-se de sua Pátria, em plena Liberdade, não deve sentir-se feliz.
Mas o Homem deve poder usar da sua liberdade, até mesmo para exilar-se
Modesto de nascimento, estudante trabalhador (serralheiro) , cedo começando a suportar os cheiros das tipografias e o silêncio das bibliotecas, se foi construindo e, de etapa em etapa trilhou o seu caminho, nem sempre isento de escolhos.
Saramago podia ter sido um Costeleta.
Descanse em Paz.
J.Elias Moreno
18.Junho.2010
Figura maior da nossa literatura, e um dos portugueses que para sempre ficará na História, para honrar o nome de Portugal.
Nunca partilhei os seus ideais políticos, mas sou um admirador da sua escrita, e senti uma grande emoção e imenso orgulho, quando o vi flectir a sua coluna vertebral, ao receber o Prémio Nobel da Literatura, num gesto, que talvez,nem antes nem em toda a sua vida tenha repetido.
Saramago foi o "produto do meio em que foi criado", como diria o nosso poeta popular António Aleixo. A sua vida e a sua Obra refletem isso mesmo.
Tenho muita pena que Saramago não tenha podido ser feliz, na plenitude e no final da sua vida.
Quem, em pleno uso das suas faculdades mentais escolhe, ou é obrigado a exilar-se de sua Pátria, em plena Liberdade, não deve sentir-se feliz.
Mas o Homem deve poder usar da sua liberdade, até mesmo para exilar-se
Modesto de nascimento, estudante trabalhador (serralheiro) , cedo começando a suportar os cheiros das tipografias e o silêncio das bibliotecas, se foi construindo e, de etapa em etapa trilhou o seu caminho, nem sempre isento de escolhos.
Saramago podia ter sido um Costeleta.
Descanse em Paz.
J.Elias Moreno
18.Junho.2010
4 comentários:
Meu caro Elias
Todos ficamos chocados quando alguém parte.
Mas devo dizer que não aprecio a literatura de Saramago.Tentei ler o seu livro "A Jangada de Pedra", não apreciei, desisti.Entendo que foi e é considerado um marco da literatura portuguesa... mas...
Que descanse em paz
Rogério Coelho
CARO ELIAS MORENO
EMBORA RECONHEÇA QUE SARAMAGO
TENHA SIDO UM BOM ESCRITOR,À SUA
MANEIRA, PARA CONSUMO DE MUITOS
QUE PROFESSAM O SEU IDEALISMO,
NÃO ME PARECE QUE TENHA SIDO OBRI-
GADO A EXILAR-SE EM ESPANHA.
ESCOLHEU VIVER EM ESPANHA,PAÍS
QUE ELE CONSIDERAVA SEU POR TER
CASADO COM UMA ESPANHOLA, E AINDA
RENEGANDO O SOLO PÁTRIO QUE O VIU
NASCER. É DO CONHECIMENTO DE
TODOS O DESEJO QUE MANIFESTOU DE
QUE PORTUGAL SE TORNASSE UMA
PROVÍNCIA ESPANHOLA !!
MOLESTOU GRANDEMENTE O SENTI-
MENTO E PATRIMÓNIO RELIGIOSO DO
POVO PORTUGUÊS COM O SEUS ESCRITOS
ESQUECENDO AS RAÍZES DONDE VEIO.
FICO-ME POR AQUI .
UM ABRAÇO DO MAURICIO
Aos manos ELIAS e ROGER.
Viva.
... e o sol com tanta vontade de nascer e tão pouca de se esconder; afinal, como os homens.
José Saramago em Levantados do Chão.
O texto do mano Elias e o comentário do mano Roger, são de todo respeitáveis.
Mas eu estou com Saramago nalgumas coisas.
ab.
JBS
Caro colega!
Sentir-me-ia muito incomodado se o homem que foi chamado a estar presente no Juizo Final, tivesse sido Costeleta, acho que nós não merecíamos tal companhia.
Da sua valia como escritor não quero comentar, eu não gosto do que escreveu, mas admito que haja quem gosto. Gostos não se discutem.
Já sobre a sua estatuta humana, deixou muito a desejar, citarei só a título de exemplo o seu comportamento como director de um jornal cujo nome não vou citar e em que retirou o pão da boca a várias familias, numa vergonhosa "caça às bruxas"
Mas neste país, meu caro amigo, lava-se a imagem com a mesma facilidade com que se lava dinheiro.
Nada mais vou acrescentar, não acho necessário, quem renega a Pátria nem depois de morto a ela devia voltar.
Um abraço
António Palmeiro
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