quinta-feira, 22 de outubro de 2015



OS BONS PETISCOS

“O Berbigão” (1)

Hoje resolvi projectar a minha escrita para este delicioso marisco.
Recordar o belo berbigão da nossa Ria Formosa.
Era assim, segundo me conta o “Moce”.
Geralmente era ao Domingo. O “Moce” pedia “dois tostões” à mãe; pegava no cabaz “tipo lancheira”; deslocava-se à rua da Barqueta, em Faro, e comprava ao senhor Manjua, o cabaz cheio, com aquela importância.
Podem crer que o cabaz, segundo o “Moce”, tinha capacidade para cerca de 5 quilos.
À tardinha, preparava o fogareiro a petróleo, colocava uma chapa em cima, metia ar dentro do fogareiro, colocava o berbigão na chapa e, sentado em frente ia-se regalando à medida que se abriam.
Hoje, poucos têm fogareiro a petróleo e, os que o possuem, não os utilizam.
Uma delícia para fazer crescer água na boca a todos os que me lêem.
O pãozinho caseiro e o imprescindível copo de vinho tinto, naquele tempo feito “a martelo”. O Júlio da Nortenha era um especialista e “fazia” vinho delicioso.
O “Moce” sou eu. Vai um berbigão!?

Rogério Coelho


 (1) O saudoso Dr. Cândido de Sousa dizia-me: é o único marisco que não faz mal. Tem mais vitamina C que a laranja.


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