quarta-feira, 21 de outubro de 2015

COLABORANDO


Recebido por e-mail que transcrevemos:


A MINHA ESCOLA

É aquilo que é e vale o que vale. A palavra aos antigos alunos. Sob anonimato. O meu!

Devo dizer que a minha escola, Tomás Cabreira, não era apenas um edifício, não era apenas um conjunto de espaços regidos por inúmeras regras e condições, não era simplesmente a construção da obediência nem da inteligência. Era sim a abrangência da sabedoria acumulada da humanidade, um local de novas experiências, novos mundos, novos horizontes, metas e estradas a percorrer. Por conseguinte, uma escola deverá exigir tempo. Tempo de encontro, de encanto, de lazer, de arte, cultura, discussão, de ética e nomeadamente estética, de bem-estar, beleza e alegria. Por vezes nem sempre é assim pois o Homem – criador de tudo o que nos envolve, nomeadamente de uma simples escola - tanto tem em seu poder a criação e o embelezamento, como a destruição e a degradação da mesma.»

A escola, na visão dos alunos (na minha, portanto), teria que ser perfeita, se possível o mais simples e o menos trabalhoso. E a minha foi… Muitas vezes, o colega que estava ao meu lado, ou mesmo eu, desconhecíamos a importância e o porquê de frequentar a escola. [...] Eu gostei da minha escola, foi lá que encontrei e conheci grande parte dos meus grandes amigos. Foi também na escola que aprendi imensas coisas sobre o Mundo, as quais desconhecia.


E onde reside a felicidade numa escola secundária? Não seria honesta e sincera se dissesse que a minha felicidade na escola se regeu pelos manuais ou pelas equações e fórmulas. Efetivamente, não. Seria necessário algo mais para que eu fosse plenamente feliz. E nesse espaço de felicidade que me faltava para ser feliz, encontrei professores com quem criei laços de amizade, que me apoiaram quando precisei e que fizeram da sua voz e sabedoria, mais do que um meio de nos ensinarem o que vem escrito nos manuais. As suas tarefas transformaram-se em fórmulas de experiência, em lições de vida, em vozes de amigos. E não com menos importância que professores, achei os amigos e colegas com quem me reencontro todos os dias e partilho risos e tristezas, troco ideias e impressões. Amigos com quem posso falar e conviver. Amigos, quem sabe, de uma vida inteira.

E este blog terá que ser “NOTÓRIO” e manter um elo de ligação que até aqui tem sido, para mim, apenas um DESEJO de leitura.

PS- “Notório” e sem “apelo” dos comentários.


Maria Costeleta, dos anos 50!

2 comentários:

Associação Antigos Alunos Escola Tomás Cabreira disse...


Olá Maria.
Não esperava tão cedo... Muito menos com uma crónica que já li, reli por várias vezes.MUITO BOA.
O Blog está aberto à sua colaboração.
Roger

Anónimo disse...


Não prometo sequência.
Logo que a disposição se concretizar colaborarei de boa e real vontade.
Cumprimentos e até lá.
Maria Costeleta, dos anos 50