quarta-feira, 13 de julho de 2011

ESCREVER, LER, INTERPRETAR

Por Montinho

Não crio histórias para obrigar quem quer que seja a ler ou delas gostar e comentar. Escrevo porque gosto, sou movido a leituras e escritas. Aprendi a fazer isso (mais ou menos) ainda menino, 8 ou 9 anos.
Uma e outra, leitura e escrita constituem, praticamente, um dos meus modos de vida actual, uma entretenha como reformado, mas sem jeito de ganhar dinheiro honestamente dessa forma, e com ele, ajudar a pagar as contas. Contudo, nem todo mundo é assim ou tem de ser assim.
Ler, para mim, é fundamental. Foi lendo (bastante), gosto natural adquirido, que aprendi a escrever sem precisar me esforçar muito (decorar) para aprender as regras gramaticais… Agora com o computador a dar uma ajuda importante.
Penso que as escolas têm mesmo de incentivar a Leitura, mas de uma forma convidativa, lúdica até, sem essa força de prova. Que os professores sugiram um livro por mês e marquem uma aula para tratarem deste livro, discutirem-no em classe, sem valer nota. Quem não leu, ouve quem leu comenta, mas, por favor, professor, não faça desta ideia da Leitura um inibidor da mesma. Ou a aula de Português ser dividida em duas partes: Português Gramatical e Português Literatura (escrita, lida e interpretativa).
Mas, obrigar a ler, sem ter vontade, é algo parecido como ser obrigado a comer sem ter fome ou não gostar do que é servido - ou lido. E Ler é, basicamente, prazer.
Ler é uma coisa, a interpretação de quem lê é outra. E, raramente, é a mesma. Afinal, o que importa o que eu quis dizer? Importante, para mim, pseudo-autor mas leitor, é o que irão interpretar ou o que eu vou interpretar. Comum, apenas a necessidade de reflexão a respeito do que foi lido.
O resto, todo o resto, é purpurina. Perde o efeito e fica sem brilho em qualquer altura.
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Pé de página:- Concordas JBS? Jorge Tavares, não te tenho visto por aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

OBRIGADO PELO CONVITE.

Viva.

O teu texto merece-me o seguinte comentário.

1 -´é um texto que traz qualquer coisa para dar aos outros; não direi que tretenda ensinar, mas aconselha e sugere aspectos importantes a seguir, por quem quer aprender.

2 - A palavra indicada para caracterizar o texto, seria ensinar aos outros, mas a palavra não cabe, porque o texto vem carregado de humildade, o que o enriquece.

3 - Aceito perfeitamente que gostes de ler e o faças com assiduidade porque as imagens que crias, fantásticas, vêm daí.

4 - O ensino da leitura e criar nos alunos o gosto pela leitura pode ser como dizes. Mas haverá outros métodos.

5 - Não se é bom escritor sem se ser bom leitor, e tu revelas que entendes isso bem.

6 - Nas crónicas curtas sou de opinião que te sais muito bem; no longo curso não sei. Porque é que não tentas? Se quiseres arranjo-te um jornal da imprensa regional para lá escreveres uma crónica quinzenal.

7 - A tua relação com a escrita é de facto descomplexada, com boas ideias, inclusivamente este texto é prova disso.

8 - Parabens pelo texto,

-por ser diferente
- pelo cunho pessoal
- pelo aperfeiçaomento do estilo

e sobretudo

pelo conteúdo e pedagogia que contem.

E porque é um texto que qualquer professor poderia ler aos seus alunos.

Indiscutivelmente.
Ab
JBS