Meu caro António Viegas Palmeiro o seu CANTINHO DOS MARAFADOS está sempre ao dispor do criador.
Parabéns aos responsáveis
pela decisão de reabrir o blogue, considero a
medida sensata e só foi pena o tempo perdido. Procurarei colaborar se tal me for permitido e
se acharem que há qualidade suficiente
no que enviar.
Hoje enviarei a descrição de
um episódio verídico, ocorrido a bordo de um avião da TAM (Transportes Aéreos
de Marília). No Brasil e por motivos
profissionais, tive a oportunidade de
conhecer o fundador desta empresa,
comandante Rolim Amaro, falecido há anos num acidente de helicóptero.
Tenho a certeza que esteja
ele onde estiver, estará aplaudindo de pé o acto dos funcionários da empresa
que criou.
CANTINHO DOS MARAFADOS
Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao
seu lugar na classe económica e viu que estava
ao lado de um passageiro negro. Visivelmente perturbada, chamou a comissária
de bordo.
Qual é o problema, senhora? – perguntou a comissária…
- Não está vendo? – Respondeu a senhora.
- Vocês colocaram-me ao lado de um negro, não posso
ficar aqui, terá que me arranjar outro lugar.
- Por favor acalme-se, disse a aeromoça
– infelizmente todos os
lugares estão ocupados, no entanto vou confirmar.
A comissária afasta-se e volta alguns minutos depois.
- Senhora, como eu disse, não há nenhum lugar disponível
na classe económica. Falei com o comandante e ele confirmou-me que não há
qualquer disponibilidade. Temos apenas
um lugar na
primeira
classe. Antes que a mulher fizesse
algum comentário a comissária continuou:
- Veja, é
incomum que a nossa companhia permita a um passageiro da classe económica
ocupar um lugar na primeira classe. Porém tendo em vista as circunstâncias, o
comandante pensa que seria escandaloso
obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável. E, dirigindo-se
ao senhor negro, a comissária prosseguiu:
- Por favor , caso queira, pegue a sua bagagem de mão,
pois reservámos para o senhor um lugar na primeira classe.
Todos os passageiros próximos, que, estupefactos
assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.
O QUE ME PREOCUPA NÃO É O GRITO DOS MAUS. É O SILÊNCIO
DOS BONS
António Viegas Rodrigues Palmeiro
Sem comentários:
Enviar um comentário