quarta-feira, 1 de junho de 2011



À CONVERSA COM JORGE TAVARES

Por João Brito Sousa

“O Jorge Tavares foi um excelente aluno e é sobretudo um homem justo”
Honorato VIEGAS

O Jorge Tavares é uma referência da escola. Não sei se estudava muito mas era um aluno ao nível dos melhores. Tenho uma boa relação com ele, mas não é fácil e já estivemos de candeias às avessas, mas hoje procuramo-nos e pedimos opiniões um ao outro.
Encontrei-o em Vilamoura e conversa puxa conversa… e deu nisto.
Perguntei: O mar, é importante para ti Jorge?
Respondeu: Muito importante, aliás toda a rapaziada de Faro criou uma relação muito íntima com o mar desde muito cedo. A doca é a continuação da cidade, depois vem a Ria Formosa que obteve o prémio da 7ª maravilha do mundo, depois vem a praia de Faro e outros locais da cidade, com água, onde nós tomávamos banho. Quer como português quer como farense, o mar ajudou a formar o meu carácter, porque desde muito cedo me fez ver que a nossa relação de força era desigual Não vale a pena desafiar o mar porque perdemos. E é nesta tomada de consciência que nos vamos preparando para a vida, aprendendo com os mais velhos e mais experientes, moldando a nossa maneira de ser, tentando adaptá-la à realidade. Recordo com saudade as longas caminhadas à beira mar.
A Escola e um professor, perguntei.
E ele : - A Escola foi o local onde me preparei para a vida, quer dizer, foi lá que colhi os ensinamentos que me foram úteis pela vida fora e ainda hoje são, porque sou um profissional na mesma área de sempre. E as bases aprendi-as na Escola. A Escola, foi para mim e creio que para todos, um local de aprendizagem e formação fundamentais, a tal ponto, que muito do que hoje sou, foi construído aí. E foi aí que ganhou alicerces a palavra amizade. As minha grandes amizades trouxe-as da Escola. Professores todos mas queres um, aí vai, sem menosprezo pelos outros todos, cito com muito orgulho em ter sido seu aluno, o nome de José Sousa Uva
Um bom colega e amigo, perguntei.
E o Jorge Tavares, muitos, Alberto Rocha, Vitélio, Brazinho, Zé Emiliano, Elias e mais trezentos ou quatrocentos não podendo deixar de fora, o que foi amigo de todos, o grande Alexandre ou o Alex.

E ficamos por aqui.
jbritosousa@sapo.pt

3 comentários:

AGabadinho disse...

Mais um hino à criatividade!Gostei.
Parabéns JBSousa.

Cumprimentos para TODOS

AGabadinho

jctavares@jcarmotavares.pt disse...

Olá João,

A tua entrevista virtual, não seria
muito diferente se realmente tivessemos conversado.
Admiro o teu esforço e imaginação, permitindo dessa forma este "dialogo" entre costeletas.
Muito obrigado e continua. Mereces a nossa amizade e respeito.
Um abraço
jorge tavares
costeleta 1950/56

Jose Elias Moreno disse...

Meus caros:
JBS e Jorge Tavares:
Fico muito grato pelas vossas elogiosas referências, a que como qualquer pessoa, sem falsa modéstia,não sou insensível.Aqui entre nós, e ao Jorge especialmente, pelo seu simpático comentário, sempre adiantarei que o meu gosto pelas letras, vem de tenra idade.Havia na casa dos meus pais,dedicados agricultores, uma Cartilha Maternal de João de Deus,Este Livro Que Vos Deixo de António Aleixo, muito Eça, muito Camilo, Raul Brandão,Guerra Junqueiro, alguma literatura de cordel e romance de amor, a assinatura do semanário Gazeta do Sul, que quando extinto foi substituido pelo Jornal do Algarve, e havia ainda o recurso à biblioteca da Casa do Povo e posteriormente à Itenerante da Fundação Calouste Gulbenkian.Depois na família sempre houve alguma tradição cultural, sobretudo a partir do meu tio avô Major Mateus Moreno, fundador da Casa do Algarve de Lisboa, prof. do Colégio Militar, escritor e poeta; tio do José Mateus, director do Região Sul,do Aníbal Moreno vereador da CMLoulé e do Paulo Moreno, radialista.Hoje a vontade de não passar ao lado das novas tecnologias, tentar não perder uma pitada do que de tanto e de tão bom ainda falta disfrutar, neste mundo cheio de sugestões, optar é difícil.
O tempo não pára.
Ler é um prazer, mas requer tempo e paz de espírito que a lufa-lufa desta vida diabólica não concede.
Sinto eu!
Gde abraço.
J.Elias Moreno